Biblioteca Esperança: uma biblioteca escolar #11
- Coordenador:
- Flávio França
- Data Cadastro:
- 06-04-2023 09:11:49
- Vice Coordenador:
- -
- Modalidade:
- Presencial
- Cadastrante:
- Flavio Franca
- Tipo de Atividade:
- Projeto
- Pró-Reitoria:
- PROEX
- Período de Realização:
- Indeterminado
- Interinstitucional:
- Sim (Dispensário Santana)
- Unidade(s):
- Laboratório de Taxonomia Vegetal,
Resolução Consepe
64/2003
Processo SEI Bahia
0000000000000
Situação
Ativo
Equipe
2
Dispensário Santana é uma instituição filantrópica especializada na assistência ao esforço de desenvolvimento social e humano das comunidades onde age. O Dispensário Santana foi criado e é gerido por uma ordem religiosa católica, tendo atividades no na assistência ao Idoso e oferece serviço na formação e proteção de crianças. A instituição conta com um asilo para Idosos e, associado ao governo do estado, oferece serviços médicos e odontológicos, como também uma escola de ensino fundamental. Esta escola disponibilizou um espaço para uma biblioteca e ali, com ajuda de voluntários, organizou-se um embrião de uma biblioteca. O projeto aqui apresentado visa fornecer subsídios para a efetiva implantação da referida biblioteca, oferecendo desta forma um local disseminador da informação não só para a comunidade diretamente envolvida nas atividades do Dispensário Santana, mas também para a comunidade do entorno do Dispensário, que vive à margem do desenvolvimento cultural do seu tempo.
O Dispensário Santana é uma instituição filantrópica especializada em contribuir para o desenvolvimento social e humano das comunidades em que age, tendo sido criado e sendo gerido por uma ordem religiosa católica (Irmãs Sacramentinas). Dentre as atividades ali desenvolvidas destaca-se a escola de ensino fundamental Irmã Rosa Aparecida, que disponibilizou um espaço para a constituição de uma Biblioteca. A importância de uma Biblioteca dentro da escola do ensino básico é bem documentada, sendo um espaço que carrega a responsabilidade de organizar o material bibliográfico e não bibliográfico dentro de uma escola, tornando-o disponível não só para a comunidade escolar, mas também para a população do seu entorno (Vianna & Caldeira, 2005). A Biblioteca Escolar é um elemento indispensável para o processo ensino-aprendizagem, à formação do educando devendo estar integrada à escola (Stavis et al. , 2000/2001) e ao currículo (Contreras C., 2005) Atualmente, muita importância te sido dada para as novas ferramentas educacionais baseadas na internet e em aplicativos que permitem acesso fácil a conteúdos sem precisar da presença física de livros ou mesmo professores. Falar, então, de uma biblioteca escolar física e ativa parece ser coisa do passado e abandonada. Contudo a biblioteca escolar é: é a essência do ensino e aprendizagem de qualquer paradigma educativo que valorize tanto o papel da leitura na formação integral dos cidadãos - função tradicional de uma biblioteca escolar que continua a ser tão importante como antes - como o desenvolvimento de competências para a aprendizagem ao longo da vida. (Dionísio, 2022). No ambiente da biblioteca escolar é possível desenvolver projetos de incentivo à leitura, atividades de reforço escolar e iniciativas de apoio ao ensino regular da na sala de aula, através do fornecimento de material bibliográfico disponível de forma organizada. Nesse sentido a biblioteca dentro da escola é: um laboratório de aprendizagem, isto é, um local onde ocorrem experiências baseadas no uso de fontes diversas de informação. Precipuamente, é um espaço de ensino-aprendizagem vinculado a uma instituição educacional, com o objetivo de dar suporte informacional aos professores e estudantes, acompanhando e ampliando os conteúdos Biblioteca Escolar e os Recursos Educacionais Abertos para pesquisa 9 desenvolvidos em sala de aula. (Lubisco et al., 2021). Entendemos que a presença física da biblioteca tem que ser complementada com um trabalho contínuo para sua integração com as atividades próprias da escola, ocupando-se não só da classificação, catalogação e intercalação dos livros, mas também ocupando-se no atendimento aos usuários, o que passa pela recomendação de leitura quando solicitado, pelo incentivo aos estudos e à formação profissional etc. Sem , contudo, temer abordas os espinhosos temas da modernidade como sexualidade e gênero. Para tanto, é necessário convidar colegas especialistas para participar do projeto, como também manter-se próximo da direção e do corpo docente da escola para fornecer o melhor apoio possível para as atividades pedagógicas ali desenvolvidas.
Histórico do Projeto
O projeto de implantação da Biblioteca no Dispensário Santana começou em 2001, quando numa reunião realizada entre o coordenador do projeto Flávio França e a diretora do Dispensário Santana Irmã Rosa Aparecida.
Depois que o ambiente destinado à Biblioteca foi limpo e os livros que ali estavam foram organizados em estantes, promoveu-se a escolha do nome da biblioteca. Uma lista de sugestões de nomes feitas pelos alunos foi redigida e apresentada de novo para os alunos para que eles votassem no nome preferido. O nome “Esperança” foi escolhido pela maioria dos estudantes. Em seguida a biblioteca foi inaugurada com a participação dos alunos que fizeram uma visita guiada nas dependências.
Visando conseguir recursos para aquisição de equipamentos básicos, a coordenação do projeto respondeu a um edital apresentado pela Fundação Vitae em 2002, logrando aprovação. Com os recursos conseguidos foram adquirido equipamentos (estantes, computadores, mesas, desumidificador, aparelho condicionador de ar, vídeo cassete com televisor, estantes especiais para acomodar o acervo de livros infantis, etc.).
Foi elaborado um banco de dados utilizando-se o Microsoft Access e através deste aplicativo, iniciou-se a catalogação do acervo, utilizando-se para classificar os livros o Código Decimal de Dewey (CDD) e a tabela PHA, conforme apresentada no livro de Prado (1992).
Durante a realização do trabalho de catalogação, que estava indo bem moroso, percebeu-se como a Biblioteca poderia ser um local interessante para a realização de atividades de extensão Universitária. Assim, em 2003 deu-se entrada junto à administração da Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS), entidade em que o coordenador do projeto trabalhava na época como professor Assistente DE, do projeto aprovado na Fundação Vitae, para que o mesmo fosse aceito na instituição como um projeto de Extensão. O projeto foi aprovado no mesmo ano no CONSEPE da UEFS (processo 64/2003), de forma que no ano seguinte a Biblioteca receberia as primeiras bolsistas PIBEX, Joseane Pires e Eliane Leite, ambas do curso de licenciatura em Letras Vernáculas.
Com as estagiárias, a catalogação, etiquetagem e inserção na coleção caminhou de forma bastante rápida, de forma que ao final de dois anos uma parte significativa do acervo estava catalogado.
Além do trabalho de biblioteca (classificação, catalogação, etiquetagem e inserção de livros na coleção), as estagiárias foram estimuladas a fazer atividades de integração entre os alunos da escola e a biblioteca. O que passou a ser a atividade mais importante que os estagiários provenientes da UEFS realizavam dentro do projeto.
Alguns anos e alguns estagiários depois, através da Pró-reitora de Extensão, coordenada na época pela professora Malena, o projeto foi incluído nos projetos enviados para o Ministério da Educação, que tinha aberto um edital para apoiar atividades de extensão nas Universidades em 2009. O projeto foi aprovado e com este recurso foram adquiridas estantes de Biblioteca, renovação dos computadores e do aparelho de ar condicionado. Estes recursos também permitiram a realização do I encontro de Bibliotecas Escolares de Feira de Santana e a publicação do livro “Extensão no Sertão: a experiência da UEFS”, publicado em 20017.
A coordenação do projeto inscreveu-se no curso de auxiliar de biblioteca promovido pela Biblioteca Pública do Estado da Bahia. Neste curso, ficou claro que a catalogação utilizando-se o Access não era adequada, de forma que se passou a catalogar os livros da Biblioteca Esperança pelo aplicativo BIBLIVRE, inicialmente na versão 3.0, mas que agora está sendo utilizada a versão 5.0.
Passados 22 anos de atividades, a Biblioteca Esperança contou com o trabalho de muitos estagiários (Eliseu Ferreira da Silva – Letras Vernáculas; Elma Santos – Letras Vernáculas, Lindzay Souza- Letras Vernáculas; Priscila Queiroz- Letras Vernáculas, Neilma Matias- Letras Vernáculas, Caroline Timóteo- Economia, Celiane Afonso- Agronomia, Érica Sampaio- Agronomia, Daniel Almeida- Agronomia, Jonathan Cerqueira), sendo que atualmente participam Layla Saluane (Enfermagem) e Ana Carolina (Agronomia). A participação desses estagiários é essencial para a continuidade do projeto, mas também é uma via de mão dupla, pois a experiência na Biblioteca e na Escola Irmã Rosa Aparecida é importante para a formação de profissionais mais comprometidos com agendas sociais, que têm consciência da importância da escola para o país e como a Biblioteca Escolar tem um papel preponderante nesse processo.
O espaço onde hoje se desenvolve a Biblioteca é uma construção de c. 25m2 no centro da Escola Irmã Rosa Aparecida. A catalogação do acervo é feita com base no Código Decimal de Dewey (CDD) e a organização nas estantes está sendo feita com base na tabela 'PHA' (Prado, 1992). A informatização do acervo inicialmente foi feita utilizando-se o Microsoft Access, que permitiu a construção de um bando de dados que fornecia as necessárias etiquetas de lombada. Com o crescimento do acervo, considerou-se necessário mudar o sistema de catalogação para um outro que permitisse um maior controle de empréstimos e que dialogasse com outros sistemas. Dessa forma, a partir de 2017 iniciou-se o recadastramento do acervo no sistema BIBIBLIVRE (2023), inicialmente na versão 3 do aplicativo, mas agora já está em uso a versão 5. O enriquecimento do Acervo é feito principalmente através de doações e através de compra direta, neste caso contando com a participação da coordenação pedagógica da escola e com recursos provenientes de projetos aprovados. A inauguração da Biblioteca se deu em 2002, quando foi realizado um evento de caráter cívico na escola. Fez-se, ainda, um concurso entre os alunos para escolha do nome da biblioteca. Para tanto, solicitou-se que os alunos escrevessem em um papel três nomes que eles consideravam mais apropriado. Os vários nomes propostos foram colocados em uma tabela. O nome mais citado foi escolhido como a denominação Biblioteca: Esperança Estagiários de extensão provenientes de diversos cursos de graduação da UEFS ( até o momento oriundos dos cursos de Letras, Economia, Agronomia, Enfermagem), durante o exercício de suas bolsas, promovem atividades junto aos alunos, sempre com a permissão da direção e do corpo docente, pertinentes com as suas áreas de graduação
Administrar a Biblioteca Esperança da Escola Irmã Rosa Aparecida do Dispensário Santana promovendo sua integração à comunidade escolar.
-Classificar, catalogar e inserir livros ao acervo da Biblioteca Esperança -Administrar o sistema de empréstimos junto aos usuários -Apoiar o projeto pedagógico da escola - Oferecer atividades de extensão aos alunos de graduação da UEFS relacionadas à sua formação profissional
Justifica-se este projeto pela necessidade de se apoiar a continuidade das atividades da Biblioteca Esperança na escola Irmã Rosa Aparecida, que conta com o explícito apoio da Direção da escola. Este projeto permite também, aos alunos de graduação da UEFS, uma oportunidade para realizarem atividades que utilizem seus conhecimentos em prol da comunidade em que eles estão inseridos
Histórico de movimentação
06-04-2023 09:11:49
Criação da proposta
15-04-2023 11:57:37
Parecer da Câmara de Extensão
PROJETO APROVADO
15-04-2023 08:14:42
Em Análise
Proposta enviada para análise da Câmara de Extensão
15-04-2023 11:57:37
Aprovado
PROJETO APROVADO
15-04-2023 11:58:01
Ativo
Habilitado para pedido de bolsa extensão