Ensino Coletivo de Instrumentos Musicais #182

Coordenador:
Tais Dantas da Silva
Data Cadastro:
02-10-2023 17:07:08
Vice Coordenador:
-
Modalidade:
Presencial
Cadastrante:
Tais Dantas da Silva
Tipo de Atividade:
Programa
Pró-Reitoria:
PROEX
Período de Realização:
02/02/2016 - 02/02/2026
Interinstitucional:
Não
Unidade(s):
Departamento de Letras e Artes,

Resolução Consepe 05/2016
Processo SEI Bahia 00000000000000000
Situação Ativo
Equipe 15

O Programa visa desenvolver atividades de ensino coletivo e execução musical em grupo envolvendo os seguintes projetos: (1) instrumentos de cordas friccionadas (violino, viola, violoncelo e contrabaixo); (2) sopros (flauta transversal, sax, clarinete, trompete e trombone); (3) Orquestra Sinfônica da UEFS; (4) Grupo de Reggae da UEFS. O programa é aberto à comunidade acadêmica e da região de Feira de Santana interessada na iniciação musical por meio da prática instrumental, com faixa etária diversificada. No tocante ao ensino dos instrumentos, o Programa aborda aspectos pedagógicos, como o estudo de técnicas para execução instrumental, criação musical, ensaios e apresentações em público. Vem desenvolvendo ações de forma articulada com o projeto pedagógico do curso de Licenciatura, englobando também a pesquisa. Neste sentido, este Programa poderá proporcionar também um importante contato com a pedagogia de instrumentos musicais e a dinâmica da formação e atuação em grupos musicais para os estudantes do Curso de Licenciatura em Música. A atividade principal do programa é a Orquestra Sinfônica da UEFS, que é apoiada pelas demais atividades, como as oficinas de iniciação a instrumentos musicais. O programa envolve estudantes do curso de Licenciatura em Música da UEFS na função de colaboradores e bolsistas, tendo a oportunidade de estudar e colocar em prática técnicas instrumentais e de ensino coletivo, uma vez que este programa proporciona um importante contato com a dinâmica da pedagogia do instrumento, formação e atuação em grupos musicais, fatores imprescindíveis na formação do educador musical. (texto atualizado)
O ensino coletivo de instrumentos musicais pode ser conceituado como uma metodologia específica para a aprendizagem musical realizada em grupo, onde todos os sujeitos envolvidos aprendem e se desenvolvem em conjunto. Moraes (1997, p. 71) define o ensino instrumental em grupo “como uma proposta que tem como principal produto do aprendizado o desenvolvimento das atitudes dos alunos, relacionadas tanto ao aspecto musical quanto ao social”. O “ensino coletivo homogêneo ocorre quando o mesmo instrumento é lecionado em grupo. Já o ensino heterogêneo ocorre quando vários instrumentos diferentes são trabalhados num mesmo grupo” (CRUVINEL, 2005 p. 74), tendo como exemplo deste último o ensino coletivo de instrumentos de cordas, onde se pode realizar a aula com violinos, violas, violoncelos e contrabaixos ao mesmo tempo. Abordando a iniciação de instrumentos musicais através do ensino coletivo, Vecchia (2008, p. 32) afirma que O ensino coletivo permite o uso de técnicas específicas de ensino que são acessíveis a vários alunos ao mesmo tempo, em níveis de aprendizagem e aproveitamento que variam entre os iniciantes. A iniciação é um momento importante em que fundamentos bem assimilados acompanharão o aprendiz nos seus estudos futuros (VECCHIA, 2008, p. 32). O ensino coletivo vem se destacando como uma das possibilidades didáticas para a iniciação musical no instrumento. Indicado mais eficazmente para os primeiros anos do estudo do instrumento musical, a metodologia do ensino coletivo é um ponto em comum entre diversos projetos que possuem a característica de inclusão social através da música. “A partir deste enfoque, o ensino coletivo passa a ser considerado como uma importante ferramenta para o processo de democratização do ensino de música.” (CRUVINEL, 2005, p. 68). Vecchia (2008, p. 31) afirma que “a forma coletiva de ensino traz vantagens, pois dá possibilidade de um professor atender vários alunos simultaneamente”. Com o aumento da proporção aluno-professor é possível ampliar o número de vagas em cursos de música, onde o pequeno número de professores e de instituições que oferecem aulas de música, principalmente aquelas que oferecem acesso gratuito à população, dificilmente consegue atender a demanda de alunos que procuram por aulas de música. Para Montandon (2004, p. 46) “O ensino de instrumento em grupo pode ter várias funções, igualmente válidas como a formação de instrumentistas virtuosis, democratização do ensino de música e a musicalização geral do indivíduo.” Galindo (2000, p. 58) destaca entre as vantagens do ensino coletivo, em relação à aula individual, o estímulo e o rendimento. Oliveira (2008, P. 1) acredita que o aprendizado musical é mais agradável quando feito em grupo, e as razões para isto encontram-se no fato de que o aluno compartilha suas dificuldades com os colegas, o aluno se sente parte de uma orquestra, e a qualidade musical é maior quando comparado ao estudo individual. Moraes (1997, p. 71) afirma que “a motivação e a interação social são os elementos apontados como os grandes responsáveis pelo incremento do aprendizado musical”. A interação social proporcionada pela aprendizagem em grupo caracteriza uma forma de convívio social, fazendo com que a aprendizagem musical passe a ter outras funções, além do conhecimento da linguagem musical. A experiência adquirida em grupo significa uma grande aquisição no desenvolvimento social do indivíduo. Corroborando esta idéia, Ortinz, Cruvinel e Leão (2004, p. 61) afirmam que Através do ensino coletivo de música, as relações interpessoais podem surgir e serem trabalhadas, pois podem proporcionar ao indivíduo a capacidade de se ver inserido em um grupo e analisar seu próprio papel, sua atuação e conseqüência de suas ações para os demais membros e para o grupo como todo. Por fim, ressalta-se que o estudo da música representa um fator significativo no desenvolvimento do comportamento social, proporcionando, além da educação musical, a criação de ambientes interdisciplinares contribuindo para a formação social do indivíduo. A orquestra da UEFS é fundamentada na ideia de orquestra comunitária, um espaço onde as pessoas se reúnem em torno do desejo comum de fazer música. Este contexto de interação musical favorece os processos de socialização dos indivíduos, já que seus membros compartilham diferentes experiências, desenvolvem relações de amizade e profissionais, e buscam o desenvolvimento em conjunto na música. . Neste sentido, a música comunitária pode oferecer novas perspectivas para os atores envolvidos neste contexto se conectarem com novos públicos, e pode fornecer a oportunidade de se envolver com a música de novas maneiras e de forma motivadora. (GANDE; KRUSE-WEBER, 2017). No contexto da música comunitária muitos grupos de diversas formações têm surgido como fruto do trabalho de educadores e músicos engajados em promover o acesso à música de uma forma igualitária. (texto atualizado)
Ensino de Instrumentos Musicais O Programa prevê a realização de ensaios semanais, nos quais serão estudados e desenvolvidos aspectos técnicos da execução dos instrumentos de cordas por meio da metodologia de ensino coletivo de instrumentos musicais, específicos para cada uma das modalidades de instrumentos ofertados. A princípio serão trabalhados arranjos musicais simples, específicos para os grupos musicais a serem formados a partir do Programa. A construção do repertório será voltada para a música brasileira com ênfase na valorização da cultura nordestina. Paralelo à construção do repertório, serão estudadas as técnicas para desenvolvimento das habilidades nos instrumentos musicais. O estudo da teoria musical será realizado a partir das demandas surgidas na prática instrumental, durante as aulas. O Programa será desenvolvido nas seguintes etapas: 1. Inscrição e entrevista para seleção dos participantes; 2. Iniciação à técnica de instrumentos; 3. Desenvolvimento de repertório com realização de ensaios intercalados a aulas práticas; 4. Apresentações públicas 5. Divulgação do Programa por meio da publicação e participação em eventos artísticos e científicos. Orquestra Sinfônica da UEFS A orquestra da UEFS nasceu no campus universitário e é formada por alunos, ex-alunos e professores da universidade, músicos de diversos locais e trajetórias musicais, que juntos produzem música a partir de um repertório diversificado, explorando diferentes expressões culturais a cada temporada. Assim, a Orquestra tem transitado por temas como: ritmos nordestinos, música de cinema, música popular brasileira, música erudita, The Beatles, rock, e muitos outros. Para o desenvolvimento das atividades são seguidas as seguintes etapas:Ensino de Instrumentos Musicais O Programa prevê a realização de ensaios semanais, nos quais serão estudados e desenvolvidos aspectos técnicos da execução dos instrumentos de cordas por meio da metodologia de ensino coletivo de instrumentos musicais, específicos para cada uma das modalidades de instrumentos ofertados. A princípio serão trabalhados arranjos musicais simples, específicos para os grupos musicais a serem formados a partir do Programa. A construção do repertório será voltada para a música brasileira com ênfase na valorização da cultura nordestina. Paralelo à construção do repertório, serão estudadas as técnicas para desenvolvimento das habilidades nos instrumentos musicais. O estudo da teoria musical será realizado a partir das demandas surgidas na prática instrumental, durante as aulas. O Programa será desenvolvido nas seguintes etapas: 1. Inscrição e entrevista para seleção dos participantes; 2. Iniciação à técnica de instrumentos; 3. Desenvolvimento de repertório com realização de ensaios intercalados a aulas práticas; 4. Apresentações públicas 5. Divulgação do Programa por meio da publicação e participação em eventos artísticos e científicos. Orquestra Sinfônica da UEFS A orquestra da UEFS nasceu no campus universitário e é formada por alunos, ex-alunos e professores da universidade, músicos de diversos locais e trajetórias musicais, que juntos produzem música a partir de um repertório diversificado, explorando diferentes expressões culturais a cada temporada. Assim, a Orquestra tem transitado por temas como: ritmos nordestinos, música de cinema, música popular brasileira, música erudita, The Beatles, rock, e muitos outros. Para o desenvolvimento das atividades são seguidas as seguintes etapas: 1. Elaboração de arranjos de acordo com a temática escolhida; 2. Ensaios semanais, incluindo ensaios de naipe; 3. Produção de apresentações artísticas. (texto atualizado) 1. Elaboração de arranjos de acordo com a temática escolhida; 2. Ensaios semanais, incluindo ensaios de naipe; 3. Produção de apresentações artísticas. (texto atualizado)
Promover a iniciação e a prática musical por meio do ensino coletivo de instrumentos musicais e a formação de grupos musicais, priorizando a inserção de músicos da região. (texto atualizado)
- Desenvolver técnicas de ensino e execução de instrumentos de cordas; - Promover a criação de grupos musicais; - Criar e aplicar arranjos para o grupo instrumental; - Fomentar a manutenção da Orquestra Sinfônica da UEFS; - Expor os resultados em seminários e apresentações em público; - Promover a cooperação e socialização entre os participantes do Programa; - Divulgar o trabalho do curso de licenciatura em música da UEFS junto à comunidade acadêmica e local e outras instituições, por meio de apresentações musicais e da produção científica; - Integrar o ensino e a pesquisa desenvolvidos no âmbito da UEFS. (texto atualizado)
O município de Feira de Santana possui uma considerável riqueza cultural e musical, que pode ser percebida na formação de grupos musicais e de artistas que se destacam no cenário local e nacional. Apesar da crescente formação de grupos instrumentais na região, percebe-se que ainda existe uma carência de professores de música com formação específica no campo do ensino de instrumentos de cordas e sopros, devido, em parte, à ausência de cursos específicos para a formação de professores na área na região de Feira de Santana. Neste sentido, este Programa poderá contribuir para o ensino e aprendizagem musical realizados de forma sistemática e contextualizada. Além das aulas coletivas, este Programa poderá proporcionar aos participantes importantes vivências na formação de grupos musicais e na execução de instrumentos musicais, desenvolvendo técnicas de estudo e de interpretação em grupo. Ao passo que proporcionará o acesso à aprendizagem musical para pessoas em diversas faixas etárias, o Programa criará condições para o desenvolvimento da curricularização da extensão, abrindo espaço para o desenvolvimento de atividades em consonância com componentes curriculares do curso, como Prática de Conjunto, Pedagogia do Instrumento, Arranjo, Composição e Criação Musical, Estágio Curricular Supervisionado, dentre outros. Este Programa foi iniciado no formato de projeto (UEFS com a Corda Toda), inicialmente vinculado ao programa Sons da UEFS. Devido à sua ampliação para outros instrumentos, a abertura de novas vagas, com a característica de um desenvolvimento contínuo, englobando os projetos atuais,houve a necessidade de sua aprovação em formato de programa. O Programa também envolverá estudantes do curso de Licenciatura em Música da UEFS na função de colaboradores e bolsistas, tendo a oportunidade de estudar e colocar em prática técnicas de regência e de ensino coletivo de instrumentos de cordas, tornando-se multiplicadores do ensino destes instrumentos no futuro em diversos contextos de educação musical, a exemplo da educação básica e projetos sociais. Neste sentido, este Programa proporciona um importante contato com a dinâmica da pedagogia do instrumento, formação e atuação em grupos musicais, fatores imprescindíveis na formação do educador musical. Outros aspectos pedagógicos e psicossociais serão trabalhados durante o processo de ensino e aprendizagem, como a socialização e a cooperação. No campo da performance musical, Davidson (2000, p. 216-219) relaciona uma variedade de fatores sócio-culturais que determina o surgimento de diferentes formações musicais (solistas, trios, orquestra de câmara, etc.). O autor destaca que para o bom funcionamento de um grupo seus membros precisam possuir um senso de afiliação, ou seja, é necessário haver uma conexão ou associação entre os indivíduos. Para grupos musicais, a execução musical representa a tarefa grupal, em torno da qual os indivíduos empenham esforços para sua realização, assim os sujeitos cooperam entre si e desenvolvem um sentido de grupo. Com base nisto, este Programa demonstra um potencial para favorecer a socialização entre servidores, estudante e pessoas da comunidade local. Realizar um programa de prática instrumental no campus da UEFS significa fomentar a difusão e democratização cultural para a comunidade acadêmica e local, de forma a contribuir com a política cultural da Universidade sinalizada no PDI, ampliando o acesso aos bens culturais para a região. Assim, com a implementação do Programa será possível proporcionar à comunidade acadêmica e local a apresentações musicais gratuitas, possibilitando o acesso à diversidade musical, onde as pessoas possam experimentar uma diversidade de gêneros e estilos. (texto atualizado)

Histórico de movimentação
02-10-2023 17:07:08

Criação da proposta

31-01-2024 15:06:35

Parecer da Câmara de Extensão

Habilitado
31-01-2024 14:57:17

Ativo

Aprovado por Ad Referendum em 17.02.2016
31-01-2024 15:06:35

Aprovado

Habilitado
31-01-2024 15:06:56

Ativo

Habilitado
v1.4.13
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