Memórias do Mar: patrimônio e cidadania #164

Coordenador:
Caio Figueiredo Fernandes Adan
Data Cadastro:
15-09-2023 16:44:23
Vice Coordenador:
-
Modalidade:
Híbrido
Cadastrante:
Caio Figueiredo Fernandes Adan
Tipo de Atividade:
Projeto
Pró-Reitoria:
PROEX
Período de Realização:
Indeterminado
Interinstitucional:
Sim (Universidade do Estado da Bahia (UNEB) e Instituto Federal de Educação Científica e Tecnológica (IFBA-Santo Amaro))
Unidade(s):
Centro de Estudos do Recôncavo,

Resolução Consepe 136/2012
Processo SEI Bahia 00000000000000000000
Situação Ativo
Equipe 4

O projeto de extensão “Memórias do Mar: patrimônio e Cidadania” consiste num conjunto de ações integradas destinadas à promoção da melhoria da qualidade de vida das populações residentes no município de Santo Amaro da Purificação, por meio da valorização do patrimônio cultural (material e imaterial) e natural relacionado ao ambiente físico e humano da Baía de Todos os Santos, em cujas margens situa-se o referido município. Suas ações situam-se prioritariamente no campo da educação patrimonial, e destinam-se a estimular a troca de saberes entre universidade e a sociedade e a reflexão e apropriação das categorias relacionadas ao patrimônio pela comunidade, possibilitando o re-conhecimento, sob este viés, do lugar vivido e dos saberes e fazeres ali existentes. O público-alvo do projeto é composto, majoritariamente, por professores e estudantes de educação básica da rede pública de ensino no município, preferencialmente oriundos de comunidades cujas populações estejam inseridas em cadeias produtivas dependentes dos recursos naturais oferecidos pela Baía de Todos os Santos, notadamente a economia da pesca e da mariscagem, bem como outras atividades laborativas que envolvam o mar na região. Visa-se, assim, contribuir para o registro e preservação do patrimônio cultural e natural dessas comunidades, bem como estimular a propositura de ações sustentáveis que tomem o patrimônio como instrumento de promoção da cidadania e do desenvolvimento local.
Reiteramos que a idéia de extensão universitária aqui trabalhada vai ao encontro das propostas que a pensam como troca, via de mão dupla, como produção de conhecimento coletivo. O Fórum de reitores das Universidades Públicas desde 1987 define que: “A Extensão Universitária é o processo educativo, cultural e científico que articula o Ensino e a Pesquisa de forma indissociável e viabiliza a relação transformadora entre Universidade e Sociedade. A Extensão é uma via de mão-dupla, com trânsito assegurado à comunidade acadêmica, que encontrará, na sociedade, a oportunidade de elaboração da praxis de um conhecimento acadêmico. No retorno à Universidade, docentes e discentes trarão um aprendizado que, submetido à reflexão teórica, será acrescido àquele conhecimento. Esse fluxo, que estabelece a troca de saberes sistematizados, acadêmico e popular, terá como conseqüências a produção do conhecimento resultante do confronto com a realidade brasileira e regional, a democratização do conhecimento acadêmico e a participação efetiva da comunidade na atuação da Universidade. Além de instrumentalizadora deste processo dialético de teoria/prática, a Extensão é um trabalho interdisciplinar que favorece a visão integrada do social.” (Fórum Nacional, 1987) Assim, extensão está no campo acadêmico como processo educativo e científico que viabiliza as transformações na Universidade, na Sociedade e vice-versa. O conhecimento acadêmico não se basta, principalmente se não se relaciona com a experiência social. Em verdade, é no confronto, ou na relação desses conhecimentos que encontramos a ampla visão da realidade acadêmico-social. Na área, da Cultura, tornava-se cada vez mais importante incorporar, como objetos de estudo e de análise, a idéia de Patrimônio entendida como sendo o resultado de todas as ações humanas em suas múltiplas dimensões, vivências, experiências, lutas – cultura, enfim. Aqui se entende Patrimônio não apenas como vestígios históricos ou simples marcas físicas de presença do homem, através dos tempos, mas como fruto de múltiplos saberes e várias memórias, de diferentes experiências humanas ou como resultado de escolhas ou ações coletivas que possibilitam, portanto, as várias leituras de mundo. Patrimônio, assim, não é apenas o que “acentua a presença do Estado, das instituições estabelecidas e classes sociais dirigentes (....), mas, sobretudo uma prática uma prática social e cultural de diversos e múltiplos agentes, diferentes sujeitos históricos assumindo formas diversas e resultando em diferentes memórias” (Fenelon, 1985; pp. 30/31). Percebem-se as diferentes temporalidades em que estas experiências se concretizam, reconhecendo o patrimônio e sua historicidade como mais complexa, heterogênea, mais rica e sobretudo mais plural das ações e manifestações das comunidades. À superficialidade e à desvalorização das ciências humanas em favor de um tecnicismo contraditoriamente generalizante, é fato na sociedade presente. Por certo as atuais transformações sociais acentuam a avidez do consumo, também da cultura e a descaracterização de que tudo em nome de uma globalização. Aqui não acreditamos em “resgatar” aquilo que não existe, porque o que já se foi é fruto da historicidade dos sujeitos, mas em ajudar a preservar aquilo que existe, que é conhecimento, que é vida, cotidiano dos sujeitos. A memória nasce no presente de cada experiência vivida, nas relações que travamos, nos acontecimentos que nos deparamos. A memória que nasce no presente, a ele sempre retornará, se tornando viva, resignificada. No entanto, ela vai repousar, vai fazer sua moradia, lá no passado. A memória é passado e presente. A memória movimenta-se com destreza em vários e múltiplos tempos e temporalidades. No presente ela se apresenta como cotidiano, experiência, ações, costumes passados de geração para geração, guardados por grupos ou famílias, entendimento de mundo e de vida de homens, mulheres e crianças, etc. Ou seja, estamos falando de cultura que é constantemente dinamizada pelas relações sociais, provocando constantes modificações e permanências nos seus sentidos e significados. Para Marilena Chauí: “A cultura é mais do que as belas artes. É memória, é política, é trabalho, é História, é técnica, é cozinhar, é vestuário, é religião, é festa, etc. Ali onde seres humanos criaram símbolos, valores, práticas, há cultura. Ali onde criado o sentido do tempo, do visível e do invisível, do sagrado e do profano, do prazer e do desejo, da beleza e da feiúra, da bondade e da maldade, da justiça e da injustiça, ali há cultura.” Deve-se levar em consideração que todo movimento da cultura envolve as escolhas coletivas. Assim, o exercício de poder está também em selecionar, escolher, determinar aquilo que será guardado, e/ou desprezado pela memória. Essas escolhas serão mais bem clarificadas quando no futuro tivermos ou não informações acumuladas, na tomada de determinadas decisões. Cultura é memória, política, técnica, possibilidade de múltiplas histórias, podendo constituir-se em patrimônio coletivo a ser preservado. A memória não pode ser entendida como um peso a ser carregado, como um fardo, se não deixou de ser memória. Ela só é vista assim, se não tiver historicidade, se estiver desprovida de sentidos e significados, na presença da cultura tudo o que nos é mais caro, tudo o que queremos guardar, preservar, é memória. Considerando os aspectos que potencializam a proposta do Projeto Memórias do Mar entendemos que a Bahia em suas múltiplas regiões constitui um conjunto de extrema importância não só para a exploração turística superficial, vazia e predatória, ou uma atividade meramente contemplativa, mas com certeza esse potencial deve ser compreendido em toda a complexidade social de sua constituição e por isso precisa ser tratado dentro de uma perspectiva crítica, buscando, por exemplo, na relação patrimônio – cidadania, construir diálogos entre a comunidade e o patrimônio que se preserva e se reconstrói procurando entende-lo, sempre como desdobramentos da vida em sociedade em sua diversidade e multiplicidade de práticas sociais.
De modo geral, o projeto prevê ações de diagnóstico, intervenção e avaliação no que tange ao levantamento de dados e fontes que conformam o conjunto de práticas, saberes, fazeres e recursos ambientais representativos do patrimônio cultural e natural do município em foco. As ações previstas tangenciam o escopo da educação patrimonial e abrangerá a comunidade escolar, estudantes, professores e familiares, do, no município de Santo Amaro – Bahia. De acordo com o público alvo, o projeto realizará ações que visem a contemplar as demandas apresentadas por cada setor, a saber, escolas de educação formal e espaços de educação não formais, bem como lideranças da sociedade civil organizada que articulam ações educativas em áreas de meio ambiente, cultura, saúde e cidadania. No fito das concepções que estruturam o projeto Memórias do mar, que prevê atividades de interação entre universidade e sociedade, encontra-se a noção de que intervenções da universidade em determinado campo social devem estar em consonância com anseios e demandas do público alvo das ações. Nesses termos, inicialmente, a equipe executora do projeto Memórias do mar realizará visitas técnicas ao município de Santo Amaro e aos seus respectivos distritos Acupe e Oliveira dos Campinhos, com vistas a conhecer a realidade local, efetuando levantamento de dados e fontes que permitam embasar o projeto. Após tais levantamentos e com base em relatórios, as visitas técnicas se concentrarão no distrito de Acupe onde está representada a região estuarina do município de Santo Amaro. As ações se concentrarão neste distrito, pois o recorte do Projeto prevê educação patrimonial no que tange ao patrimônio e cultura marítima da Baía de todos os Santos. O projeto Memórias do Mar contempla uma série de ações que se desdobra nos seguintes vetores: coletas de dados e identificação de fontes; palestras de apresentação e sensibilização; ciclo de seminários e debates; oficinas de formação para docentes; oficinas de formação para discentes; apresentação de resultados. A seguir serão apresentadas as metodologias a serem aplicadas com cada setor e as propostas de levantamento de parcerias para a composição de atividades específicas com a comunidade em geral. Para docentes da educação formal: Em um primeiro momento, serão realizadas visitas técnicas nas escolas de educação formal da sede do município de Santo Amaro e seus distritos com vistas a apresentar o Projeto Memórias do mar e convidar docentes da Educação Básica a participarem de atividades de formação continuada que preveem ações de pesquisa, produção de material paradidático e ensino junto às respectivas comunidades escolares onde atuam. Os docentes integrarão a plateia bem como atuarão como mobilizadores comunitários, intermediadores dos debates e produtores de relatórios e propostas a serem posteriormente incorporadas aos resultados alcançados pelo projeto.
Promover a melhoria da qualidade de vida dos habitantes do distrito de ACUPE, Santo Amaro-Bahia, por meio do fomento à valorização do patrimônio material, imaterial e natural relacionado às práticas de uso, conservação e exploração do mar, com vistas à propor ações sustentáveis que contribuam para o desenvolvimento socioeconômico local.
1 – Promover a valorização da identidade cultural local através da articulação entre escola/comunidade; 2 – Compreender processo sócio-histórico de construção identitária em torno de profissões relacionadas com o uso, a conservação e a exploração do mar na Baía de todos os Santos no distrito de Acupe; 3 – Fomentar o turismo de base comunitária no distrito de Acupe, município de Santo Amaro –Bahia; 4 – Fomentar ao cooperativismo e ao associativismo na comunidade; 5 – Fomentar a consciência patrimonial no que tange a saberes e fazeres que compõem as práticas da comunidade; 6 – Fomentar a consciência de cidadania relativa aos direitos da comunidade em relação ao patrimônio natural marítimo; 7 – Contribuir para a geração de trabalho e renda na região; 8 – Promover a interação entre pesquisa, ensino e extensão por meio de ações que fomentem parceria entre universidade, sociedade civil organizada, órgãos públicos e iniciativa privada; 9 – Promover a interação entre Escola e sociedade por intermédio de ações que integrem/articulem atores representativos da comunidade escolar: estudantes, docentes e familiares em geral; 10 – Fazer o levantamento de práticas que envolvam uso, exploração e conservação marinha como promotoras de trabalho e renda para as comunidades; 11 – Realizar a catalogação, através de registros verbais e audiovisuais, de práticas que envolvam uso, exploração e conservação marinha bem como a identificação dos principais detentores de conhecimentos relacionados a tais práticas; 12 – Identificar, registrar e catalogar utensílios e artefatos usados nas práticas de exploração e conservação marinha bem como referenciar as principais técnicas para confeccioná-los e/ou fontes de onde são adquiridos a exemplo da confecção de artefatos de pesca e mariscagem, navegação e beneficiamento de pescados; 13 – Identificar os principais agentes, etapas e categorias envolvidas nos sistemas que se configuram em atividades de exploração do mar e suas interrelações.
O projeto MEMÓRIAS DO MAR: Patrimônio e Cidadania, inserido no contexto da extensão universitária, pretende atuar na relação “pensar e fazer” que caminha para uma relação entre a Universidade e as diversas comunidades. Ao basear o trabalho na relação dialógica e sistematizada entre a Universidade e a Comunidade busca-se um espaço de discussão que promova a crítica e a ética, buscando na relação patrimônio/cidadania construir conversas entre os processos históricos, as comunidades e o patrimônio que se preserva e se constrói, procurando entendê-los sempre como desdobramentos da vida em sociedade, em sua diversidade e multiplicidade de práticas sociais. O projeto MEMÓRIAS DO MAR: Patrimônio e Cidadania é uma proposta do Centro de Estudos do Recôncavo – CER, núcleo de estudos e pesquisa ligado ao Departamento de Filosofia e Ciências Humanas, da Universidade Estadual de Feira de Santana (DCHF/UEFS). O Centro de Estudos do Recôncavo – CER é um Núcleo de estudos e pesquisas ligado ao Departamento de Filosofia e Ciências Humanas da Universidade Estadual de Feira de Santana (DCHF/UEFS). Criado em l997, e contando atualmente com uma coordenação colegiada, o CER vem realizando pesquisas na área das ciências sociais, que tem resultado em produtos tais como: trabalho de Levantamento de Fontes Históricas, realizado em municípios do Recôncavo baiano; Cadernos do Recôncavo, veículo impresso de divulgação científica do CER; além de seminários e palestras organizados pelo núcleo. Com vistas a fortalecer e dinamizar pesquisas voltadas para o Recôncavo, o CER se associou ao Projeto de Estudo Multidisciplinar da Baía de Todos os Santos não só para promover o SEMINÁRIO DE ALIMENTAÇÃO E CULTURA NA BAHIA, mas com o intuito de agenciar ações de pesquisa, extensão, intervenção socioambiental, sociocultural e artística em torno da Baia de Todos os Santos. Outro motivador para a elaboração da proposta é a disciplina CHF 321, Cultura e tradições populares. O Curso ofertado pela Área de Antropologia, do Departamento de Ciências Humanas e Filosofia, da UEFS tem como ementa “Pensar as tradições populares como construções culturais resultado das relações sociais, conflitos e disputas entre a hegemonia de grupos e a luta pela memória de outros; discutir identidade e sua preservação, cultura popular, memória, tradição, incorporação histórica e Patrimônio”. Ao discutir a variada bibliografia sobre a cultura e a tradição do recôncavo baiano, além de observar as diversas realidades culturais desses municípios, deparamo-nos com a necessidade de uma intervenção através da extensão universitária que propicia aos agentes sociais tomarem as rédeas dos estudos da sua cultura e do seu patrimônio. Apesar de termos nos deparados, nas diversas observações realizadas pelos alunos da disciplina, com a proliferação dos centros de memória, busca pelos arquivos, retomada de projetos dos parques históricos e naturais dentre outros, verificou-se que projetos diversos das comunidades vêm apontando para a intenção dessas comunidades em tomar nas mãos a recuperação de sua própria memória, para a construção de uma história que busque valorizar suas raízes. Das varias realidades que nos deparamos foi escolhido como locus do trabalho o distrito de Acupe, no município de Santo Amaro. Outrora batizado de Santo Amaro da Purificação, este município está localizado na microrregião de Santo Antônio de Jesus e tem suas origens em um dos povoados mais antigos do Brasil. Acredita-se que os primeiros ocupantes da área foram os índios Abatirás, os quais o Padre Aires do Casal supunha pertencerem ao ramo das Aimorés. Sitiados ao longo da costa e próximos às margens dos principais rios da região, os indígenas podiam ser encontrados em Patatiba, que possuía dez léguas quadradas e onde se achavam ótimos solos de massapê, com aguadas e pastagens magníficas. Reza a tradição que os Abatirás teriam travado lutas contínuas com os Tupinambás da barra do Paraguaçu, que incursionavam em busca de pescados e mariscos, tendo os primeiros europeus atingindo aquelas terras por volta de 1557. As lutas entre “brancos” e “índios” começaram à na margem direita do Traripe, em um trecho denominado Pilar e nas proximidades do mar, de onde retiravam o seu sustento. Vale destacar que, entre aqueles brancos que ostentavam “sua superioridade” estavam o Major João Ferreira de Araújo e membros da família Dias Adorno, privilegiados com doações de sesmarias, cujas terras mais tarde se tornariam a Cidade de Santo Amaro. Criada em 1557, sua história se relaciona ao Engenho Sergipe do Conde, o 'rei dos engenhos reais de cana-de-açúcar' e a marcante presença dos Jesuítas, também fixados na margem do mesmo rio, um pouco abaixo das terras dos Adornos. 'Ali fundaram uma capela, sob a invocação de Nossa Senhora do Rosário. Em redor do modesto templo, morro abaixo, alastrou-se o casario. Todavia, por dissensões peculiares àquela época, foi um jesuíta assassinado na capela quando celebrava missa. Em conseqüência, o templo foi interditado, verificando-se o deslocamento dos colonos para outro local, na confluência dos rios Serjimirim e Subaé, em terras do Conde de Linhares, onde se construiu nova capela. Como o referido sítio não fosse conveniente fundou-se, meia légua acima, uma igreja no lugar denominado Santo Amaro, por existir nele uma capela consagrada ao Santo desse nome, além de pequeno núcleo de colonos vizinhos, origem da atual Cidade. Com a posterior criação da freguesia, passou a localidade a denominar-se, não oficialmente, Santo Amaro da Purificação' (SANTO AMARO, 1984). Assim como Cachoeira, São Félix e outras cidades do Recôncavo, Santo Amaro desempenhou papel de destaque nas lutas da Independência, contribuindo com alguns batalhões e um esquadrão de cavalaria, para a consolidação do movimento em prol do Brasil. Após o declínio da cana-de-açúcar no final do século XIX, a economia voltou-se para a diversificação das lavouras e indústria de papel e celulose, tendo até os dias atuais duas industrias em atividade. Ocupando uma área de 493 km², Santo Amaro conta com uma população de 57.800 (IBGE, 2010) habitantes, e densidade demográfica de 117,26 habitantes por quilometro quadrado. Desses 44.766 vivem em área urbana, sendo 36.844 na sede do município. O município dista de Salvador 79 Km, percorrendo-se 59km pela BR 324, e mais 11 km pela BA 026. O Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDH-M) de Santo Amaro é de 0,684 (IBGE, 2000), ocupando a 38º posição entre os municípios baianos. São distritos de Santo Amaro: Oliveira dos Campinhos, Araial da Pedra, Acupe, São Braz, Cepel, Sitio de Camaçari e Itapema. Dentre os atrativos culturais que chamam a atenção pelo seu mérito arquitetônico e imponência histórica, estão o Museu dos Humildes, a Igreja Matriz, o Solar do Biju, Paço Municipal (Casa de Câmara e Cadeia), Solar Conde de Subaé e o sobrado da Rua da Matriz, 09. Santo Amaro é reconhecida pelos seus templos, a exemplo da ruína da Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Pobres, ou ainda de santuários como a Igreja de Nossa Senhora da Purificação, Igreja de Nossa Srª do Amparo, Igreja de N. Srª. da Soledade, Igreja de N. Srª. das Oliveiras, Igreja de N. Drª. da Conceição, Igreja de N. Sr. do Bonfim, Igreja de N. Sr. dos Humildes, Igreja de São Braz, Igreja de N Srª. do Perpétuo Socorro, Igreja N. Sra. das Oliveiras e a tão divulgada, Igreja do Senhor Santo Amaro, padroeiro da Cidade e palco da mais expressiva festa católica do município. Porém, é possível afirmar que o município de Santo Amaro é conhecido por estar entre aqueles que mais contribuem para o desenvolvimento cultural do Estado através das manifestações culturais, em suas mais diversas nuances, seja através da música, dança ou poesia, das manifestações populares, do cotidiano e experiências vividas pelos seus munícipes. Conforme os dados da Superintendência Estudos Econômicos e Sociais da Bahia – SEI, em 2008 havia na área urbana do município 15 escolas municipais e 10 privadas que se dedicavam a educação infantil. Na área rural eram 25 municipais e apenas uma escola privada. O ensino fundamental contava com 64 escolas naquele mesmo ano, sendo na área urbana 3 estaduais, 19 municipais, 9 estabelecimentos privados; e na zona rural 33 municipais. Os estabelecimentos para o nível médio estavam assim distribuídos: área urbana – 1 de administração federal, 3 estaduais, 1 municipal e, 2 privados; na área rural 1 estadual e 1 municipal. Entretanto, embora não haja carência no que tange à quantidade de estabelecimentos de ensino, o Índice de Educação Básica - IDEB, no município, encontra-se abaixo daquele indicado pelo Ministério da Educação. Assim é que, tais estatísticas, associação do CER com o Grupo de Estudos BTS, e o desenvolvimento das ações acadêmicas da disciplina Cultura e tradições populares motivaram a elaboração de um projeto que contribua para o estreitamento do diálogo e cooperação acadêmica no âmbito interinstitucional, interdisciplinar e principalmente com a comunidade de Santo Amaro para promover a melhoria da da educação básica e, de modo consequencial, da qualidade de vida das populações residentes no município por meio de ações voltadas para a valorização do patrimônio material, imaterial e natural relacionado em torno das experiências com o MAR, com vistas à proposição de ações sustentáveis que contribuam para o desenvolvimento local no que tange ao âmbito da educação e da cultura.

Histórico de movimentação
15-09-2023 16:44:23

Criação da proposta

21-09-2023 14:27:41

Parecer da Câmara de Extensão

Resolução anexa
21-09-2023 00:08:02

Em Análise

Proposta enviada para análise da Câmara de Extensão
21-09-2023 09:45:36

Pendente

Ajustar Recursos e cronogranja na proposta
21-09-2023 09:48:14

Em Análise

Proposta enviada para análise da Câmara de Extensão
21-09-2023 09:49:19

Pendente

homologado
21-09-2023 09:50:47

Em Análise

Proposta enviada para análise da Câmara de Extensão
21-09-2023 14:27:41

Aprovado

Resolução anexa
21-09-2023 14:29:09

Ativo

Homologado na Proex
v1.4.12
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