PROGRAMA SONS DA UEFS - CONSEPE 69/2014 #149

Coordenador:
Cláudia Elisiane Ferreira dos Santos
Data Cadastro:
11-09-2023 22:45:36
Vice Coordenador:
-
Modalidade:
Presencial
Cadastrante:
Rosa Eugênia Vilas Boas Moreira de Santana
Tipo de Atividade:
Programa
Pró-Reitoria:
PROEX
Período de Realização:
Indeterminado
Interinstitucional:
Não
Unidade(s):
Departamento de Letras e Artes,

Resolução Consepe 069/2014
Processo SEI Bahia 00000000000000000000
Situação Ativo
Equipe 7

Continuidade das atividades dos Projetos: Coral da UEFS e do Grupo Vocal LICEMUS.
A atividade coral vem crescendo em diversas instituições e espaços formais e não formais de ensino. É uma atividade que aproxima as pessoas de forma simples, dinâmica e com o mínimo de recursos, porém, de forma eficiente e eficaz em todos os aspectos que a envolve: musicais e não musicais. Ampliação estética, desenvolvimento motor, aprendizagem de repertório além da musicalização, são alguns dos aspectos aprendidos e desenvolvidos através do Canto Coral. Segundo Doreen Rao (1990), a educação musical através da performance coral é um meio de ensinar às crianças como fazer e como compreender música; um meio de pesquisar com profundidade os elementos musicais, forma e estilo expressos nas obras que estão sendo estudadas; um meio de ensinar habilidades vocais, habilidades de leitura e conhecimentos musicais, e um meio de apreciar a música em si mesma (...) A educação musical realizada nos ensaios enfatizam o desenvolvimento da musicalidade – a compreensão musical e a prática vocal combinadas com a performance artística. (RAO, 1990, p.6). Fonterrada (1991), chama a atenção no intuito de potencializar a educação musical através da atividade coral. deve-se estar atento tanto ao aspecto musical quanto ao educativo. A familiaridade com os atributos do som e o relacionamento mútuo desses atributos serão trabalhados intensamente. Ao mesmo tempo, procurar-se-á dar ao indivíduo oportunidade para desenvolver suas habilidades, permitindo que atue musicalmente, tanto individualmente quanto em grupo. Nessa atuação, ela trabalhará os aspectos físico (percepção, motricidade), afetivo (sensibilidade, expressão) e intelectual (compreensão, análise). A integração desses fatores propiciará a ação musical. (FONTERRADA, 1991, p.170). O Canto Coral tem um forte viés comunitário, pois a sua performance é construída comunitariamente numa interdependência entre os pares, sendo o desenvolvimento desse aspecto social de suma importância para crianças e adolescentes. Bartle (2003, p.4) vem ressaltar a responsabilidade dos regentes em trabalhar tanto os aspectos musicais como os aspectos sociais ou comunitários que tão assertivamente podem ser trabalhados, desenvolvidos no projeto: [...]cantar bem em um bom coro é um trabalho que envolve muito mais do que o ato de cantar propriamente dito. Nós moldamos vidas. Nós ensinamos valores. Nós desenvolvemos gostos. Nós inspiramos e alimentamos talento e criatividade. Cada um de nós deve se esforçar continuamente para melhorar nossas habilidades, nossa artesania, e nosso conhecimento em fazer boa música. Além disso, nós devemos sempre ter em mente a maneira pela qual nós interagimos e trabalhamos com as pessoas – como uma importante, ainda que negligenciada, tarefa – para que atendamos a essa formidável responsabilidade. (BARTLE, 2003, p.4) Ressaltamos que “educar musicalmente também implica em proporcionar ao educando uma experiência estética que integra sentidos, razão, sentimento e imaginação” (SEKEFF, 2002, p.120). Sendo assim, a participação no canto coral, proporciona um desenvolvimento significativo na interação social, por ser essencialmente coletivo, isto é, é intrínseco ao canto coral, a interdependência, a necessidade do outro. Mas não apenas do outro, pois este tem que estar bem para que o grupo funcione bem: aquilo que nós fazemos, enquanto regentes, é por acreditarmos que o meio musical tem a capacidade de impactar profundamente os jovens de variadas maneiras, enriquecendo suas vidas.(...) É através do ato musical em si – o canto de melodias, ritmos, harmonias, dinâmicas e agógicas – que a vida emocional dos jovens pode encontrar expressão e validade, transcendendo a expressão verbal. Por meio do canto, da discussão, e de uma vivência aprofundada das canções, os coralistas podem vir a conhecer e a compreender melhor a si mesmos. (GOETZE, BROEKER E BOSHKOFF, 2011, p.1) Verifica-se que o canto coral tem sido um agente propiciador da ampliação de relações sociais; desenvolvendo a relação do indivíduo corista, consigo mesmo, com o outro e com a comunidade sociocultural na qual está inserido. A prática musical vocal em grupo, além de desenvolver a musicalidade, autocontrole, autoestima e tantas outras potencialidades, é um propiciador de relações sociais harmonizadoras em vários níveis. Sendo o desenvolvimento social importante para o ser humano, como afirma Vigotsky, o coral, por ser um local que propicia muitos contatos sociais, permite os sujeitos a se colocarem em situações que os conduzem ao aprendizado e desenvolvimento de relações com a música, com os outros e com a comunidade. DIMENSÕES NO CANTO CORAL Mathias (1986, p. 16) demonstra que há três níveis de intervenção da prática da música coral no indivíduo. Explicita estas dimensões em cinco partes principais: pessoal, grupal, comunitária, social e política. No entanto, consideramos mais conveniente citar apenas as dimensões: pessoal, interpessoal e comunitária O autor afirma que a música se trata de uma força única, vinda de uma ação comum, capaz de comunicar o concreto do mundo dos sons, o abstrato da beleza da harmonia e a plenitude transcendental. Esta “comum ação do som” nos é dada pela unidade que é o princípio de todas as coisas que se vêem na natureza (MATHIAS, 1986, p.15) Acredita-se que o canto coral seja uma prática que agrega várias possibilidades relativas a essas dimensões, porque propiciam relações com a música de forma direta e relações subjetivas – nas quais podemos nos comunicar conosco mesmos. Temos, também, neste contexto, contato com pessoas com propósitos comuns – a alegria de cantar e de se expressar por meio dos sons – da voz. Juntas, essas pessoas transmitirão mensagens, ideologias e atitudes para a comunidade. Estes valores são internalizados por um processo de intervenção da música. Ou seja, a dimensão (sonora) abre caminhos para a troca e a internalização de conceitos e comportamentos. PESSOAL – Internalização de conteúdos abstratos, desenvolvimento emocional, cognitivo; INTERPESSOAL – Acredita-se que as relações interpessoais são desenvolvidas no contexto do canto coral. Há neste contexto a necessidade de ceder, de seguir normas, regras, de obedecer à hierarquias e de se posicionar em uma função simbólica e social específica. Tudo isso trabalha no indivíduo padrões e formas de compreender melhor as relações sociais interpessoais. De acordo com Fend (1969) o “fazer social” como as diversas instancias influencia o comportamento e vida dos indivíduos e os modificam. As regularidades e os conceitos sociais, presentes no contexto do canto coral potencializa no indivíduo formas de ser e estar na relação com o outro. Acredito que o Canto Coral, ajuda na formação do indivíduo por ser uma atividade em grupo, contribuindo assim para um desenvolvimento da socialidade. COMUNITÁRIA - Trabalhados os níveis pessoais e interpessoais, o reflexo será direto na comunidade da qual o indivíduo participa; Há um desenvolvimento da socialidade. [...] Educar-se na música é crescer plenamente e com alegria. Desenvolver sem dar alegria não é suficiente. Dar alegria sem desenvolver, tampouco é educar. Gainza (1988, p.95) Essa é a proposta, o objetivo primordial desse projeto, o crescimento holístico do indivíduo, utilizando uma ferramenta social, democrática e efetiva como a arte através do Canto Coral.
O projeto prevê a realização de ensaios semanais, que abordarão técnica vocal e estudo de repertório. Serão trabalhados inicialmente exercícios e repertório com o foco na afinação. Fazem parte da metodologia: Encontros de preparação Vocal; Encontros de Teoria Musical; Preparação de Repertório amplo e variado, visando às diversas demandas de apresentações dos Grupos. Para implementação do projeto seguiremos as seguintes etapas: 1. Inscrição 2. Entrevista para expor aos participantes o projeto 3. Classificação vocal (não é seleção vocal, portanto não é excludente) 4. Início do trabalho vocal 5. Início do estudo do repertório 6. Desenvolvimento do repertório com o objetivo de apresentações públicas ou outras gravações;
Destacamos que o presente projeto tem como objetivo principal promover a continuidade do trabalho do Programa Sons da UEFS, formado pelo Coral UEFS e o Grupo Vocal LICEMUS, que ao longo de suas existências tem representado a UEFS em diversos eventos regionais e nacionais.
1.Promover maior integração interpessoal; 2.Desenvolver vínculos afetivos entre os participantes e dos mesmos com a instituição; 3.Contribuir para a melhoria das capacidades pessoais e funcionais dos participantes (concentração, memória e raciocínio lógico); 4.Dialogar com outras instituições e projetos através de articulações para apresentações externas; 5.Fomentar a divulgação do canto coral como uma ferramenta eficaz na popularização da arte.
Proporcionar condições educacionais que assegure o surgimento de novos valores intelectuais, morais e culturais tem sido o foco da Universidade Estadual de Feira de Santana nas suas diversas vertentes de intervenção na sociedade. Por exemplo, é reconhecido que o Centro Universitário de Cultura e Arte, como braço artístico da UEFS tem proporcionado à comunidade meios de agregação de grupos artísticos, estimulando de forma ampla o interesse de pessoas para o desenvolvimento pessoal e resgatando a cultura popular. A própria Universidade já tem desenvolvido através de seus Departamentos projetos culturais que agregam diversas linguagens artísticas, a exemplo do NESP (Núcleo de Estudos da Espetacularidade) e num passado recente abrigou o Coral da UEFS, que cantou e encantou públicos diversos, inclusive lançando em parceria com o Coral UEFS/CUCA o CD comemorativo dos 30 anos da Universidade. Este projeto foi elaborado, com o intuito de contribuir para o desenvolvimento de projetos de educação musical, proporcionados pela Universidade, através de uma ferramenta eficaz: o Canto Coral. Pois o Coral é uma ferramenta democrática e abrangente que permite a participação igualitária de qualquer indivíduo, como também, abrange com eficiência diversos aspectos da Educação Musical. Segundo Bréscia, (2003, p. 15): “O trabalho de musicalização deve ser encarado sob dois aspectos: os aspectos intrínsecos à atividade musical, isto é, inerentes à vivência musical: alfabetização musical e estética e domínio cognitivo das estruturas musicais; e os aspectos extrínsecos à atividade musical, isto é, decorrentes de uma vivencia musical orientada por profissionais conscientes, de maneira a favorecer a sensibilidade, a criatividade, o senso rítmico, o ouvido musical, o prazer de ouvir música, a imaginação, a memória, a concentração, a atenção, a autodisciplina, o respeito ao próximo, o desenvolvimento psicológico, a socialização e a afetividade, além de originar a uma efetiva consciência corporal e de movimentação. Portanto, podemos afirmar que a música, sendo ela tocada ou cantada proporciona ao homem sentimentos que provocam mudanças que vão desde um aumento significativo da sensibilidade até a uma ampliação da cognição, tornando o indivíduo mais perspicaz e eficiente, estimulando sua capacidade criadora, sua autoconfiança, desejo de crescimento, tranquilidade e segurança na busca de caminhos que o leve a alcançar seus objetivos e metas através de novas perspectivas. Observando o trabalho desenvolvido por essa e outras instituições de arte/educação, proponho esses 02 (dois) projetos: o CORAL DA UEFS que irá privilegiar a fundamentação do grupo, articulando e promovendo meios de formação e desenvolvimento dos participantes, e o GRUPO VOCAL LICEMUS, formado por alunos do curso de licenciatura de música da UEFS.

Histórico de movimentação
11-09-2023 22:45:36

Criação da proposta

13-09-2023 14:45:01

Parecer da Câmara de Extensão

Resoluççao anexa
13-09-2023 10:59:25

Em Análise

Proposta enviada para análise da Câmara de Extensão
13-09-2023 14:45:01

Aprovado

Resoluççao anexa
13-09-2023 14:45:38

Ativo

Homologado
v1.4.13
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