OBESIDADE EM FOCO: UM PROJETO DE EDUCAÇÃO E PREVENÇÃO #180

Coordenador:
Ana Mayra Andrade de Oliveira
Data Cadastro:
21-09-2023 20:37:15
Vice Coordenador:
-
Modalidade:
Presencial
Cadastrante:
Ana Mayra Andrade de Oliveira
Tipo de Atividade:
Projeto
Pró-Reitoria:
PROEX
Período de Realização:
Indeterminado
Interinstitucional:
Não
Unidade(s):
Área de Medicina,

Resolução Consepe 029/2019
Processo SEI Bahia 00000000000000000000
Situação Ativo
Equipe 2

A obesidade é um grave problema de saúde, com uma crescente prevalência, especialmente entre crianças e adolescentes. Isso representa uma epidemia global com impactos significativos na saúde pública. A obesidade também é um fator de risco para o desenvolvimento de outras doenças crônicas, incluindo diabetes, hipertensão e doenças cardíacas. A falta de conhecimento sobre a obesidade e seus riscos é preocupante, e hábitos alimentares inadequados na infância contribuem para o problema. A disseminação de informações sobre obesidade é crucial para a prevenção. Este projeto visa levar conhecimento sobre obesidade a escolas públicas e privadas em Feira de Santana, BA, com base em pesquisas anteriores sobre obesidade infantil. O objetivo é promover a saúde e prevenir a obesidade.
A obesidade é caracterizada pelo acúmulo excessivo de gordura corporal, representando uma ameaça à saúde dos indivíduos (Manual de Orientação SPB, 2019). Nas últimas décadas, temos testemunhado um alarmante aumento na prevalência do sobrepeso e da obesidade infantil, tornando esse problema um dos desafios mais significativos da saúde pública no século XXI (Aranha; Oliveira, 2020). Trata-se de uma verdadeira epidemia global, e o Relatório Mundial da Obesidade de 2022 projeta um cenário preocupante para o Brasil, estimando que até 2030 o país terá 7,7 milhões de crianças obesas. Essas estimativas indicam que aproximadamente 23% das crianças com idades entre 5 e 9 anos e 18% dos adolescentes de 10 a 19 anos serão afetados por essa condição (Lobstein; Brinsden; Neveux, 2022). Além disso, a obesidade é reconhecida como uma doença crônica e representa um fator de risco significativo para o desenvolvimento de outras doenças crônicas, tais como Diabetes Mellitus (DM), Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) e doenças cardiovasculares (Cesani; Oyhenart, 2021). Em um estudo conduzido por Caterson (2019), que avaliou a percepção de pacientes obesos sobre sua condição, surpreendentemente, 32% dos pacientes concordaram que a obesidade não é uma doença crônica. Essa falta de reconhecimento ressalta a necessidade urgente de conscientização sobre a importância de combater o excesso de peso antes que isso tenha um impacto negativo na saúde. O excesso de peso tem uma origem multifatorial, com fatores genéticos interagindo com fatores ambientais no seu desenvolvimento. Dentre os fatores amplamente estudados, destacam-se aqueles relacionados aos hábitos de vida, incluindo padrões alimentares e níveis de atividade física. A crescente disponibilidade e variedade de alimentos ultraprocessados em todo o mundo têm contribuído para o fenômeno conhecido como transição nutricional. Nesse processo, refeições tradicionais frequentemente cedem lugar a opções prontas, como alimentos congelados ou fast-food, que possuem alto teor calórico e contribuem para o desequilíbrio energético entre a ingestão e o gasto de calorias, resultando no ganho de peso (Chang et al., 2021). Observa-se que hábitos alimentares inadequados adquiridos na infância e adolescência podem ser considerados fatores de risco significativos para o desenvolvimento de doenças crônicas não transmissíveis (DCNTs), elevando tanto a prevalência quanto a incidência de condições como obesidade e diabetes. Isso acarreta um impacto grave na saúde dos indivíduos e resulta em despesas substanciais no setor da saúde pública. Em 2018, os gastos diretos relacionados à obesidade ultrapassaram a marca de R$ 300 milhões de reais (Nilson, 2018). Além das implicações óbvias na saúde, é importante destacar os aspectos sociais e emocionais associados à obesidade, incluindo ansiedade, depressão, baixa autoestima, bullying e estigmatização. Esses fatores adicionais também desempenham um papel significativo ao desencorajar crianças e adolescentes a se envolverem em atividades físicas regulares (De Jesus et al., 2021). Portanto, a influência dos hábitos de vida, como uma alimentação inadequada atrelada ao sedentarismo, repercute no ganho de peso e elevam o risco de manifestação de doenças cardiovasculares e metabólicas durante a vida.
MATERIAIS E MÉTODOS Campo de estudo O projeto será realizado em escolas públicas e privadas da zona urbana de Feira de Santana, BA, um dos maiores entroncamentos rodoviários do interior do país. Feira de Santana que fica situado ao noroeste de Salvador, a capital do estado, com área de 1.338,10 km² da área do Estado da Bahia, apresenta população de 624.107 mil habitantes, segundo dados do IBGE (2021). População alvo A amostra analisada será constituída por adolescentes de 10 a 15 anos de idade, provenientes da rede de ensino público e privado de Feira de Santana-BA. Amostra A seleção da amostra será realizada por conglomerados, primeiro as escolas, depois as salas de aula e finalmente os alunos. Inicialmente selecionaremos, de forma randomizada, 2 escolas da rede pública e 2 escolas da rede privada de ensino. Os alunos presentes em data pré-agendada, constituirão a nossa amostra. Critérios de inclusão Alunos matriculados nas escolas selecionadas com idade entre 10 e 15 anos que aceitarem participar da pesquisa. Atividades de intervenção A intervenção será conduzida por meio de atividades educativas, incluindo aulas e jogos. Essas atividades serão realizadas nas escolas em datas e horários previamente acordados com a diretoria e os professores. Os principais temas abordados serão: 'O que é obesidade e quais são seus riscos', 'Prevalência da obesidade entre jovens' e 'O que é uma alimentação saudável e sua importância'. Além disso, forneceremos material educativo contendo orientações sobre hábitos saudáveis, tanto físicos quanto alimentares, para prevenção e tratamento da obesidade. Durante a intervenção, será aplicado questionário aos alunos em dois momentos: antes e após a intervenção. O questionário inicial avaliará o nível de conhecimento dos alunos sobre obesidade e hábitos saudáveis e o questionário final será aplicado para verificar se houve uma mudança nos conceitos e no conhecimento dos alunos a respeito dos temas abordados. Esta pesquisa e as atividades educativas serão conduzidas por membros do Núcleo de Pesquisa em Endocrinologia de Feira de Santana (NUPEFS), sob a coordenação da Prof.ª Dr.ª Ana Mayra Andrade de Oliveira.
• Desenvolver ações educativas nas escolas públicas e privadas de Feira de Santana, Bahia, para prevenção de obesidade.
• Informar os alunos e professores sobre as causas e consequências da obesidade. • Promover a conscientização sobre os riscos para a saúde associados à obesidade. • Promover a compreensão e a empatia em relação à obesidade, combatendo o estigma e a discriminação associados a ela. • Avaliar o nível de conhecimento dos alunos em relação aos hábitos de vida e sua influência sobre o desenvolvimento do excesso de peso.
A disseminação de conceitos relacionados à obesidade e suas implicações representa uma estratégia fundamental na prevenção dessa doença. Com base nessa premissa, este projeto, que faz parte de um estudo maior intitulado 'Obesidade Infantil: epidemiologia e morbidade em Feira de Santana – BA, tem como objetivo levar informações essenciais à alunos matriculados na rede de ensino público e privado da zona urbana de Feira de Santana, Bahia.

Histórico de movimentação
21-09-2023 20:37:15

Criação da proposta

09-11-2023 08:23:34

Parecer da Câmara de Extensão

Resolução anexa
21-09-2023 22:02:29

Em Análise

Proposta enviada para análise da Câmara de Extensão
09-11-2023 08:23:34

Aprovado

Resolução anexa
09-11-2023 08:24:14

Ativo

Homologado na Proex
v1.4.12
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