Programa de Matemática Carloman Carlos Borges #18
- Coordenador:
- Marcos Grilo Rosa
- Data Cadastro:
- 07-04-2023 19:14:36
- Vice Coordenador:
- -
- Modalidade:
- Presencial
- Cadastrante:
- Marcos Grilo Rosa
- Tipo de Atividade:
- Programa
- Pró-Reitoria:
- PROEX
- Período de Realização:
- Indeterminado
- Interinstitucional:
- Não
- Unidade(s):
- Departamento de Ciências Exatas, Núcleo de Educação Matemática Omar Catunda,
Resolução Consepe
110/2019
Processo SEI Bahia
0000000000000
Situação
Ativo
Equipe
21
A Matemática é uma ciência que o alunado em geral possui grande ojeriza, cujo reflexo são os resultados ruins auferidos em avaliações como o ENEM, a Prova Brasil e o PISA que tem sido alvo de preocupação dos governantes. Grande parte da sociedade cultiva um sentimento ambíguo em relação à Matemática: ao mesmo tempo que quer distância, reconhece a sua importância para o desenvolvimento do país. O Programa de Matemática Carloman Carlos Borges é um conjunto de ações que visa popularizar a Matemática. A população-alvo é a sociedade de Feira de Santana e região. Dentre as ações a serem realizadas, destacam-se seminários, palestras, mesas, oficinas, cursos de aperfeiçoamento, minicursos, olimpíadas de Matemática, feiras, exposições e demais eventos que contribuam para melhorar a relação entre a sociedade e a Matemática.
Segundo Lima (2002), os países onde a população tem uma vida mais confortável são aqueles onde se tem acesso a uma educação de melhor qualidade, com escolas bem equipadas e professores competentes. Para o referido autor, “esse quadro resulta da conscientização, arraigada na cultura nacional, de que a educação, além de ser a única porta para o bem-estar, é um direito do cidadão e um dever do Estado”. Pallermo, Silva e Novellino (2014, p. 387) investigaram alunos do 5º ano de escolas municipais do Rio de Janeiro e observaram “que os fatores que mais incidem no desempenho escolar são provenientes do background do aluno, sejam relativos a características intrínsecas ou provindos de condições familiares”. Não é raro encontrar pesquisas de opinião pública nas quais a Educação não está no topo das prioridades do brasileiro (CNI, 2014). Indicadores do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (PISA) apontaram que, em Matemática, apenas 9% dos estudantes que chegaram ao final do Ensino Médio tinham domínio da matéria. Além disso, considerando os estudantes entre 15 e 16 anos, faixa de idade avaliada pelo PISA, houve uma regressão da pontuação alcançada em Matemática em relação aos dois anos anteriores: em 2009, a nota foi de 386, passando para 389 em 2012, e alcançando 377 na última avaliação. A Bahia, especificamente, ficou entre os três estados com a pior pontuação, registrando apenas 343 pontos (INEP, 2016). Esses números colocam o Brasil no Nível 1 de proficiência matemática, o que significa que os nossos estudantes só conseguem responder a questões que apresentam “contextos conhecidos, nas quais todas as informações relevantes estão presentes” e também são capazes de “identificar informações e executar procedimentos rotineiros de acordo com instruções diretas em situações claras” (INEP, 2016, p. 152). Esse Nível é o mais baixo do PISA em relação ao letramento matemático. O PISA entende que o letramento matemático “é a capacidade de formular, empregar e interpretar a matemática em uma série de contextos, o que inclui raciocinar matematicamente e utilizar conceitos, procedimentos, fatos e ferramentas matemáticos para descrever, explicar e prever fenômenos”. (OCDE, 2016 apud INEP, 2016, p. 138) Por mais que os métodos utilizados pelas avaliações em larga escala e, principalmente, o uso que se faz dos seus resultados sejam questionáveis, não podemos negar que os números apresentados são preocupantes. Como apontam Araújo e Tenório (2017, p. 375), a partir desses resultados “são necessárias a criação e a efetivação de ações e instrumentos que promovam melhorias na qualidade da educação a partir dos resultados de avaliações”. Na área de Educação Matemática não são poucas as pesquisas que enfatizam a necessidade de mudança na forma como a Matemática vem sendo apresentada, seja nos cursos de formação de professores, seja na Educação Básica (MOREIRA; DAVID, 2003; 2010; MOREIRA; FERREIRA, 2012; MOREIRA, 2012). Visando contribuir com a melhoria do ensino de Matemática no Brasil, o IMPA juntamente com a Sociedade Brasileira de Matemática - SBM: realizam a Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas que visa estimular o estudo da matemática e revelar talentos na área; executam o PROFMAT, Mestrado Profissional em Matemática em Rede Nacional, que visa atender prioritariamente professores de Matemática em exercício na Educação Básica, especialmente de escolas públicas; publica periódicos e livros direcionados para a formação de professores; realiza eventos e cursos de aperfeiçoamentos voltados para professores de Matemática da Educação Básica. Vê-se o esforço de pesquisadores da área de ensino de Matemática em promover ações que potencializem o ensino de Matemática e, consequentemente, melhore a relação dos estudantes com a mesma.
A metodologia a ser empregada priorizará o caráter dinâmico, dialógico e participativo em cada atividade a ser realizada. São atividades: - SEMAT / RECEPMAT / EXPOMAT – São eventos organizados pelo Diretório Acadêmico de Matemática que ocorre anualmente na Uefs. A metodologia consiste em realizar palestras, minicursos, oficinas, mesas de debate, exposição de materiais didáticos e atividades culturais. - OFICINAS NOS LABORATÓRIOS DE ENSINO: As oficinas terão o caráter eminentemente prático, seja na forma de interação manual com objetos, seja com o uso de programas de computador, atividades estas que propiciem a difusão do conhecimento matemático. Dentre as atividades inclui-se: desafios matemáticos (p. ex.: matemágicas); dinâmicas com jogos; desafios com o ábaco; desafios com o geoplano, adaptação de materiais para pessoas com necessidade educacional especial; oficinas e minicursos de softwares matemáticos com aplicações no Ensino Fundamental e Médio; dentre outras atividades. - MOSTRA DE MATEMÁTICA ELON LAGES LIMA / EXPOSIÇÃO MATEMÁTICOS E SUAS OBRAS: Eventos organizados em estandes onde os visitantes terão contato com a Matemática de forma lúdica através de jogos, experimentos, curiosidades, livros, revistas, aplicativos, brinquedos, entre outros além de atividades abordando conhecimentos matemáticos direcionadas para a inclusão. Junto à Mostra serão expostos quadros com a biografia de matemáticos com objetos que representam suas principais obras. - ENCONTROS COM A MATEMÁTICA / MATEMÁTICA ITINERANTE: realização de eventos com pesquisadores renomados de diferentes áreas (Matemática, Educação Matemática, áreas interdisciplinares e afins) que utilizam a Matemática no desenvolvimento de suas pesquisas, com o intuito de estimular estudantes de graduação a ingressarem em programas de pós-graduação, dentre outros fins. Outra modalidade é a realização de palestras e exposições em escolas públicas para pais e estudantes com a finalidade de divulgar a importância da Matemática para o desenvolvimento de um país. - CURSO DE APERFEIÇOAMENTO: Cursos de formação continuada para professores de Matemática da Educação Básica; cursos de preparação para olimpíadas de matemática; cursos de nivelamento em Matemática Básica. - ÁUDIOS DIGITAIS: Gravação de programas usando mídias atuais, a exemplo de “podcast” versando sobre matemática, porém de maneira mais atraente, voltado principalmente para o público que tem uma certa rejeição por matemática. - VÍDEOS DIGITAS: Usar o potencial da TV Olhos d’ Água para produzir principalmente entrevistas com profissionais da matemática e de outras áreas, sobre a importância da matemática. Além do mais, seria um maio apropriado para divulgar relatos de experiências com a matemática e suas aplicações.
Popularizar e incentivar o estudo da Matemática.
- Desenvolver atividades prazerosas para todos os públicos envolvidos; - Criar ações onde o público possa interagir com conceitos matemáticos e adquirir novos conhecimentos a partir da experiência vivenciada; - Promover o raciocínio lógico e abstrato; - Produzir experiências que tratem a Matemática como um modo de pensar; - Oferecer cursos de aperfeiçoamento para professores; - Melhorar a relação entre a sociedade e a Matemática. - Integrar as ações em Matemática desenvolvidas na Uefs e em outras instituições de ensino.
Durante os anos de 2017 e 2018, o Brasil sediou os principais eventos da comunidade científica de matemáticos: o Congresso Internacional de Matemáticos e a Olimpíada Internacional de Matemática, o que motivou a instituição do Biênio da Matemática 2017-2018 Gomes de Sousa, sancionado pela Lei nº 13.358 de 07 de novembro de 2016. Neste período, a UEFS juntamente com a UFRB – campus Feira de Santana, desenvolveram o projeto Biênio da Matemática Carloman Carlos Borges 2017/2018, com a finalidade de desenvolver ações de popularização e incentivo ao estudo da Matemática a um público diverso em Feira de Santana e região. Entre as ações desenvolvidas, citamos: SEMANAS DE MATEMÁTICA DA UEFS, DIA NACIONAL DA MATEMÁTICA, ENCONTROS COM A MATEMÁTICA, CURSOS DE NIVELAMENTO EM MATEMÁTICA BÁSICA, SEMANA NACIONAL DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA (SNCT), MOSTRA DE MATEMÁTICA ELON LAGES LIMA NA FEIRA DE GRADUAÇÕES DA UEFS. Essas ações alcançaram um grande público: temos registros de mais de 5.000 pessoas quando somadas todas as atividades desenvolvidas. Por esta razão, devido ao sucesso das ações executadas, acreditamos que o Programa de Matemática Carloman Carlos Borges pode dar continuidade as ações já executadas durante o Biênio, além de integrar outros projetos que visam melhoria do ensino de Matemática em Feira de Santana e região.
Histórico de movimentação
07-04-2023 19:14:36
Criação da proposta
13-04-2023 15:45:31
Parecer da Câmara de Extensão
Programa aprovado
13-04-2023 15:39:30
Em Análise
Proposta enviada para análise da Câmara de Extensão
13-04-2023 15:45:32
Aprovado
Programa aprovado
13-04-2023 15:46:03
Ativo
Habilitado para pedido de bolsa extensão