Segundo Waldow (2014), as organizações de saúde tem o papel de contribuir no provimento de recursos e apoio para um ambiente acolhedor para todos os trabalhadores da instituição estimulando a co-responsabilidade na manutenção da ambiência respeitosa, colaborativa e acolhedora. O cuidado colaborativo se refere ao processo de interação entre profissionais de diferentes núcleos de saber, com foco prioritário nas necessidades dos usuários (MULVALE et al., 2016). Visa superar as tradicionais formas hierarquizadas de trabalho em equipe, procedimento centrado e pautado na mera aglutinação de práticas desarticuladas de diferentes especialidades (MATUDA et al., 2015). Tem como pressuposto o comprometimento da equipe com a resolutividade da atenção, a partir de constantes mecanismos de comunicação, integração e tomada de decisão em conjunto, com definições de responsabilidades entre os componentes (MATUDA et al., 2015; MULLER-JUGE et al., 2014; NUÑO-SOLINÍS et al., 2013). A educação permanente busca fortalecer a dimensão da Compreensão sobre o trabalho colaborativo à existência de objetivos comuns e a sua apropriação pelas equipes, o reconhecimento das motivações, dos múltiplos interesses, e a diversidade de definições e expectativas com relação à colaboração. (BISPO JUNIOR; MOREIRA, 2018). Nesse sentido, esforços contínuos devem ser priorizados na prática, com o intuito de ampliar a cultura de qualidade nos serviços de saúde, desenvolvendo uma reflexão sobre a assistência e seus processos, buscando a melhoria do cuidado. Neste contexto, o Hospital Geral Clériston Andrade promove a capacitação da equipe de auxiliares de enfermagem e técnicos de enfermagem, laboratório e radiologia através do “Curso de aperfeiçoamento aos trabalhadores de saúde com foco no cuidado integral e colaborativo” em parceira com a Universidade Estadual de feira de Santana- UEFS, dentro do planejamento de práticas educativas do Centro Permanente de Educação em Saúde – CEPER.

Atividades presenciais organizadas por módulos, com a realização de 18 encontros quinzenais com duração de 8h/encontro (totalizando 180 horas). Os módulos são orientados com abordagem sociointeracionista, valorizando os participantes como sujeitos do processo de ensino-aprendizagem e favorecendo uma postura crítico-reflexiva e ativa bem como a correlação da teoria com a prática. Estrutura-se nos eixos simulação da prática e contexto real do trabalho, combinando simulações da realidade com elementos da prática profissional dos participantes. Avaliação: Espera-se motivação, compromisso e corresponsabilidade dos participantes com o Programa de Aperfeiçoamento. Para a certificação dos participantes é necessária frequência mínima de 75% (setenta e cinco por cento) nas atividades presenciais e conceito satisfatório no desempenho das atividades educacionais desenvolvidas de acordo com o conteúdo de cada módulo.

Promover a capacitação de Auxiliares e Técnicos de Enfermagem, Técnicos de laboratório e radiologia do HGCA para prestação de uma assistência qualificada aos usuários do SUS.

Incorporar boas práticas na interações entre equipes de cuidado do HGCA. - Promover a cultura de compreensão e cooperação nas relações profissionais dentro do ambiente hospitalar. -Identificar, discutir e planejar estratégias para melhoria das relações e da assistência no que se refere ao cuidado integral e colaborativo.

O ambiente de trabalho é um elemento de alta importância para o bom desenvolvimento do processo de cuidar dentro do hospital. É no ambiente hospitalar que se abriga uma serie de profissionais que necessitam se inter-relacionarem com o objetivo do desenvolvimento de praticas cuidativas entre as varias equipes de profissionais da área da saúde que possam ser replicadas para os usuários do sistema. Diante do significativo contingente de profissionais de nível médio na assistência ao usuário do SUS do Hospital Geral Clériston Andrade, torna-se prioritário o planejamento de ações de educação permanente para esta categoria profissional com foco no cuidado integral e colaborativo.