Horta Na Escola: Uma Proposta Multidisciplinar De Ecoalfabetização Sistêmica"&quot #157

Coordenador:
Candida Maria Lima Aguiar de Mendonça
Data Cadastro:
14-09-2023 10:50:40
Vice Coordenador:
-
Modalidade:
Presencial
Cadastrante:
Gilberto Marcos de Mendonça Santos
Tipo de Atividade:
Programa
Pró-Reitoria:
PROEX
Período de Realização:
14/09/2023 - 28/03/2025
Interinstitucional:
Não
Unidade(s):
Área de Agronomia do DCBIO (Área VI),

Resolução Consepe 091/2017
Processo SEI Bahia 00000000000000000000
Situação Ativo
Equipe 9

O programa de Extensão Horta Escola constitui um conjunto articulado de 03 projetos integrados associados com ações de esporádicas de difusão de tecnologia (curso, dias de campo e prestação de serviços de consultoria comunitária), integrados com as disciplinas profissionalizantes do Curso de Agronomia e disciplinas de produção e diagramação do Programa de Pós Graduação em Desenho. Associados ao projeto de extensão serão realizadas interversões de pesquisa-ação de médio e longo prazo. A horta na escola é um laboratório vivo, uma ferramenta pedagógica para a Educação Ambiental e abordagem transversal de vários temas de diversas matérias escolares. Um espaço privilegiado para discussões sobre Educação Ambiental, Ecologia, Ciências, Geografia, História, Conservação, Técnicas Agrícolas (entre outras), constitui um local de concentração de atividades comunitárias, e em si um recurso pedagógico concreto, que se explorado corretamente, pode dar vida as aulas das mais diversas disciplinas da escola em questão e da própria Universidade, constituindo um elemento capaz de operacionalizar a relação entre teoria e prática, favorecendo a aprendizagem e facilitando a interação Comunidade/Universidade. Sobre o nome horta, estão abarcados diversos tipos de plantios: olerícolas (verduras e legumes), jardins (flores e plantas ornamentais de interesse no paisagismo e árvores ), frutíferas e ervas medicinais. Programa Horta na escola apresenta três eixos principais: 1) - Instalação de hortas e Jardins (paisagísticos, sensoriais e apícolas); Esses espaços constituem per si elementos agregadores que por ter uma utilidade obvia, atrai a comunidade , facilita ações de organização comunitária ampliando o sentimento de pertença da comunidade escolar em torno de um projeto agregador (estudantes, professores, funcionários, pais de alunos e vizinhos da escola tem na horta e nos jardins locais de agregação e conversação); 2) - Cursos e palestras versando sobre Técnicas Agrícolas (compostagem, controle ecológico de pragas, implantação e manutenção de hortas comunitárias, jardins sensoriais e Jardins apícolas); Essa ação em tem por intencionalidade formar agentes de multiplicação, pais de alunos, docentes, lideres comunitários funcionários das escolas seriam o publico alvo dessa ação, que ao tempo que tem forte apelo social, colabora com a formação dos estudantes do curso de Agronomia; 3 - Pesquisa-ação em gestão e educação ambiental, segurança alimentar, segurança nutricional, conservação; essa ação tem por intencionalidade trazer os conhecimentos e demandas da comunidade para dentro da universidade auxiliando na formação de estudantes da UEFS e melhorando futuras ações de extensão, na UEFS e em outras Universidades. Todos os eixos têm como um dos produtos esperados a produção de materiais didáticos versando sobre Técnicas Agrícolas (compostagem, controle ecológico de pragas, implantação e manutenção de hortas comunitárias), a intencionalidade dessas ação é permitir autonomia e emancipação para que possam multiplicar as experiências de implantação de hortas comunitárias e jardins, Cursos e palestras para a comunidade - Apresentação de trabalhos em eventos de extensão. Esse projeto de extensão é uma resposta a dois convites, já existentes de escolas do municio de Feira de Santana para que instalemos hortas escolares e jardins em suas unidades de ensino.
A relação homem-natureza vem se modificando ao longo do tempo. Hoje temos uma relação de dominação do homem sobre a natureza com a utilização dos recursos numa velocidade e quantidade que a natureza não consegue repor. Vários encontros nacionais e internacionais são realizados a cada ano com o intuito de pensar soluções que diminuam os impactos que a humanidade produz na natureza. CRIBB (2007) considera que os documentos resultantes de tais eventos indicam que uma das estratégias para conter o processo de destruição da natureza seria a educação. Mas uma Educação Ambiental crítica que segundo Carvalho (2004) tem o objetivo de contribuir para uma mudança de valores e atitudes, contribuindo para a formação de um sujeito ecológico. O desenvolvimento de uma Educação é um importante instrumento para promoção de hábitos alimentares saudáveis e cidadãos mais completos e cientes de sua cidadania (BOMENY, 2009). A horta escolar além de ser um espaço privilegiado para discussões sobre Educação Ambiental, Ecologia, Conservação e Técnicas Agrícolas, constitui um local de concentração de atividades comunitárias, e em si um recurso pedagógico concreto, que se explorado corretamente, pode dar vida as aulas das mais diversas disciplinas da escola em questão e da própria Universidade, constituindo um elemento capaz de operacionalizar a relação entre teoria e prática, favorecendo a aprendizagem e facilitando a interação Comunidade/Universidade. A instalação de hortas, jardins e pomares permite à comunidade escolar imersão lúdica em questões ambientais complexas como: educação ambiental, cuidados com o ambiente, qualidade nutricional dos alimentos, saúde e qualidade de vida. Favorecendo que as crianças tenham contato e teçam relações ecológicas no meio natural, mas em condições controladas e seguras “a própria escola”. Dessa forma, as hortas e pomares constituem num instrumento pedagógico que possibilita para além do lazer e educação ambiental, o aumento do consumo de frutas e hortaliças, a construção de hábitos alimentares saudáveis, o resgate dos hábitos regionais e locais. O ambiente educacional é um espaço pedagógico multidisciplinar na construção de saberes, onde os alunos passam grande parte de sua vida em busca de aprendizado e ali precisam compreender que são sujeitos integradores do espaço escolar adquirindo, desta forma, conhecimentos, experiências e tornando sujeitos capazes de criticar, analisar e refletir, como atuantes da sociedade em que se vivem. A escola, neste contexto, passa a ser não apenas lugar da experiência e, mas também, “objeto do pensamento”. (YUNG, 2011 e CHARLOT, 2009 apud CAVALCANTI, 2013; BOMENY, 2009). A pedagogia da autonomia exige trabalhar com os educandos a rigorosidade metódica com que devem se aproximar dos objetos cognoscíveis (FREIRE, 2006). Medeiros et al. (2008), cita como o maior desafio da educação ambiental a busca do equilíbrio entre o ser humano e o ambiente, pois cada vez mais estamos “utilizando dos recursos naturais de forma inadequada, o que torna ainda mais importante uma conscientização ambiental”. A instalação de Hortas e Jardins Escolares busca proporcionar possibilidades da ampliação das ações pedagógicas, pois permitem práticas em equipe fazendo com que se aprendam novas formas de trabalho coletivo sabendo também que é uma forma de auxiliar na alimentação dos alunos, alimentação saudáveis construídas pela equipe escolar, bolsistas, alunos e professores, melhorando a interação escolar e suprindo também algumas necessidades e contribuindo dessa forma para uma aprendizagem significativa.A exploração do meio e ações de educação ambiental visam a desenvolver um sentimento de pertencimento e a favorecer vínculos entre a pessoa e seu ambiente. O lugar em que se vive é o primeiro cadinho do desenvolvimento de uma responsabilidade ambiental, onde aprendemos a nos tornar guardiões, utilizadores e construtores responsáveis pelo espaço (SAUVÉ, 2005). A abordagem Ecopedagogica tem sua definição relacionada à sustentabilidade socioambiental e a práticas educativas que buscam críticas e transformadoras (GADOTTI, 2001). Aliada a essa perspectiva, a Educação Contextualizada supõe, fomenta e instrumentaliza a participação direta dos sujeitos no processo de construção e disseminação do conhecimento tendo como ponto de partida e como ponto de chegada sua realidade social concreta, suas vivências e práticas (TELES et al., 2002). Em outras palavras, “contextualizar é construir significados e significados, incorporar valores porque explicitam o cotidiano, constroem compreensão de problemas do entorno social e cultural, ou facilitam viver o processo da descoberta” (WARTHA & FALJONI-ALÁRIO, 2005). Em escolas de uma forma geral, mas, sobretudo em creches as atividades da horta escolar contribuem com a sensibilização das crianças quanto à alimentação saudável e despertaram nos professores o interesse no trabalho pedagógico com hortas escolares agroecológicas FREITAS et al (2013). Se implantação de hortas e pomares auxilia uma vertente fortemente alicerçada em produção de alimentos e segurança alimentar na formação de indivíduos, a implantação de jardins constituem uma ferramenta lúdica e eficiente de promover a inclusão social e a educação ambiental. Tradicionalmente o paisagismo pode ser entendido como uma técnica que tem o intuito de projetar, planejar, fazer a gestão e a preservação de espaços livres. Em espaços escolares é importante que os jardins proporcionem outras experiências. Os chamados Jardins Sensoriais constituem-se numa forma avançada de paisagismo, nas quais o planejamento do espaço busca ofertar múltiplas possibilidades de exploração do ambiente, sendo projetado para que todos os tipos de público, independente da faixa etária e necessidades possam desfrutar do prazer de interagir com seu meio ambiente (SABBAGH & CUQUEL, 2007; ALMEIDA et al., 2017). Para proporcionar uma experiência sensorial completa, é necessário pensar em cada um dos sentidos e escolher os elementos da paisagem local que servirão para cada estímulo; neste projeto serão utilizados elementos como plantas com grande variedade de tamanhos, formas, texturas, cores e aromas, caminhos acessíveis e com pisos multivariados, além disso, iremos incluir na trilha elementos processados que irão magnificar o uso dos sentidos: elementos sonoros, como pequenas fontes de água, mensageiros dos ventos e colmeias de abelhas sem ferrão; elementos olfativos com potes contendo café, cravo, baunilha, terra molhada; elementos gustativos oferecendo sucos de frutas da época e ervas comestíveis (ROMANI et al., 2021); elementos tácteis como areia, algodão e esculturas com diferentes formas geométricas. Nestes espaços os visitantes terão a oportunidade de experimentar, de forma segura e planejada, múltiplas possibilidades de analisar o meio ambiente (ABREU et al., 2021). Os jardins Sensoriais podem ser fonte de trabalhos educativos e recreativos, por meio da exploração dos sentidos do corpo humano, e já estão presentes em diversas cidades do mundo todo, especialmente em áreas abertas ao público, como universidades, praças, jardins botânicos e escolas (LEÃO, 2007; BORGES & PAIVA, 2009; PETRY, 2014).
Uma das propostas do Conselho docente da Equipe de Educação Ambiental da UEFS foi enriquecer as trilhas pedagógicas do setor (EEA) e re-estruturar as estações de discussão existentes, com esse direcionamento a EEA aprovou a criação de um espaço "Jardim Sensorial", a proposta foi discutida com a Secretaria de Educação do Município de Feira de Santana que acolheu a ideia, solicitou a formatação do jardim da EEA como espaço para treinamento dos professores e administração das escolas municipais no uso dos jardins sensoriais. Este plano de trabalho, tem por objetivo instalar os elementos paisagísticos do jardim sensorial da EEA e produzir roteiros para visitas guiadas neste espaço educador. A área designada ao Jardim Sensorial dentro da EEA se localiza ao lado da entrada principal do prédio, sendo de fácil acesso às pessoas portadoras de necessidades especiais. Serão construídos canteiros destinados a cultivo de plantas ornamentais e ervas medicinais, estes canteiros serão instalados diretamente no solo e em bancadas com 60cm de altura, de forma a ser acessível a pessoas com diferentes graus de mobilidade. Na escolha de espécies para jardins sensoriais, iremos utilizar plantas que favoreçam o uso dos diversos sentidos. Para proporcionar uma experiência sensorial completa, é necessário pensar em cada um dos sentidos e escolher os elementos da paisagem local que servirão para cada estímulo; neste projeto serão utilizados elementos como plantas com grande variedade de tamanhos, formas, texturas, cores e aromas, caminhos acessíveis e com pisos multivariados, além disso, iremos incluir na trilha elementos processados que irão magnificar o uso dos sentidos: elementos sonoros, como pequenas fontes de água, mensageiros dos ventos e colmeias de abelhas sem ferrão; elementos olfativos com potes contendo café, cravo, baunilha, terra molhada; elementos gustativos oferecendo sucos de frutas da época e ervas comestíveis; elementos tácteis como areia, algodão e esculturas com diferentes formas geométricas. Serão evitados elementos que possuam espinhos ou acúleos, plantas que apresentem substâncias tóxicas e/ou que apresentem alta concentração de ráfides de oxalato de cálcio, dentre outras. A trilha interna do Jardim já foi projetada pela gerencia de projetos/UNINFRA da UEFS, se apresenta de forma sinuosa de forma que a cada curva da trilha um novo sentido seja priorizado. Os cultivos serão efetuados sem uso de agroquímicos.
- Criar um ambiente harmonioso e estimulante, onde seja possível despertar e explorar os sentidos das pessoas, promovendo ações de Educação Ambiental, Inclusão, Ludicidade e bem-estar físico e emocional.
- Fortalecer a importância da educação ambiental e da inclusão social na formação do agrônomo paisagista egresso da UEFS; - Ampliar as atividades oferecidas pela Equipe de Educação Ambiental da UEFS - Proporcionar experiências sensoriais durante a caminhada pelo Jardim Sensorial - Estimular a interação e a conexão com a natureza; - Oportunizar momentos de tranquilidade e de redução do estresse; - Estimular a criatividade e a imaginação dos visitantes; - Sensibilizar a conscientização ambiental e a preservação da natureza; - Auxiliar na formação extensionista do bolsita na recepção e dialogo com visitantes e produção de materiais didáticos.
Os Jardins sensoriais são espaços verdes projetados com espécies botânicas, elementos minerais e esculturas de jardins a fim de estimular os sentidos do corpo humano. A interação entre pessoas e o ambiente controlado dos jardins sensoriais permite um aprendizado lúdico e inclusivo, gerando benefícios múltiplos que incluem desde o bem-estar ao resgate de memórias. Nestes espaços os visitantes terão a oportunidade de experimentar, de forma segura e planejada, múltiplas possibilidades de analisar o meio ambiente. O projeto de Implantação de um jardim sensorial na Universidade Estadual de Feira de Santana é uma atividade de extensão universitária que tem por objetivos fortalecer a importância da educação ambiental e da inclusão social na formação do agrônomo paisagista egresso da UEFS e, possibilitar a ampliação do leque de atividades oferecidas pela Equipe de Educação Ambiental da UEFS a seus visitantes. O Jardim Sensorial será um espaço não-formal de ensino de ciências, educação ambiental e inclusão social através de visitas guiadas nas quais os visitantes experimentarão experiências multissensoriais.

Histórico de movimentação
14-09-2023 10:50:40

Criação da proposta

19-09-2023 10:00:10

Parecer da Câmara de Extensão

Resolução anexa
18-09-2023 19:57:17

Em Análise

Proposta enviada para análise da Câmara de Extensão
19-09-2023 10:00:10

Aprovado

Resolução anexa
19-09-2023 10:00:36

Ativo

Homologado na Proex
v1.4.12
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