ARTES TRANSDISCIPLINARES E CULTURAS: REPERTÓRIOS SIMBÓLICOS E ECOPEDAGÓGICAS NO COTIDIANO DE EDUCAR #155

Coordenador:
GEMICRE DO NASCIMENTO SILVA
Data Cadastro:
13-09-2023 15:42:51
Vice Coordenador:
-
Modalidade:
Híbrido
Cadastrante:
GEMICRE DO NASCIMENTO SILVA
Tipo de Atividade:
Programa
Pró-Reitoria:
PROEX
Período de Realização:
Indeterminado
Interinstitucional:
Sim (Escolas Públicas)
Unidade(s):
Departamento de Letras e Artes,

Resolução Consepe 128/2020
Processo SEI Bahia 07134982020001940112
Situação Ativo
Equipe 1

As universidades brasileiras tem sido ao longo de sua história, palco de lutas por meios seus diferentes projetos voltados para comunidades, isso, tem se manifestado em diferentes modos de conceber esse papel social destas instituições. Atualmente as políticas educacionais proposta pelo Estado brasileiro que são voltadas para o ensino superior vêm sendo abafada, principalmente quando se trata de trabalhos voltados para a coletividade e, como consequência, a redução das propostas de trabalhos voltadas para uma educação inclusiva, por certo, reduzindo ainda mais o seu papel. A proposta do nosso Programa “Artes Transdisciplinares e Culturas: Repertórios Simbólicos e Ecopedagógicas no Cotidiano de Educar” é continuidade ao que já vimos aplicando em diversas atividades desde 2011 quando a sua aprovação conforme resolução Consepe n° 093/2011 do Programa “Arte com Pigmentos Naturais”. Nosso programa já vem se consolidando num espécie de "Laboratório de práticas Alternativas" onde os pesquisadores bem como seus orientandos, a partir dos seus projetos, desenvolvam ações que trazem essas características em promoverem ações transdisciplinares e culturas nos seus repertórios dos seus cotidianos na arte de educar junto ao desenvolvimento das comunidades a partir desse viés alternativo; algo que ainda não foi devidamente trabalhado pela comunidade, mas, que sabemos que oferece potencial de desenvolvimento.
O uso de pigmentos naturais é uma arte que começou a milhares de anos A utilização pelo Homem de pigmentos de origem animal, vegetal e mineral, é muito antiga. Estes pigmentos foram usados para adorno pessoal, decorar objetos, armas e utensílios, fazer pinturas e principalmente tingir os tecidos com os quais cobriram o corpo e embelezam as habitações. É de 2600 a. c. o primeiro registro escrito conhecido sobre corantes naturais e relata a sua utilização na China. Mas sabemos que desde a pré-história, esses elementos são empregados nos registros rupestres conservados até a atualidade. Um pigmento natural é uma substância corada extraída apenas por processos físico-químicos (dissolução, precipitação, entre outros) ou bioquímicos (fermentação) de uma matéria-prima animal ou vegetal. Esta substância deve ser solúvel no meio líquido onde vai ser mergulhado o material a tingir. (ARAÚJO, 2005). No Brasil, os pigmentos naturais têm importante relação com sua história, a começar pelo nome do país, proveniente da madeira de Pau-brasil (Caesalpinia echinata), importante fonte de corante vermelho no século XVI. Durante muito tempo, o Pau-brasil foi o produto local mais precioso para os portugueses que o vendiam na Europa para o tingimento de tecidos (ROSSI, 2008; DALLOGO & SMANIOTTO, 2005). Durante grande parte do século XIX, o Brasil também forneceu corante índigo extraído da planta Indigofera tinctoria, de coloração azul (Rossi, 2008) Com a Primeira Guerra Mundial, surgiram os pigmentos químicos derivados de petróleo e de carvão mineral e com o desenvolvimento do primeiro corante sintético em 1856 seu uso constante levou a substituição dos pigmentos naturais conseqüentemente, o esquecimento deste saber. Esta situação se manteve até a Segunda Guerra Mundial quando as indústrias de pigmentos faliram, pois toda a produção de matéria-prima era utilizada na fabricação de explosivos (FERREIRA, 1998). Uma das principais vantagens na utilização dos pigmentos naturais está na ausência de elementos tóxicos que vem a possibilitar uma melhor qualidade de vida ao artesão, integrando o homem a preservação do meio ambiente. O uso de pigmentos naturais pode retornar ao cenário artesanal como uma alternativa econômica integrada as técnicas tradicionais artesanais e ao mesmo tempo qualificar e elevar os valores de cada produto. Outro fator a ser considerado na utilização de pigmentos naturais é a Sustentabilidade - uma tendência forte que retrata como as marcas estão trabalhando para produzir mais, melhor e sem prejudicar o ecossistema. A tendência eco já é uma realidade de mercado - todos entenderam a urgência desse assunto e a cada dia mais marcas estão aderindo e mais fornecedores desenvolvendo produtos ecologicamente corretos. (ROCHA, 2009). Com o uso do processo de tingidura é possível extrair da natureza corantes com tons suaves como o limão, ouro, bege, rosa, marrom, verde, laranja e púrpura, com baixo custo e sem risco de agressão ao ambiente, além de resgatar princípios culturais na agricultura familiar e novas oportunidades de negócios. O Curso de Extensão Pintando com Pigmentos Naturais, busca promover uma metodologia em consonância com os preceitos sócio interacionistas tendo a experimentação investigativa como meio para facilitar e promover uma aprendizagem significativa. Propõe-se uma metodologia onde o aluno possa ser considerado indivíduo ativo no processo de ensino-aprendizagem e sua participação é ser considerada fundamental para o desenvolvimento das aulas, melhorando inclusive o relacionamento entre professor e aluno. A metodologia a qual o Curso se propõe encontra se de acordo com o pensamento de GOUVÊA (1987) sobre a popularização da ciência através da prática: “O que ensinar ciências, numa visão atualizada não se baseia em ditar, em decorar leis, técnicas, nomes de coisas ou fazer com que os alunos façam experiências seguindo roteiros como se fosse uma receita. Fazer ciência nesta visão atual de ensinar ciências é despertar no indivíduo à capacidade de pensar, de questionar sobre os acontecimentos já adquiridos, levando-o a relação teoria e prática”. Neste contexto, a fim de aproximar o aluno de seu cotidiano e promover um ensino através da experimentação utilizamos pigmentos provenientes de materiais naturais fartamente encontrados na região do semi-árido com o intuito de valorizar a cultura, despertar o interesse pela arte através de aulas criativas e dinâmicas motivando os alunos a fim de promover um aprendizado prático e significativo.
dos territórios em que o programa “Artes Transdisciplinares e Culturas: Repertórios Simbólicos e Ecopedagógicas no Cotidiano de Educar”, for realizado na perspectiva de afirmar e realçar a importância dos repertórios simbólicos e contextuais da/s Cultura/s, das diversidades culturais, no cotidiano dessas ações do educar. Para apresentar os resultados e contribuições do trabalho a sociedade, sobretudo, nas instâncias da/s Cultura/s e da Educação, produziremos os seguintes dispositivos: Realização de seminários e oficinas nas escolas; Publicação de artigos em periódicos; Montagem de um vídeo; Mostra de fotografias; Produção de folhetos; Edição e publicação de um livro; Relatório anual. Estas ressonâncias se traduzirão em debates e reflexões/meditações, bem como, na expansão de compreensões e de experiências que poderão impactar o cotidiano das práticas educativas escolares na perspectiva de busca de uma relação mais vigorosa, crítica e intensa entre cultura/s e educação, sobretudo no que respeita aos contextos culturais locais/regionais e às temáticas emergentes das diversidades artísticas e culturais.
Resgatar e divulgar remotos conhecimentos de se obter corantes naturais para uso diferentes a partir do solo, sementes, frutos, resinas, flores e folhas dentre outros com um baixo custo e servindo como motivação didática para aulas e exercícios de criatividade para a produção artística artesanal.
Conhecer os pigmentos naturais; Integrar os participantes através das artes; Confeccionar pequenos artefatos artesanais; Aplicar técnicas de reciclagem; Associar a alternativas econômicas Agregar opções a qualidade de vida; Associar a preservação ambiental.
Nesse horizonte da transdisciplinaridade compreendemos que, na proporção em que somos todos diferentes, mas, também somos semelhantes por pertencermos à mesma raça humana, podemos, no dinamismo de nossa diversidade, estabelecer vínculos em que, intensivamente, podemos compartilhar as diferenças que podem nos entrelaçar nos desafios dos processos do ser-sendo-com-os-outros. Os processos de investigação serão conduzidos mediantes os referenciais das chamadas metodologias qualitativas de pesquisa. Desse modo, serão desenvolvidas atividades de campo em que estabeleceremos contatos diretos com os/as protagonistas dos repertórios das temáticas propostas e pesquisadas, vislumbrando uma relação de maior proximidade possível com as intensidades do cotidiano vivido por estes. Nessa perspectiva, desde uma relação de com/vivência com o mundo vivido/vivente através da participação em diversos momentos das ações comuns do cotidiano do educar, vislumbramos uma compreensão vasta e crítica acerca da relação de coexistência entre Cultura/s as Arte/s e Educação. Essa compreensão se desdobrará através das praticas e observações acurada, das escutas dos silêncios e sons, das expressões visíveis, como também as invisíveis, dos modos de ser e de estar sendo do cotidiano das ações de educar. Vislumbramos uma com/vivência que, nos processos de pesquisação, impliquem em proximidade e distanciamento, em em/volvimentos diversos que possibilitem uma compreensão tão ampla quanto funda, tão afetiva como efetiva. Atualmente, os sentimentos emocionais são construídos e compreendidos segundo o modelo instrumental do capitalismo, entender essa integração cultural e artística contemporânea dos sentimentos requer também compreender a lógica do mercado globalizado e revolucionário, por essa razão que esse ‘capitalismo emocional’ vem englobando a/s Cultura/s as Arte/s e Educação no pós-industrial na qual as utopias da felicidade são mediadas pelo consumo. Como desdobramentos dos resultados, esperamos apresentar contribuições relevantes e fecundas para os processos educativos escolares dos territórios em que o programa “Artes Transdisciplinares e Culturas: Repertórios Simbólicos e Ecopedagógicas no Cotidiano de Educar”, for realizado na perspectiva de afirmar e realçar a importância dos repertórios simbólicos e contextuais da/s Cultura/s, das diversidades culturais, no cotidiano dessas ações do educar.

Histórico de movimentação
13-09-2023 15:42:51

Criação da proposta

06-05-2024 08:48:05

Parecer da Câmara de Extensão

Programa ativo antes do SISTEX
06-05-2024 08:47:41

Aprovado

Programa ativo antes do SISTEX
06-05-2024 08:48:05

Aprovado

Programa ativo antes do SISTEX
06-05-2024 08:48:15

Ativo

Programa ativo
v1.4.12
SISTEX - Desenvolvido pela Assessoria Especial de Informática - AEI e Sustentado pelo Escritório de Projetos e Processos - EPP