PROPOSTA DE VIGILÂNCIA Á SAÚDE PARA A DETECÇÃO DE DISTÚRBIOS PSÍQUICOS MENORES E HIPERTENSÃO ARTERIAL EM SÃO GONÇALO DOS CAMPOS, BA. #161
- Coordenador:
- Carlito Lopes Nascimento Sobrinho
- Data Cadastro:
- 14-09-2023 16:20:07
- Vice Coordenador:
- -
- Modalidade:
- Presencial
- Cadastrante:
- Carlito Lopes Nascimento Sobrinho
- Tipo de Atividade:
- Projeto
- Pró-Reitoria:
- PROEX
- Período de Realização:
- 14/09/2023 - 30/08/2024
- Interinstitucional:
- Sim (Secretaria Municipal de Saúde de São Gonçalo dos Campos)
- Unidade(s):
- Departamento de Saúde,
Resolução Consepe
104/2011
Processo SEI Bahia
00000000000000000000
Situação
Ativo
Equipe
2
A partir do reconhecimento dos distúrbios psíquicos menores (DPM) e da hipertensão arterial sistêmica (HAS) como problemas relevantes de saúde na população de São Gonçalo dos Campos, Bahia, onde se desenvolvem práticas de integração ensino, serviço, comunidade, dos cursos de saúde, do Departamento de Saúde (DSAU), da Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS), decidiu-se implementar práticas voltadas à prevenção e controle dos agravos identificados, na perspectiva da Vigilância à Saúde, articulando estudantes, professores do DSAU/UEFS, profissionais de saúde das Unidades de Saúde da Família (USF) e lideranças comunitárias do município. As atividades serão desenvolvidas a partir de visitas domiciliares, realizadas por estudantes dos cursos de saúde, bolsistas e voluntários da Sala de Situação e Análise Epidemiológica e Estatística (SSAEE) do DSAU/UEFS, acompanhados por Professores e Agentes Comunitários de Saúde (ACS) das USF do município e lideranças comunitárias do município. Serão considerados portadores de DPM os indivíduos positivos ao SRQ-20 e “suspeitos” de HAS, os indivíduos que apresentarem Pressão Arterial Sistólica igual ou superior a 140 mmHg (PAS ≥140 mmHg) e/ou Pressão Arterial Diastólica igual ou superior a 90 mmHg (PAD ≥ 90 mmHg). Após a identificação dos indivíduos com DPM e HAS, os mesmos serão cadastrados e encaminhados para acompanhamento pelos profissionais de saúde das USF. Os resultados obtidos serão apresentados e discutidos com a Equipe de Saúde da Família e a comunidade da área envolvida no projeto, por meio de reunião comunitária e outras atividades de caráter coletivo e preventivo.
Distúrbio Psíquico Menor (DPM) é uma expressão criada por Goldberg & Huxley (1993) para designar sintomas tais como insônia, fadiga, irritabilidade, esquecimento, dificuldade de concentração e queixas somáticas, que demonstram ruptura do funcionamento normal do indivíduo, mas não configuram categoria nosológica na 10ª Classificação Internacional de Doenças (CID-10), bem como nos Manuais de Diagnóstico e Estatística (DSM) da Associação Psiquiátrica Americana (COUTINHO ET AL., 1999). Entretanto, os Distúrbios Psíquicos Menores constituem problema de saúde pública e apresentam impacto econômico relevante em função das demandas geradas aos serviços de saúde e do absenteísmo no trabalho (COUTINHO ET AL., 1999). No campo da saúde mental, os Distúrbios Psíquicos Menores (DPM) têm ganhado relevância e se constituem num dos principais problemas, que atingem os indivíduos adultos. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS, 2002), estima-se a ocorrência de 25% de DPM e 5 a 10% de transtornos mentais graves em indivíduos com idade igual ou superior a 18 anos. Fatores como a pobreza, sexo, idade, doenças físicas, fatores familiares e ambientais são apontados como associados ao DPM (OMS, 2002). No Brasil, vários autores têm revelado alta prevalência desses transtornos nas populações estudadas (ARAÚJO ET AL., 2003; COSTA ET AL., 2002; COSTA E LUDERMIR, 2005; LIMA, 2004; LUDERMIR, 2000) cujas conseqüências, individuais e sociais, reforçam a necessidade de identificação precoce, para orientar intervenções individuais e coletivas (LIMA, 1999; OMS, 2002). A literatura tem apontado a existência de associação entre fatores sócio-demográficos e DPM. Ludermir e Mello-Filho (2002) realizaram um estudo em Olinda-PE com o objetivo de identificar a prevalência de DPM e avaliar associação com as condições de vida e inserção na estrutura ocupacional, e concluíram que a baixa escolaridade, baixa renda e exclusão do mercado formal de trabalho propiciam situações de estresse e contribuem para a produção de DPM. Estudos de epidemiologia em saúde mental têm apontado a associação entre DPM com as condições de vida (escolaridade, posse de bens duráveis e condições de moradia). Para Lopes et al. (2003), fatores ambientais desfavoráveis também estão associados ao surgimento de DPM, destacando ainda que a doença mental pode provocar prejuízos sociais na vida do indivíduo, como baixo nível educacional, desemprego e ruptura das relações sociais. A Hipertensão Arterial se caracteriza por ser um aumento crônico da pressão arterial diastólica ou sistólica. Para o seu diagnóstico é necessário que a pressão arterial esteja aumentada, no mínimo, em duas ocasiões diferentes (BRASIL, 2006). A Hipertensão Arterial Essencial (HAS) representa 90 a 95% dos casos conhecidos, possui causa ignorada e é também conhecida como idiopática ou primária (BRASIL, 2006). A pressão arterial sistólica é determinada pelo volume sanguíneo ejetado em cada sístole (débito sistólico) e pela elasticidade das grandes artérias. A pressão arterial diastólica depende da resistência vascular periférica e da freqüência cardíaca que irá determinar a duração da diástole e do tempo disponível para o escoamento diastólico. Os limites da pressão arterial normal do indivíduo adulto é de 140 mmHg para PA sistólica e de 90 mmHg para a PA diastólica. Valores pressóricos iguais ou superiores a esses, são considerados hipertensão arterial (BRASIL, 2006). A prevalência da hipertensão arterial no Brasil é estimada em 15% da população com mais de vinte anos (BRASIL, 2006). Entretanto, até o momento, nenhum dos estudos brasileiros realizados em diferentes locais permite inferência precisa para o país, por não retratarem a totalidade dos atributos – biológicos, estilo de vida e ambiente social, político e econômico – da sociedade brasileira (LESSA, 1993). Entre 1970 e 1993, nas diferentes regiões brasileiras, obtiveram-se prevalências em adultos que variaram entre 1,3% no sul e 40,3% no nordeste, aparecendo freqüentemente na faixa entre 20% e 30% (LESSA, 1998). A hipertensão arterial está associada à cerca de 2/3 do total de óbitos cerebrovasculares no Brasil e constitui-se um dos quatro grandes fatores de risco de infarto agudo do miocárdio (FORMIGLI, 1999, BRASIL, 2006). Isoladamente encontra-se entre as 10 primeiras causas de óbito no Brasil e representa a primeira causa de morbidade em diversas áreas, constituindo-se no principal motivo de concessões de auxílio-doença e aposentadoria por doença no país (FORMIGLI, 2001). A hipertensão arterial acarreta altos custos hospitalares, constituindo-se na segunda causa isolada de internamento no grupo das doenças cardiovasculares na rede assistencial do Sistema Único de Saúde (BRASIL, 2006). Na Bahia e em Salvador, as doenças do aparelho circulatório ocupam o primeiro lugar como causa de óbito, com percentuais de 22,3% e 28,9% respectivamente, o que permite inferir sobre a importância da Hipertensão Arterial (BAHIA, 1997). A hipertensão arterial, como outras doenças crônicas de múltipla determinação, é de fácil prevenção primária. Por outro lado, medidas de prevenção secundária têm significativo impacto como ação de saúde pública, pois a detecção precoce da HAS e seu tratamento imediato evitam o surgimento de suas graves complicações (FORMIGLI, 1999). Entretanto a detecção precoce da hipertensão é dificultada pelo desconhecimento da população sobre a mesma, de modo geral assintomática, e também pelas reduzidas freqüências de aferição da PA pelos profissionais de saúde, inclusive em consultas médicas ambulatoriais (FORMIGLI, 1999). Estima-se que o não diagnóstico da hipertensão alcance 50 a 70% (Brasil, 2006). O diagnóstico da hipertensão arterial é realizado com relativa facilidade e as medidas higienodietéticas, assim como as drogas disponíveis, têm eficácia comprovada na redução das complicações decorrentes da hipertensão e das doenças a ela associadas (BRASIL, 2006). A estratégia de saúde da família pressupõe que a atenção à saúde deve estar centrada na família, que deve ser entendida e percebida a partir de seu ambiente físico e social. Como diretriz operacional elegeu os princípios de: caráter substitutivo de suas práticas (dado pela substituição das práticas convencionais de assistência por um novo processo de trabalho, centrado na vigilância à saúde); integralidade e hierarquização das ações (entendendo que a unidade de saúde da família está inserida no primeiro nível de ações e serviços do sistema local de saúde); territorialização e adstrição da clientela (buscando trabalhar com território definido); adoção do trabalho em equipe multiprofissional (a unidade produtiva do Programa de Saúde da Família/PSF é a Equipe de Saúde da Família/ESF, a qual é composta minimamente por um médico generalista ou da família, um enfermeiro, um auxiliar de enfermagem e de cinco a seis agentes comunitários de saúde). Outros profissionais como cirurgião dentista e auxiliar de consultório dentário, por exemplo, poderão ser incorporados de acordo com as características e demandas dos serviços locais de saúde (BRASIL, 2001a; 2001b). As equipes do Programa de Saúde da Família (PSF) devem realizar o cadastramento das famílias de sua área de abrangência em um instrumento de registro que contempla aproximadamente o atendimento de 800 a 1000 famílias. Segundo o Departamento de Atenção Básica (DAB) do Ministério da Saúde (2004), cada equipe se responsabiliza pelo acompanhamento de cerca de 3 a 4 mil e 500 pessoas. A divisão das áreas de atendimento considera os bairros de origem que são divididos em micro-áreas, as quais possuem um Agente Comunitário de Saúde (ACS) responsável pelo cadastramento das famílias mediante visitas domiciliares. Este cadastramento tem por finalidade realizar um diagnóstico de saúde da comunidade, auxiliando no planejamento e na organização das ações de promoção e prevenção da saúde (BRASIL, 2004). Estratégias de saúde pública são necessárias para identificar, indivíduos adultos, portadores da HAS. Essas estratégias poderão trazer benefícios individuais e coletivos para a prevenção da HAS e redução da carga de doenças devida aos agravos cardiovasculares em geral (BRASIL, 2006; FORMIGLI, ET AL., 1999; NASCIMENTO SOBRINHO, ET AL., 1999). Levando-se em conta esses fatores é de fundamental importância a implementação de modelos de atenção à saúde que incorporem estratégias diversas, individuais e coletivas a fim de melhorar a qualidade da atenção e alcançar o controle adequado dos níveis pressóricos (BRASIL, 2006). Este desafio é sobretudo da Atenção Básica, notadamente da Saúde da Família, espaço prioritário e privilegiado de atenção á saúde que atua com equipe multiprofissional e cujo processo de trabalho pressupõe vínculo com a comunidade e a clientela adstrita, levando em conta diversidade racial, cultural, religiosa e os fatores sociais envolvidos (BRASIL, 2006).
- Apresentação e discussão da estratégia de trabalho em conjunto com os profissionais da Equipe de Saúde da Família (ESF), docentes, discentes da UEFS e lideranças comunitárias, propondo a realização de visitas domiciliares e a implementação de ações de educação em saúde na comunidade; - Elaboração conjunta de objetivos, estratégias e formulário para coleta de dados sociodemográficos, hábitos de vida e utilização de medicamentos; - Realização de oficinas para capacitação de estudantes bolsistas e voluntários dos Cursos de Farmácia, Medicina e Odontologia do Departamento de Saúde da UEFS, enfocando técnicas de informação e educação em saúde, através de oficinas ministradas por profissionais da área de educação previamente convidados, na Sala de Situação e análise Epidemiológica e Estatística (SSAEE); - Elaboração conjunta de material educativo, contendo informações sobre Hipertensão Arterial suas complicações e medidas de prevenção; - Realização de oficinas para capacitação de estudantes bolsistas e voluntários dos Cursos de Farmácia, Medicina e Odontologia do Departamento de Saúde da UEFS, para a realização da aferição da Pressão Arterial (PA) e realização de medidas antropométricas (estatura, peso e circunferência abdominal) e aplicação de formulário contendo o SRQ-20 (identificação de sujeitos com sofrimento mental) e o Teste CAGE (identificação de “bebedores-problema”), no Laboratório de Enfermagem do DSAU/UEFS; - Realização de oficina de territorialização no bairro Alto do Sobradinho em São Gonçalo dos Campos, para reconhecimento da área onde será desenvolvido o trabalho e reunião com a Equipe de Saúde da Família e lideranças comunitárias do bairro; - Visitas domiciliares acompanhadas por Agentes Comunitários de Saúde (ACS), lideranças comunitárias e professores do DSAU/UEFS para a realização da aferição da pressão arterial e de medidas antropométricas no bairro Alto do Sobradinho em São Gonçalo dos Campos; - Preenchimento de formulário para levantamento de dados sociodemográficos (sexo, idade, situação conjugal, organização familiar, raça/cor da pele, renda familiar, escolaridade, ocupação); hábitos de vida (tabagismo, consumo de álcool, prática de atividade física, ingestão de sal); comorbidades e utilização de medicamentos (anti-hipertensivos e psicofármacos), identificação de sujeitos com sofrimento mental (SRQ-20) e “bebedores-problema” (Teste CAGE); - Elaboração do perfil sociodemográfico dos indivíduos hipertensos residentes nos domicílios visitados; - Desenvolvimento de ações educativas referentes à prevenção, detecção e controle da hipertensão arterial e uso racional de medicamentos, em conjunto com a ESF, estudantes, professores e lideranças comunitárias; - Fornecimento de orientações individuais e familiares, acompanhadas da distribuição do material educativo elaborado para esta finalidade; - Realização de reuniões comunitárias e palestras sobre HAS, medidas de prevenção e controle, estabelecendo um vínculo entre a ESF e a comunidade por ela assistida; - Apresentação dos resultados às ESF, Secretaria Municipal de Saúde e demais profissionais de saúde vinculados ao Município, na perspectiva de continuidade das atividades extensionistas. Estratégia de coleta de dados As visitas domiciliares ocorrerão em pelo menos um (01) final de semana por mês, preferencialmente aos sábados, durante doze (12) meses. Em cada final de semana serão visitadas aproximadamente dez (10) famílias, totalizando no mínimo (cem) 100 visitas. Os dados coletados serão processados com o auxílio do programa estatístico SPSS for Windows, versão 17.0, na Sala de Situação e Análises Epidemiológicas e Estatísticas do DSAU/UEFS. Resultados e Impactos Previstos 1. Desenvolver prática de aferição de PA e medidas antropométricas pelos estudantes da UEFS na comunidade; 2. Identificação de suspeitos de Hipertensão Arterial com o encaminhamento dos mesmos para Unidade de Saúde da Família; 3. Identificação de sujeitos com sofrimento mental (positivos ao SRQ-20) com o encaminhamento dos mesmos para Unidade de Saúde da Família; 4. Identificação de “bebedores-problema” (positivos ao Teste CAGE) com o encaminhamento dos mesmos para Unidade de Saúde da Família; 5. Implementar práticas educativas junto a comunidade; 6. Colaborar efetivamente com as atividades de Vigilância à Saúde desenvolvidas em São Gonçalo dos Campos, Bahia.
Desenvolver práticas de Vigilância à Saúde no município de São Gonçalo dos Campos, Bahia, voltadas para indivíduos “suspeitos” de Hipertensão Arterial e Distúrbios Psíquicos Menores, com idade igual ou superior a 18 anos, cadastrados a ESF do referido município
1. Detectar precocemente, sujeitos com idade igual ou superior a 18 anos de idade portadores de Hipertensão Arterial (PAS ≥140 e/ou PAD ≥ 90 mmHg) e encaminhá-los à Unidade de Saúde da Família (USF). 2. Informar à população sobre os fatores de risco, conseqüências e formas de controle do DPM e HAS. 3. Promover ações educativas, articulando docentes, discentes, profissionais de saúde e lideranças comunitárias do município de São Gonçalo dos Campos, Bahia. 4. Contribuir para a implantação/implementação do Programa de Prevenção, Detecção e Controle da HAS em São Gonçalo dos Campos, Bahia. 5. Incentivar a integração ensino, serviço e comunidade através do estabelecimento de compromissos e co-responsabilidades e da articulação de docentes, discentes, profissionais de saúde e lideranças comunitárias.
O município de São Gonçalo dos Campos localiza-se na mesorregião do Centro Norte Baiano e na microrregião de Feira de Santana, distando 108 Km da capital Salvador e 20 Km de Feira de Santana. São Gonçalo dos Campos possui cerca de 30.724 habitantes, distribuídas pelo território do município de 293.99 Km2 (zona urbana e rural). A população apresenta uma distribuição por sexo de 15.873 mulheres (51,7%) e 14.851 homens (48,3%) (IBGE, 2009). Suas principais fontes de renda são a pecuária, plantação de fumo, agricultura em geral e a avicultura. Atualmente a renda está voltada prncipalmente à avicultura tornando-se um novo pólo regional com a Perdigão S/A e Gujão Alimentos (IBGE, 2009). Na área de saúde São Gonçalo dos Campos possui nove (10) Equipes de Saúde da Família distribuídas pelo território do município, zona urbana e rural. Há cerca de dois anos professores do Departamento de Saúde da Universidade Estadual de Feira de Santana – UEFS, desenvolvem Práticas de Integração Ensino Serviço Comunidade junto com Equipes de Saúde da Família (ESF) e lideranças Comunitárias de São Gonçalo dos Campos (UEFS, 2009). Durante o processo de discussão dos problemas de saúde a partir do uso da técnica de Planejamento e Programação Local em Saúde (PPLS), desenvolvida no ano de 2010 entre professores da UEFS, profissionais de saúde lotados em duas Unidades de Saúde da Família (USF) e a população local, identificou-se e definiu-se os Distúrbios Psíquicos Menores (DPM) e a Hipertensão Arterial (HAS) como problemas de saúde prioritários, em virtude da sua alta magnitude (número de pessoas atingidas por um agravo a saúde específico, expressa pela morbidade/mortalidade) e transcendência (impacto social atual e potencial de um agravo à saúde) (UEFS, 2009). No primeiro semestre do ano de 2011, fruto da articulação entre professores, estudantes de saúde da UEFS, profissionais de saúde das ESF do município e lideranças comunitárias, decidiu-se pela realização de uma prática voltada a caracterização da situação dos Distúrbios Psíquicos Menores e da HAS na população do município, tendo como referência o modelo de intervenção da Vigilância à Saúde. Segundo Mendes (1993), a Vigilância à Saúde insere-se na perspectiva de uma resposta social, como modelo de intervenção sobre problemas, num dado território. Constitui-se numa prática sanitária que organiza os processos de trabalho em saúde sob a forma de operações para confrontar problemas de enfrentamento contínuo, num território determinado, abrangendo os diferentes estágios do processo saúde/doença. Para Mendes (1993), a modelagem da prática da vigilância à saúde, num território singular, envolve a definição de um problema de enfrentamento contínuo, sua descrição, sua explicação em diferentes espaços, à identificação de nós críticos nos diferentes períodos do processo saúde/enfermidade e a montagem de operações integradas de promoção da saúde, prevenção da enfermidade, acidentes e a atenção curativa. Nesta perspectiva é que foi concebida essa proposta, voltada para a identificação e caracterização de dois problemas (Distúrbios Psíquicos Menores e Hipertensão Arterial) no município de São Gonçalo dos Campos, Bahia. Essa abordagem tem o objetivo de buscar a identificação, prevenção e controle desses problemas no município, articulando atividades de comunicação e educação em saúde com a população e os serviços de saúde, para enfrentar um problema concreto, enfocando prioritariamente ações coletivas e preventivas, através das seguintes ações: identificação de indivíduos com Distúrbio Psíquico Menor e de indivíduos “suspeitos” de Hipertensão Arterial, realização de ações educativas de prevenção primária, dirigidas ao controle dos fatores de risco junto à população adulta; medidas de prevenção secundária, voltadas aos hipertensos; estímulo à reorganização das unidades de saúde local para conferir maior resolutividade na assistência aos casos já instalados
Histórico de movimentação
14-09-2023 16:20:07
Criação da proposta
15-09-2023 15:27:14
Parecer da Câmara de Extensão
Resolução anexa
14-09-2023 20:06:35
Em Análise
Proposta enviada para análise da Câmara de Extensão
15-09-2023 09:07:17
Pendente
Verificar e-mail com recomendações das pendencias
15-09-2023 09:07:18
Pendente
Verificar e-mail com recomendações das pendencias
15-09-2023 12:43:53
Em Análise
Proposta enviada para análise da Câmara de Extensão
15-09-2023 15:27:14
Aprovado
Resolução anexa
15-09-2023 15:27:35
Ativo
Homologado na Proex