Implantação do Serviço de Pré-natal de Baixo Risco: humanizando a atenção à mulher no ciclo gravídico - purerperal #136
- Coordenador:
- Rosana Oliveira de Melo
- Data Cadastro:
- 22-08-2023 16:26:54
- Vice Coordenador:
- -
- Modalidade:
- Presencial
- Cadastrante:
- Rosana Oliveira de Melo
- Tipo de Atividade:
- Projeto
- Pró-Reitoria:
- PROEX
- Período de Realização:
- Indeterminado
- Interinstitucional:
- Não
- Unidade(s):
- Área de Enfermagem na Saúde da Mulher, Criança e Adolescente,
Resolução Consepe
93/2002
Processo SEI Bahia
00000000000000000
Situação
Suspenso Temporariamente
Equipe
2
A mulher vivencia a gestação como um momento de preparação e adaptação para o parto e a chegada de um novo ser. Na realização do pré-natal a mesma deve ser orientada sobre o que acontecerá durante a gestação, trabalho de parto, parto e puerpério. É no atendimento em pré-natal que a mulher recebe atendimento clínico-gineco-obstétrico, solicitação de exames e acolhimento de suas dúvidas. O projeto tem como objetivo geral: implantar o serviço de pré-natal humanizado na Unidade Básica de Saúde (UBS) do Centro Social Urbano (CSU) e como objetivos específicos: desenvolver práticas humanizadas na atenção a mulher no ciclo gravídico-puerperal; incentivar boas práticas no trabalho de parto e parto; inserir acompanhante e familiares na rede de atendimento à mulher no ciclo gravídico-puerperal por meio da Lei 11.108; contribuir para a redução da morbimortalidade materna e perinatal; fortalecer as atividades de extensão desenvolvidas pelo NEPEM; consolidar o vínculo entre a comunidade e a UEFS e impactar as ações extensionistas na formação acadêmica do bolsista ou voluntário. O caminho metodológico inclui: atendimento contínuo com a realização de atendimento clínico-gineco-obstétrico para as gestantes, ações de educação em saúde (salas de espera, rodas de conversa), capacitação para profissionais de saúde e visitas domiciliares.
De acordo com o Ministério as Saúde (MS), a assistência pré-natal é o primeiro passo para um parto e nascimento saudável, ou seja, ele faz a promoção e a manutenção do bem-estar físico e emocional ao longo do processo da gestação parto e nascimento, além de trazer informação e orientação sobre a evolução da gestação e do trabalho de parto à parturiente. Participando do programa Pré-natal, a gestante tem a possibilidade de ter uma gestação saudável e tranquila. Um dos principais objetivos do pré-natal é acolher a mulher desde o início da sua gravidez, quando ela passa por um período de grandes mudanças físicas e emocionais, além de prestar assistência em suas necessidades (DIAS, 2014). Através da assistência humanizada às gestantes, aumenta-se significativamente a possibilidade à mulher ter uma gestação isenta de intercorrências relacionadas à prematuridade. Anualmente, 3,6 milhões de óbitos no mundo ocorrem no período neonatal. As complicações do nascimento prematuro são consideradas causas diretas para aproximadamente 29% dessas mortes. Os principais determinantes do risco de morrer no período neonatal são o baixo peso ao nascer e a prematuridade. A maneira mais adequada de se reduzir a taxa de mortalidade e os problemas e sequelas relacionados com a prematuridade é pela diminuição dos nascimentos prematuros (GONZAGA et al., 2016). A Organização Mundial de Saúde (OMS) aponta que as maiores taxas de nascimentos prematuros ocorrem na África e na América do Norte, com 11,9% e 10,6%, respectivamente, de partos prematuros (UNICEF, 2012 apud LOPES; MENDES, 2013, p. 460). Dados estatísticos evidenciam que os profissionais do sistema de saúde devem estar atentos para cuidados especiais na gestação e a realização de um pré-natal qualificado, pois representa importância para a identificação precoce dos fatores de risco relacionados ao período gestacional, incluindo a violência doméstica e sexual, que também podem determinar a ocorrência de parto prematuros. A assistência às gestantes de risco habitual, acontece na Unidade de Atenção Primária à Saúde (UAPS), denominada Unidade de Saúde da Família (USF) por meio da consulta de pré-natal com enfermeiros e médicos. O profissional deve estar atento, e deve oferecer acompanhamento à mulher, observando a história de vida que cada uma traz consigo e todo o seu contexto existencial, esclarecendo dúvidas relacionadas à gravidez, parto e pós-parto, no que se refere a alimentação adequada, exercícios, cuidados com o bebê e com ela, além da solicitação de exames, ausculta dos batimentos cardiofetal (BCF) e realização do exame físico e gineco-obstétrico. A sensibilidade e a capacidade de escuta de quem faz o pré-natal, atrelada ao conhecimento científico, implicarão numa relação de confiança e interação entre o profissional de saúde e a mulher, sua família e acompanhante. Entretanto, a não realização ou a realização inadequada dessa assistência na atenção à gestante, tem sido atrelada a maiores índices de morbimortalidade materna e infantil (NUNES et al., 2016). Sendo assim, cabe ressaltar que a qualidade do acesso, no que diz respeito ao início do pré-natal, ao número de consultas realizadas e a realização de procedimentos preconizados pelo Ministério da Saúde, ainda não possui efetividade, principalmente, em determinados grupos populacionais socioeconômico menos favorecidos.
O caminho metodológico inclui: atendimento contínuo com a realização de atendimento clínico-gineco-obstétrico para as gestantes, ações de educação em saúde (salas de espera, rodas de conversa), capacitação para profissionais de saúde e visitas domiciliares. Os participantes deste projeto serão gestantes cadastradas no serviço de atenção em pré-natal de baixo risco, discentes (bolsistas e voluntários) e docentes vinculadas ao NEPEM, além dos profissionais de saúde que atuam no serviço de pré-natal da UBS do CSU, acompanhantes e familiares das gestantes. O atendimento clínico do pré-natal, as orientações e a identificação dos fatores de risco à cerca do tema deste plano, será desenvolvido com mulheres em qualquer período da gestação cadastradas e atendidas na unidade do CSU. Nas oficinas temáticas e as rodas de conversa, essas gestantes e seus acompanhantes, serão acolhidos pela bolsista e orientadora do projeto. Os temas das oficinas serão escolhidos de acordo com vivência clínica e os problemas identificados durante a realização das consultas de pré-natal, como também, temas sugeridos pelas gestantes. A proposta é orientar as gestantes para a identificação de fatores para a prevenção de partos prematuros e mudanças de hábitos que podem estar contribuindo para a ocorrência de prematuridade. As ações serão desenvolvidas de forma informal, humanizada, com linguagem clara, permitindo participação ativa das gestantes e acompanhantes para que os mesmos se apropriem do conhecimento científico e o associem às suas vivências em comunidade, ou seja, serão momentos de troca de conhecimentos. As atividades educativas serão importantes nesse processo. As mulheres percebem a necessidade e anseiam receber informações durante a assistência pré-natal, e ao mesmo tempo acabam sendo multiplicadoras do conhecimento na comunidade, pois ao trocarem vivências e informações geram poderosas fontes transformadoras de suas limitações e necessidades, adquirindo domínio sobre seu corpo e poder de decisão sobre sua gravidez (SOUZA; ROECKER; MARCON; 2011). Os recursos utilizados serão próprios do CSU, além da confecção de folders e cartilhas para compartilhar. A metodologia da comunicação e informação em saúde entre profissionais e gestantes devem ser priorizadas no transcurso da assistência pré-natal em todo e qualquer atendimento, com o objetivo de evitar partos prematuros, uma vez que a troca de informações e experiências pode ser a melhor forma de promover a compreensão do processo gestacional (SOUZA; ROECKER; MARCON; 2011).
Implantar o serviço de pré-natal humanizado na Unidade Básica de Saúde (UBS) do Centro Social Urbano (CSU).
. Desenvolver práticas humanizadas na atenção a mulher no ciclo gravídico-puerperal • Incentivar boas práticas no trabalho de parto e parto • Inserir acompanhante e familiares na rede de atendimento à mulher no ciclo gravídico-puerperal por meio da Lei 11.108 • Contribuir para a redução da morbimortalidade materna e perinatal; fortalecer as atividades de extensão desenvolvidas pelo NEPEM • Consolidar o vínculo entre a comunidade e a UEFS • Impactar as ações extensionistas na formação acadêmica do bolsista ou voluntário
O acolhimento humanizado é fundamental nesse processo, visto que a mulher que chega a Unidade de Saúde deve se sentir confortável e segura para expressar suas fragilidades, queixas, angústias e preocupações, e nós como profissionais de saúde, devemos ouvi-las e valorizar o que é relatado como uma situação vivenciada, garantindo a sua privacidade e um atendimento multidisciplinar e resolutivo em conjunto com outras áreas de serviços de saúde, caso necessário. Portanto, a enfermeira tem um papel de significância nesse processo, já que representa a profissional que está diretamente vinculada a assistência integral no pré-natal em Unidade Básica de Saúde (UBSS), além de ter convívio com a gestante e sua família. Dessa forma, desenvolve um olhar minucioso para as ações, falas e expressões verbais e não-verbais da gestante.
Histórico de movimentação
22-08-2023 16:26:54
Criação da proposta
01-09-2023 14:15:35
Parecer da Câmara de Extensão
PROJETO
22-08-2023 16:43:48
Em Análise
Proposta enviada para análise da Câmara de Extensão
01-09-2023 14:15:35
Aprovado
PROJETO
01-09-2023 14:15:56
Ativo
PROJETO HABILITADO
16-10-2023 11:13:12
Suspenso Temporariamente
Coordenadora afastada para doutorado. Comunicado SEI 071.3574.2023.0032265-02