Projeto de Extensão em Regulação Emocional para Estudantes Universitários #140

Coordenador:
Gustavo Marcelino Siquara
Data Cadastro:
25-08-2023 10:50:57
Vice Coordenador:
-
Modalidade:
Presencial
Cadastrante:
Gustavo Marcelino Siquara
Tipo de Atividade:
Projeto
Pró-Reitoria:
PROEX
Período de Realização:
Indeterminado
Interinstitucional:
Não
Unidade(s):
Departamento de Educação,

Resolução Consepe 070/2023
Processo SEI Bahia 07134402022002659630
Situação Ativo
Equipe 9

A regulação emocional é um conjunto de estratégias utilizados para modular a resposta emocional, mesmo sob influência de emoções intensas. Diante do atual cenário se ressalta a importância de analisar o perfil de regulação emocional dos jovens e propor intervenções baseadas em regulação emocional. O objetivo do projeto é desenvolver habilidades de Regulação Emocional em estudantes Universitários. Os participantes serão convidados para participar de grupos de regulação emocional na modalidade presencial ou online. Mediante o aceite e disponibilidade de participação do projeto serão utilizados questionários através de plataforma digital para identificar as características de regulação emocional dos estudantes. Os instrumentos para preenchimento e identificação dos padrões de regulação emocional: Escala Dificuldade de Regulação Emocional; (b) Questionário de Regulação Emocional; (c) Escala de Esquemas Emocionais de Leahy; (d) Escala de Ansiedade Depressão e Stress; (e) Escala de Bem-Estar Psicológico; (f) Escala de Bem-Estar Subjetivo. Os encontros de intervenção serão compostos de 7 encontros em grupo de maneira presencial ou através de plataforma digital pela internet com duração de 90 minutos. Espera-se que os procedimentos realizados aumentem a regulação emocional dos estudantes e melhorem os índices de saúde mental.
A literatura não apresenta um conceito unificado para as emoções. As diversas perspectivas existentes são limitadas e não alcançam a complexidade deste termo. Isso se deve ao fato de a “emoção” se referir a uma variedade de acontecimentos. Este estudo segue o modelo de geração de emoção proposta por John Gross, para a qual, a atenção e avaliação do sujeito a uma situação, são fundamentais na geração das emoções. A partir dessa Teoria, pode-se considerar que as emoções podem ser adaptadas, compreensivas e flexíveis, e, portanto, a resposta emocional pode ser regulada, mesmo diante de emoções intensas. A regulação emocional (RE) envolve processos de iniciação, manutenção, modelação, intensidade e duração da emoção, podendo intensificar, atenuar ou manter a emoção, conforme o objetivo da pessoa (GROSS, 1998; GROSS & THOMPSON, 2007). Um dos aspectos associados a RE é a prevenção de possíveis transtornos mentais e a promoção de bem-estar, uma vez que a mera ausência de sintomas clínicos característicos de transtornos mentais, não resulta necessariamente em uma vida significativa. Além disso, estudos recentes apontam que a desregulação emocional (DE) é uma condição presente em diferentes transtornos emocionais (ALDAO, GEE, DE LOS REYES, SEAGER, 2016; KRING & SLOAN, 2010)) e sugerem que o uso de habilidades regulatórias não adaptativas contribui para a manutenção de diversos transtornos mentais (ALDAO, NOLEN-HOEKSEMA, SCHWEIZER 2010; URZÚA, BOUDON TORREALBA, CAQUEO-URÍZAR, 2017). Emoção Para autores como Gross e Thompson (2007), as emoções surgem a partir da avaliação que o indivíduo faz de uma situação enquanto relevante, baseado nos seus objetivos pessoais. Eles colocam ainda que as emoções são de natureza multifacetada, e promovem alterações fisiológicas, cognitivas, experiências e comportamentais. A partir dessa definição, os autores propõem o Modelo Modal da Emoção, que envolve a relação pessoa-situação. Segundo o Modelo de Gross e Thompson (2007) diante de uma situação, o indivíduo volta sua atenção a ela; faz uma avaliação do seu significado, que é individual; e finaliza com uma resposta de diversos sistemas relacionados com a pessoa-situação, que embora estruturadas, são flexíveis. Essa flexibilidade possibilita a regulação das emoções. Para além do papel adaptativo e evolutivo (DARWIN, 2000), as emoções nos auxiliam na tomada de decisões, fortalecem as relações interpessoais, além de nos preparar para ações que nos aproximem dos nossos objetivos, metas e valores de vida, diante dos estímulos (WILLIAM, 1884). Regulação emocional A RE é definida por Thompson (1994) como uma série de processos de avaliação e modificação de respostas às emoções, capazes de alterar a experiência emocional desde a iniciação, até a modulação da intensidade e duração das emoções, visando sempre o objetivo individual. Esse processo ocorre do indivíduo para ele mesmo (regulação intrínseca), podendo ocorrer de uma pessoa para outra (regulação extrínseca). Algumas pessoas apresentam dificuldades em iniciar, manter e modelar as suas emoções. Essa dificuldade é definida como desregulação emocional. A DE traz prejuízos no enfrentamento de situações difíceis e desafios, manifestando-se como comportamentos impulsivos e até agressivos (THOMPSON, 1994; SOFIA, PEREIRA, 2014). Um dos fatores que podem estar relacionados a DE são as falhas na identificação, manutenção e na forma de utilizar a (s) estratégia (s) selecionada (s) para regular as próprias emoções (WEBB, MILES, SHEERAN, 2012). Existem diversas estratégias para regular as emoções, que atuam nos diferentes estágios do processo de geração da emoção (situação, atenção, avaliação e resposta). Na alteração da situação, por exemplo, as estratégias podem ser para selecionar (evitar estar na situação) ou, uma vez que já esteja na situação, modificá-la. Na atenção, pode ser para direcioná-la para os diferentes aspectos da situação, que não estejam envolvidos na emoção (distração), ou dirigir a atenção de maneira repetitiva para o que causou a emoção e suas consequências (ruminação). As estratégias que interferem no processo de avaliação são a reavaliação cognitiva e aceitação, que consistem, respectivamente, na reinterpretação da situação e/ou dos objetivos individuais, e acolher as emoções sem julgá-las. E, por fim, têm-se as estratégias para modular os componentes fisiológicos, comportamentais ou experienciais da emoção, alterando assim, todo o sistema da emoção. Gross, Richards e John (2006), se referem ao componente comportamental como estratégia eficaz para diminuir a resposta emocional. Uma estratégia utilizada para modular os componentes fisiológicos é o uso de drogas, por exemplo, enquanto comer, assim como a automutilação e tentativa de suicídio podem ser estratégias (desadaptativas) para alterar a experiência da resposta emocional (GROSS, THOMPSON,2003; MCRAE, 2020). A RE pode se iniciar a partir da percepção de que o estado emocional em que o sujeito se encontra, em relação à intensidade, duração e das respostas comportamentais e fisiológicas, não está de acordo com o estado que a pessoa desejaria estar (MCRAE, 2020). Sendo assim, a regulação emocional não se limita a modular os processos das emoções desagradáveis, como o medo, a raiva e a tristeza, mas também, das emoções agradáveis, visando o objetivo individual, e envolve a consciência e compreensão das emoções, a aceitação emocional, habilidade de controlar comportamentos impulsivos e, sobretudo, identificar qual estratégia de RE usar em cada situação (GRATZ, ROEMER 2004). Regulação emocional e saúde mental Estudos apontam que a DE está presente em diversos transtornos mentais. Como na depressão, que pacientes apresentam falta de clareza emocional, não aceitação da resposta emocional, dificuldade em experienciar emoções desagradáveis, e em modificar os pensamentos diante da situação. Bem como nos transtornos de ansiedades, nos quais os pacientes apresentam dificuldades na clareza e na aceitação da resposta emocional, e ainda, em se acalmar após passar por uma situação que lhe gere emoções desagradáveis e em manter comportamento dirigido a objetivos (BERKING e WUPPERMAN, 2012). Para além do tratamento de transtornos, a RE se apresentou como relevante também na promoção do bem-estar (SANTANA, GONDIM, 2016; KRAISS, KLOOSTER, MOSKOWITZ, BOHLMEIJER, 2020). Intervenções baseadas em regulação emocional vêm sendo utilizadas na prevenção de transtornos e promoção de saúde, uma vez que, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), esta é definida como “estado de completo bem-estar físico, mental e social”. Além dos estados físicos e mentais, a percepção que a pessoa faz da sua vida e dos seus comportamentos são essenciais na prevenção de doenças e no estabelecimento do bem-estar (estado positivo buscado por meio do esforço pela saúde ideal e satisfação na vida) (WILLIAM, 1884). O bem-estar (BE) se apresenta em duas perspectivas: a) Bem-estar psicológico: colocado com um sentido mais amplo, que engloba a auto aceitação (atitudes positivas para si mesmo), autonomia (independência e auto avaliação), crescimento pessoal (abertura a novas experiências), domínio do meio (habilidade para escolher, criar e manejar situações adequadas às condições pessoais), objetivos de vida (intenções e direção para uma vida significativa), relação positiva com os outros (capacidade de manter amizades, confiança na relação com os outros)(RYFF, KEYES, 1995). b) Bem-estar subjetivo: que diz respeito à experiência interna e individual. Não leva em consideração a saúde, conforto, virtude ou riqueza, mas sim a predominância dos afetos positivos (sentimentos de prazer ativo e entusiasmo) sobre os afetos negativos (sentimentos de angústia e emoções desagradáveis) e uma avaliação de satisfação/insatisfação dos diversos aspectos da vida (ALBUQUERQUE, TRÓCCOLI, 2004). Intervenção para RE No contexto da saúde mental, é comum o uso de projetos de extensão de tratamento para cada um dos transtornos mentais, entretanto, eles se tornam limitados quando se trata de saúde pública, devido à necessidade de treinamentos específicos por parte dos profissionais (BARLOW, 2016), bem como, perante a dificuldade em integrá-los na prática. Somado a estes fatores, o alto índice de comorbidades presentes nas psicopatologias, abriram espaço para o uso das intervenções transdiagnósticas na prática clínica (BARLOW, 2017). De maneira geral, os protocolos transdiagnósticos utilizam intervenções baseadas na Terapia Cognitiva-Comportamental, na Terapia Baseada em Processos, na Terapia de Aceitação e Compromisso e em práticas de Mindfulness (BARLOW, 2017; PEIXOTO, GONDIM, 2020), auxiliando os pacientes a utilizarem estratégias funcionais de RE, de forma que os pensamentos, sensações fisiológicas e respostas comportamentais ligadas à emoção, os aproximem dos seus objetivos, metas e valores. As sessões incluem trabalho de psicoeducação e motivação; reavaliação das situações e emoções desagradáveis; aceitação emocional e, prevenção de recaída (BARLOW, 2017; SCHRAMM, AT AL. 2011; BARLOW, HARRIS, EUSTIS, FARCHIONE, 2020).
Seleção dos participantes Estudantes universitários receberão, via redes sociais e e-mails um convite para participar do projeto de extensão. Aqueles que aceitarem participar, deverão responder ao e-mail ou enviar mensagem por redes sociais para o coordenador do projeto demonstrando o interesse de participar. Após a explicitação do interesse o participante deverá avaliar a disponibilidade para a participação nos grupos. As pessoas que tiveram interesse em participar deverão responder questionários disponibilizados em plataforma digital. Nesta etapa serão avaliados os estudantes previstos a participarem dos grupos de regulação emocional. Após as respostas ao questionário online serão direcionados os participantes para cada um dos grupos de acordo com a disponibilidade horário para participar dos grupos. Os participantes serão divididos entre algum dos 4 a 5 grupos esperados para cada semestre. Como critérios de inclusão, os participantes deverão ter aceitado participar da pesquisa, mediante assinatura do TCLE; ter mais de 18 anos; estar cursando graduação ou pós-graduação na UEFS e disponibilidade de participação em algum dos horários do grupo para a intervenção. 3.6.1 Procedimentos 3.6.2 Avaliação Será disponibilizado pela plataforma digital, um questionário sociodemográfico e 04 escalas psicológicas para avaliação dos níveis de ansiedade, depressão, estresse e regulação emocional e 02 escalas complementares de bem-estar. 3.6.3 Intervenção Os participantes serão divididos, a partir da disponibilidade de horário e vagas disponíveis, em 4 a 5 grupos em cada semestre, sendo que em cada grupo com um total de até cinco pessoas. A intervenção ocorrerá a partir da uma plataforma online de videoconferência ou de maneira presencial em uma sala reservada no espaço da Universidade. Cada grupo terá um total de 7 encontros de 90 minutos cada grupo. Esse procedimento será conduzido por um psicólogo ou estudantes de psicologia. Na intervenção serão trabalhadas as seguintes temáticas: 1) consciência e compreensão das emoções e sentimentos; 2) descontrole e invalidação emocional; 3) aceitação emocional; 4) reavaliação emocional e 5) valor e naturalidade das emoções. Cada encontro e seus objetivos estão apresentados em mais detalhes na tabela 1. 3.6.4 Reavaliação Após receber a intervenção, cada grupo deverá responder novamente aos instrumentos, a fim de identificar possíveis mudanças nos fatores avaliados anteriormente. 3.6.5 Follow-up Após 04 semanas da intervenção, todos os participantes serão reavaliados, a fim de identificar possíveis mudanças nos índices de saúde mental. A regulação emocional será realizada através de Escalas quantitativas sobre aspectos da regulação emocional que serão aplicados no início dos grupos e ao final dos encontros. A avaliação da regulação emocional foi realizada a partir dos seguintes instrumentos: Escala Dificuldade de Regulação Emocional (DERS); Questionário de Regulação Emocional (EQR) e Escala de Esquemas Emocionais de Leahy (LESS II). Os índices de saúde mental foram avaliados a partir da Escala de Depressão, Ansiedade e Estresse (DASS-21). Escala de Dificuldade de Regulação Emocional – DERS – Desenvolvida por, Gratz e Roemer (2004) e traduzido e adaptado para o Brasil por Cancian e Oliveira (2016). Propõe acessar os elementos envolvidos na dificuldade de regulação emocional, a partir de 36 itens, com afirmações apresentadas em escala Likert de 5 pontos (1= “quase nunca” e 5= “quase sempre”), para que o indivíduo indique com que frequência as seguintes afirmações se aplicam a si mesmo. Este instrumento identifica a desregulação emocional a partir das seguintes dimensões: 1.Acesso limitado a estratégias de regulação emocional: consiste em itens que refletem a crença de que pouco pode ser feito para regular as emoções de forma eficaz, uma vez que um indivíduo está chateado. 2.Dificuldade em controlar impulsos: é composto principalmente de itens que refletem dificuldades em manter o controle do próprio comportamento ao experimentar emoções negativas. 3.Dificuldade em manter comportamento dirigido a objetivos: é composto por itens que refletem dificuldades de concentração e realização de tarefas ao vivenciar emoções negativas 4.Falta de clareza emocional: itens que refletem até que ponto os indivíduos conhecem (e têm clareza sobre) as emoções que estão vivenciando. 5.Falta de consciência emocional: itens que refletem a tendência de atender e reconhecer emoções. Quando esses itens recebem pontuação reversa apropriada, esse fator reflete uma desatenção e falta de consciência das respostas emocionais. 6.Não aceitação da resposta emocional: composto de itens que refletem uma tendência a ter respostas emocionais secundárias negativas às emoções negativas ou reações de não aceitação ao sofrimento. Questionário de Regulação Emocional – EQR– Desenvolvido por Gross e John (2003), e traduzido e adaptado para o Brasil por Boian, Soares e Silva (2009), o Questionário é um instrumento de autorrelato composto por 10 itens, apresentados em escala Likert de sete pontos (1 = “discordo totalmente” e 7 = “concordo plenamente”), que avalia a estratégia de regulação emocional mais utilizada: 1.Supressão emocional: não sentir ou não responder à emoção. 2.Reavaliação emocional: modificar os pensamentos diante da situação Escala de Estresse, Ansiedade e Depressão – DASS-21– Desenvolvida por Lovibond e Lovibond (1996) e traduzida e adaptada para o Brasil por Vignola e Tucci (2014), a escala é composta por 21 itens, que avalia a intensidade dos estados emocionais de depressão, ansiedade e estresse. Os itens são apresentados em escala Likert de 03 pontos (0 = “não se aplicou de maneira alguma” e 3 = “aplicou-se muito, ou na maioria do tempo”). Escala de Bem-Estar Psicológico Resumida – EBEP– Desenvolvida por Ryff (2008), e traduzida e adaptada para o Brasil por Novo (2005), a Escala é composta por 18 itens, sendo 09 positivos e 09 negativos, que avaliam: autonomia, domínio do meio, crescimento pessoal, relações positivas, objetivos na vida e autoaceitação. Os itens são apresentados em escala Likert de 06 pontos (1 = “muito falso” e 6 = “muito verdadeiro”). Este instrumento identifica o bem-estar a partir das seguintes dimensões: 1.Autoaceitação: atitudes positivas para consigo mesmo 2.Autonomia: lócus internos de avaliação e o uso de padrões internos de autoavaliação 3.Crescimento pessoal: abertura a novas experiências, para vencer desafios que se apresentam em diferentes fases da vida 4.Domínio do meio: capacidade de escolher, criar e manejar ambientes complexos 5.Objetivos de vida: intenções e de senso de direção perante a vida 6.Relações positivas com os outros: capacidade de amar e manter amizades Escala de Bem-Estar Subjetivo – EBES– Desenvolvida por Albuquerque e Tróccoli (2004), a Escala é composta por 62 itens, divididos em 02 sub escalas: a primeira, com 47 itens, avalia os afetos positivos e negativos, e a segunda, com 15 itens, avalia a satisfação com a vida. Em ambas as sub escalas, os itens são apresentados em escala Likert de 05 pontos. Na primeira sub escala, vai de: 1 = “nem um pouco” a 5 = “extremamente”, enquanto na segunda, vai de 1 = “discordo plenamente” a 5 = “concordo plenamente”). Este instrumento identifica o bem-estar a partir das seguintes dimensões: 1.Afetos negativos: refere-se a uma dimensão geral da angústia e insatisfação, o qual inclui uma variedade de estados emoções desagradáveis, incluindo raiva, culpa, desgosto, medo. 2.Afetos positivos: reflete o quanto uma pessoa está se sentindo ativa, entusiástica. 3.Satisfação – insatisfação com a vida: refere-se a uma avaliação da própria vida, que depende de uma comparação entre as circunstâncias da vida e um padrão individual.
Desenvolver habilidades de Regulação Emocional em estudantes Universitários.
Propor ações de desenvolvimento de identificação das emoções e situações estressoras no contexto da universidade. Refletir sobre as respostas emocionais dos estudantes em situações potencialmente estressoras da vida universitária. Promover ações de acolhimento em grupo sobre situações que que promovem ativação emocional no contexto universitário.
O período acadêmico durante a Universidade é marcado por descobertas e desafios que precisam ser superados diariamente. Adquirir novos conhecimentos, desenvolver raciocínio crítico em relação ao meio inserido e a própria convivência em grupo, podem ser ações recompensadoras, desafiadoras ou mesmo gerar adoecimento. A forma como os estudantes enfrentam os obstáculos da vida acadêmica e a própria exposição à situações novas, apresentam um potencial estressor. Esses estressores podem servir como gatilho para o desenvolvimento de problemas emocionais. A Organização Mundial de Saúde (OMS) sugere que prejuízos na saúde mental estão associados à fatores de risco como: "mudanças sociais rápidas, condições de trabalho estressantes, discriminação de gênero, exclusão social, estilo de vida pouco saudável, riscos de violência, mal-estar físico e violações dos direitos humanos" (GALLAGHER, 2008). A maioria dos fatores de risco apontados pela OMS estão presentes no ambiente universitário. As condições de estudo (trabalho), como: falta de professores; condições estruturais desfavoráveis; gestores impositivos e pouco assertivos; cobrança das atividades em curtos períodos; situações de discriminação racial; gênero; estilo de vida prejudicial em hábitos alimentares e vida saudáveis, que é imposto pela intensa rotina de estudos; atividade empregatícia associada; conflitos entre os colegas; são alguns dos fatores encontrados ao frequentar esse novo ambiente. O ingresso na vida universitária e os potenciais estressores podem ser entendidos como preditores ambientais para o aumento do risco de problemas emocionais e interferindo na qualidade de vida, saúde física, humor, sono, alimentação, planejamento e produtividade. Uma das formas de tentar amortecer os impactos desses potenciais fatores estressores na vida universitária é a Regulação Emocional (RE). A RE é definida por Thompson (1994) como uma série de processos de avaliação e modificação de respostas às emoções, capazes de alterar a experiência emocional desde a iniciação, até a modulação da intensidade e duração das emoções, visando sempre o objetivo individual. Esse processo ocorre do indivíduo para ele mesmo (regulação intrínseca), podendo ocorrer de uma pessoa para outra (regulação extrínseca). Algumas pessoas apresentam dificuldades em iniciar, manter e modelar as suas emoções. Essa dificuldade é definida como desregulação emocional. A Desregulação Emocional traz prejuízos no enfrentamento de situações difíceis e desafios, manifestando-se como comportamentos impulsivos e até agressivos (THOMPSON 1994; SOFIA, PEREIRA, 2014). Um dos fatores que podem estar relacionados a Desregulação Emocional são as falhas na identificação, manutenção e na forma de utilizar a (s) estratégia (s) selecionada (s) para regular as próprias emoções (WEBB, MILES e SHEERAN, 2012). Diante de tal cenários dentro do contexto universitário se propõe que um projeto de extensão em regulação emocional possa diminuir os riscos emocionais e a melhora da saúde mental de estudantes universitários aos quais possam estar em risco aos potenciais estressores da vida universitária.

Histórico de movimentação
25-08-2023 10:50:57

Criação da proposta

15-09-2023 11:15:41

Parecer da Câmara de Extensão

Resolução anexada
06-09-2023 15:26:12

Em Análise

Proposta enviada para análise da Câmara de Extensão
15-09-2023 11:15:41

Aprovado

Resolução anexada
15-09-2023 11:15:41

Aprovado

Resolução anexada
15-09-2023 11:16:16

Ativo

Homologado na Proex
v1.4.12
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