Programa de Estudos Parasitológicos na Microrregião de Feira de Santana-Bahia #2

Coordenador:
Simone Souza de Oliveira
Data Cadastro:
20-06-2022 15:25:27
Vice Coordenador:
-
Modalidade:
Híbrido
Cadastrante:
Simone Souza de Oliveira
Tipo de Atividade:
Programa
Pró-Reitoria:
PROEX
Período de Realização:
20/06/2022 - 30/12/2024
Interinstitucional:
Não
Unidade(s):
Departamento de Ciências Biológicas,

Resolução Consepe 07/1999
Processo SEI Bahia 00000000000000000
Situação Ativo
Equipe 21

Os programas de controle das doenças parasitárias têm sido repensados e quando executados tendo como base as relações com outros problemas de saúde, ambiente físico e participação social, mostram-se mais efetivos e bem sucedidos. Este programa inclui o diagnóstico dos portadores de parasitos intestinais e a realização de ações integradas de educação e mobilização social no controle e prevenção destes agravos, tendo como base o perfil parasitário, socioeconômico e sanitário da população de bairros periféricos ou áreas rurais do município de Feira de Santana. O estudo também buscará identificar associações entre possíveis fatores de risco para a presença de parasitos intestinais na população. Será utilizado formulário estruturado para o registro de dados pessoais, socioeconômicos e sanitários além do resultado da análise da amostra de fezes, ou seja, os parasitos intestinais identificados na população do estudo. Este programa proporcionará o desenvolvimento de atividades educativas em saúde e de mobilização social envolvendo a temática saúde, ambiente e qualidade de vida,além de buscar a formação e o desenvolvimento da consciência crítica do cidadão e da população de áreas periféricas do município de Feira de Santana, na busca de soluções coletivas para os problemas vivenciados, de forma participativa, utilizando práticas motivadoras e inovadoras a partir da realidade, num processo dialógico e horizontalizado de construção e reconstrução compartilhada do conhecimento e na ação coletiva para a transformação da realidade. As atividades do programa tiveram início em 1993 no Laboratório de Análises Clínicas e Parasitologia da UEFS (LAC) com várias ações direcionadas a comunidade carente da sede e bairros periféricos, do município, além de contribuir na formação de alunos de graduação da UEFS.O programa proporciona, a partir do conhecimento adquirido na sala de aula (ensino) a possibilidade do diálogo, da troca e da ampliação do conhecimento e estes, serão capazes de atender, interagir, transformar e promover a inclusão social nas diversas dimensões entre a Universidade e outros setores da sociedade.
Parasitos intestinais Definem-se como enteroparasitoses doenças cujos agentes etiológicos são helmintos e/ou protozoários, os quais, em pelo menos uma das fases do ciclo evolutivo, localizam-se no aparelho digestivo do homem, podendo provocar diversas alterações patológicas (FERREIRA, J. & VOLPATO; F & CARRICONDO; F. & MARTINICHEN; J. & LENARTOVICZ, V; 2004). Para que a doença parasitária se instale fatores relacionados aos hospedeiros, ao parasito e ao meio ambiente devem ser considerados. Com relação aos hospedeiros vários são as condições necessárias para que haja o parasitismo: idade, estado nutricional, sexo, carga parasitária, fatores genéticos, culturais e comportamentais. Do lado do parasito deve-se considerar a virulência da cepa, mecanismos de ação vinculados as transformações bioquímicas e imunológicas verificadas ao longo do seu ciclo de vida e por fim as condições ambientais como a infraestrutura sanitária da área, hábitos de higiene pessoal e coletiva (FREI, JUNCANSEN & RIBEIRO-PAES, 2008). As enteroparasitoses podem se manifestar de várias formas, na maioria das vezes são assintomáticas, porém podem produzir discretas alterações inflamatórias na mucosa intestinal, até quadros clínicos de diarreia aguda ou formas crônicas, onde observa-se síndromes de má-absorção intestinal, perda de apetite, anemias e distúrbios no desenvolvimento cognitivo principalmente em crianças (SLOSS, 1999; MARTINS, 2004). A prevalência das parasitoses intestinais depende essencialmente do grau de exposição do indivíduo às formas infectantes dos parasitos (cistos, oocistos, ovos e larvas). Entretanto, outros fatores determinantes como as condições de moradia e de saneamento (abastecimento de água, esgotamento sanitário, destino adequados dos resíduos sólidos, controle de vetores), cuidados com a higiene, fatores socioeconômicos e nível de escolaridade são também condicionantes desta situação. Apesar do expressivo declínio das taxas de mortalidade por Doenças Infecciosas e Parasitárias no Brasil nas últimas décadas, que apontam para um processo de transição epidemiológica ainda em evolução, estas continuam a figurar entre as principais causas de óbitos e internações, especialmente nas Regiões Norte e Nordeste do País (BRASIL, 2010). As melhorias sanitárias introduzidas no País desde o início do século XX contribuíram efetivamente para a redução e controle de várias doenças endêmicas e epidêmicas. Mesmo assim, as doenças relacionadas as precárias condições de vida continuam representando um papel significativo no quadro de morbi-mortalidade da população, impactando a utilização da rede assistencial, apesar de serem, em sua maioria, evitáveis ou mesmo erradicáveis (BRASIL, 2010). No continente americano estima-se que cerca de 200 milhões de pessoas estejam infectadas por algum tipo de parasito, ocorrendo cerca de dez mil óbitos a cada ano devido somente ao parasitismo por helmintos intestinais (MACEDO, 2005). Segundo o Levantamento Multicêntrico de Parasitoses Intestinais no Brasil, realizado em 1997 (CAMPOS, 1997) o índice de pessoas parasitadas atinge cerca de 55%. De acordo com este estudo, os estados do norte-nordeste brasileiro são os mais afetados, estando a Bahia com 84,1% de parasitados. Atualmente, esses índices se mantêm em escala semelhante e em algumas localidades este índice tem aumentado em decorrência da falta de saneamento básico e infraestrutura das moradias. Em Salvador a prevalência de crianças em idade escolar foi 38,6% de Trichuristrichiura, 31,2% de Ascaris lumbricoides, 8,4% de Ancilostomídeos, 2,2% de Schistosoma mansoni, 8,9% de Giardialamblia, 5,5% de Entamoebahistolitica. O sexo masculino apresentou maior prevalência em relação ao sexo feminino e à medida que aumenta a idade dos escolares cresce progressivamente a prevalência da infecção principalmente por ancilostomídeos (PRADO et al., 2001). Santos e col. (1999) registraram que entre os anos de 1993 a 1997, das 5370 amostras de fezes procedentes de bairros periféricos de Feira de Santana examinadas no LAC da UEFS, o índice de positividade para enteroparasitos foi de 50,1%, sendo que, deste percentual, 32% apresentarampoliparasitismo, com maior ocorrência de casos no bairro Novo Horizonte (40,3%). Com base na prevalência das enteroparasitoses, aliado as condições sanitárias dos bairros periféricos da Feira de Santana, Oliveira e Santos (2002), realizaram um estudo visando identificar os aspectos epidemiológicos da esquistossomose mansônica nos bairros Novo Horizonte e Campo Limpo, no período de 1998 a 2001. Neste trabalho, registrou-se uma positividade para Schistosoma mansoni de 4,6% no bairro Novo Horizonte e 2,1% no bairro Campo Limpo. Segundo os autores, a prevalência da esquistossomose nesses bairros deve-se à presença de caramujos nas águas da Lagoa da Pindoba associado a presença de dejetos humanos e a utilização do local para lazer e banhos. Outras variáveis abordadas foram a renda e o baixo nível de escolaridade no Bairro Novo Horizonte, que contribuíram de forma decisiva para o índice de positividade deste parasito na localidade. Estudos desenvolvidos no LAC sobre parasitoses intestinais no Povoado de Matinhas dos Pretos, em Feira de Santana, por Araújo et al. (2007), na população remanescente de Quilombos, demonstraram elevada prevalência de parasitos (68,5%), na faixa etária entre 07 e 18 anos e presença de poliparasitismo (62,5%), com até seis espécies diferentes num mesmo portador. Os autores relataram que estes índices foram correlacionados com a forma de transmissão e as condições insalubres de moradia e higiene da população. Dados de relatórios anuais não publicados do LAC, provenientes da demanda espontânea, demonstram que desde junho de 1993 a dezembro de 2009 foram realizados aproximadamente 25.500 exames parasitológicos de fezes. O percentual de positividade para parasitos intestinais foi de 45,8%. Os helmintos Ascaris lumbricoides e o Trichuristrichiura foram os parasitos mais freqüentes, encontrado em 20,8% e 13,4% das amostras examinadas, respectivamente.
As atividades do programa serão iniciadas a partir de reuniões com os agentes comunitários e profissionais da UBS e/ou PSF e/ou com outros representantes de instituições e associações comunitárias dos bairros ou área rural selecionada, para apresentar a proposta do projeto a ser desenvolvido. A aceitação e participação dos envolvidos serão extremamente importantes para o andamento do programa. Num segundo momento será realizada palestra para apresentar a coordenadora responsável e a equipe executora, bem como sensibilizar e esclarecer o público alvo sobre a temática da proposta, retratando a problemática dos parasitos intestinais, formas de contaminação, diagnóstico, tratamento e as consequências da infecção para a saúde humana. Será discutido a importância das medidas preventivas e educativas e da participação da comunidade para o seu controle, além do acompanhamento e avaliação das ações do programa. A coleta de material (amostra de fezes) só será realizada após assinatura do Termo de Consentimento Livre Esclarecido – TCLE pelo participante ou representante legal e o preenchimento dos formulários de informações pertinentes ao estudo. A coleta de amostra de fezes será mediada por agentes comunitários e bolsistas do programa da localidade, através da distribuição gratuita de coletores descartáveis, específicos para amostras fecais. No momento da entrega do material fecal, será realizada a sala de espera, uma ferramenta educativa que visa o acolhimento do morador e ao mesmo tempo espaço de sensibilização, esclarecimentos, troca de informações e vivências entre a equipe do programa e a comunidade, a respeito das doenças parasitárias. Os dados serão digitadas no programa de registro especifico do LAC para posteriormente serem analisados com as informações complementares ao estudo, obtidas, por meio do levantamento e da sistematização dos dados do formulário. É importante ressaltar que as técnicas de coleta, armazenamento, transporte e manipulação são executadas com rigoroso critério de biossegurança, pelos técnicos especializados do LAC. a. Exames Parasitológicos de Fezes A técnica de análise adotada para o material fecal coletado será a Sedimentação Espontânea (Método de Lutz, 1919; Hoffman, Pons e Janer, 1934), para pesquisa de larvas e ovos de helmintos e cistos de protozoários; Baermann-Moraes, para a identificação de larvas de S. stercoralis (REY, 2009) e exame de Kato-Katz para contagem de ovos de Schstosomamansoni. Informações pessoais, dados sociodemográficos e ambientais O perfil epidemiológico será levantado pela aplicação dos formulários – inquérito domiciliar e ficha do participante, que contemplam os seguintes critérios de investigação: i) dados socioeconômicos e demográficos; ii) condições de moradia; iii)acesso aos bens e serviços de saneamento básico; iv) tratamento anterior para parasitos intestinais. Entrega dos resultados e trabalho educativo Os resultados serão entregues a todos que participaram da pesquisa. Aqueles que necessitarem de acompanhamento médico serão encaminhados aos profissionais da UBS e/ou PSF da localidade. Após a entrega dos resultados serão realizadas reuniões, oficinas, palestras educativas adaptadas a uma linguagem acessiva a todos, baseadas no perfil parasitológico identificados nas comunidades. Nestas atividades serão abordadas as formas de contaminação e profilaxia dos parasitos intestinais, bem como alguns de seus sintomas, a fim de sensibilizar os indivíduos participantes do estudo a buscarem sempre a minimização e prevenção desta problemática na localidade além de fornecer subsídios para mudanças de comportamento e hábitos. Serão também discutidas as diversas ações do homem sobre o meio ambiente e as consequências que levam ao desequilíbrio ecológico e a manutenção e recrudescimento de doenças. No trato das questões de saúde e meio ambiente, os conteúdos costumam se associar ao cotidiano das pessoas, o que possibilita utilizar metodologias que motive e incentive a população pelos conteúdos que perpassam pelas doenças parasitárias, como higiene pessoal e coletiva, cuidados com a agua e os alimentos, cuidado com o corpo e alimentação saudável, vetores transmissores de doenças, reciclagem e reaproveitamento de materiais, dentre outros. O jogo didático, assim como a construção de modelos didáticos são exemplos de metodologias que podem ser utilizadas nas oficinas e encontros da equipe do programa com a comunidade, especialmente com escolares. Essas ferramentas podem auxiliar no processo de aprendizagem, pois é uma forma de despertar na população maior interesse pelo conteúdo e proporcionar uma melhor compreensão da temática a ser abordada. Técnica de análise de dados análise dos dados obtidos será realizada seguindo-se as seguintes etapas: a) Determinação da prevalênciados parasitos intestinais encontrados e a distribuição desses de acordo com faixa etária, sexo e demais variáveis pesquisadas; b) Determinação da carga parasitária dos portadores do S. mansoni; c) Estudo descritivo dos aspectos epidemiológicos da localidade do estudo; e) Tratamento estatístico por meio de cálculos de frequência relativa e absoluta; f) Análise da associação entre as variáveis pesquisadas pelos métodos de Qui-quadrado, Exato de Fischer ou G de Willians (Ayres, Ayres Junior et al., 2007). Questões éticas O respeito devido à dignidade humana exige que toda pesquisa se processe após consentimento livre e esclarecido dos indivíduos ou grupos que por si e/ou por seus representantes legais manifestem a sua anuência à participação na pesquisa (BRASIL, 1998). O estudo será iniciado somente após aprovação do projeto pelo Comitê de Ética e Pesquisa (CEP) e com a apresentação dos objetivos e da metodologia do projeto à população, bem como a informação da necessidade de consentimento dos envolvidos para a realização desta, uma vez que os mesmos são responsáveis legais pela participação e apoio para o desenvolvimento do estudo em questão. Através do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE), será obtida a anuência do sujeito da pesquisa e/ou de seu representante legal, livre de vícios (simulação, fraude ou erro), dependência, subordinação ou intimidação, após explicação completa e pormenorizada sobre a natureza da pesquisa, seus objetivos, métodos, benefícios previstos, riscos e o incômodo que essa possa acarretar. Antes de aplicar o formulário e a ficha do participante, os membros da equipe farão a leitura do TCLE explicando os objetivos do trabalho, bem como garantindo a confidencialidade dos dados. A coleta de dados terá início após concordância do entrevistado em participar do estudo, com a assinatura em duas vias do TCLE, conforme preconiza a Resolução 466/2012. Sendo assim, nessa etapa, os participantes convidados terão uma maior liberdade durante a decisão da sua escolha na participação, sendo informados que a não assinatura não implicará em tratamento diferenciado. Ainda, neste momento, serão apresentados os benefícios como o tratamento adequado para os portadores de enteroparasitos e os possíveis desconfortos (constrangimento, vergonha) na realização do estudo, o que garante a ausência de danos e qualquer risco à saúde conforme requerimento exigido pelo CEP, ao qual o projeto será submetido. O trabalho foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisas da Universidade Estadual de Feira de Santana – UEFS, parecer 306.283 (CAAE: 15329113.0.0000.0053).
Determinar o perfil parasitário da população dos bairros ou áreas selecionadas do município de Feira de Santana, Bahia aliado a ações de educação em saúde e mobilização social para a prevenção e controle dos agravos identificados.
Identificar os enteroparasitosna população dos bairros ou áreas selecionadas do município de Feira de Santana, Bahia mediante realização de exame parasitológico de fezes; Realizar levantamento do perfil socioeconômico e sanitário da comunidade dos bairros ou áreas selecionadas do município de Feira de Santana, Bahia; Verificar possíveis associações entre as variáveis sociodemográficas e sanitárias com as taxas de infecção pelos diferentes parasitos identificados na população do estudo do município de Feira de Santana, Bahia; Realizar ações integradas de educação e mobilização social para a prevenção, controle e tratamento de parasitoses intestinais nos bairros ou áreas selecionadas do município de Feira de Santana, Bahia; Realizar oficinas que tratam das temáticas: parasitoses intestinais e medidas de prevenção e controle; cuidados com os alimentos e alimentação saudável; qualidade de vida e preservação do meio ambiente e participação social. Capacitar agentes comunitários de saúde e agentes multiplicadores para atuar junto a comunidade na prevenção e controle de agravos que acomete a população de áreas periféricas e rurais do município de Feira de Santana, Bahia Encaminhar para acompanhamento e tratamento na Unidade de Saúde da Família (USF) e/ou Unidade Básica de Saúde (UBS) todas as pessoas com resultado positivo para parasitos intestinais na população estudada no município de Feira de Santana, Bahia; Realizar novas coletas de amostra de fezes de pacientes submetidos a tratamento para reavaliação das ações desenvolvidas; Proporcionar campo de atuação para os estudantes dos cursos de Biologia, Farmácia, Enfermagem e Odontologia da UEFS; Apoiar o desenvolvimento dos trabalhos de conclusão de curso e monografia dos estudantes de graduação da UEFS.
As parasitoses intestinais são causadas por protozoários e/ou helmintos e constituem grave problema de saúde pública. A elevada prevalência destas doenças numa população produzem déficits orgânicos e são consideradas como um dos principais fatores debilitantes, associando-se frequentemente, a quadros de diarréia crônica, anemia e desnutrição que compromete o desenvolvimento físico e intelectual, principalmente nas faixas etárias mais jovens da população. A ocorrência dessas doenças varia de acordo com as condições de saneamento básico, nível socioeconômico, escolaridade, acesso aos serviços de saúde, fatores ligados a alimentação e comportamento (hábitos e costumes), dentre outros, em uma população. As crianças em geral é a faixa etária mais acometida e consequentemente as mais prejudicadas pelas doenças parasitárias, levando em consideração fatores como, estado nutricional e imunidade. Os programas de controle de doenças parasitárias têm sido repensados, e quando em consonância com outros programas coletivos de saúde mostram-se muito mais efetivos e bem sucedidos, principalmente quando a atenção a saúde se volta para um contexto mais amplo, levando em conta as relações entre saúde, ambiente físico e ambiente social. As parasitoses intestinais são causadas por protozoários e/ou helmintos e constituem grave problema de saúde pública. A elevada prevalência destas doenças numa população produzem déficits orgânicos e são consideradas como um dos principais fatores debilitantes, associando-se frequentemente, a quadros de diarréia crônica, anemia e desnutrição que compromete o desenvolvimento físico e intelectual, principalmente nas faixas etárias mais jovens da população. A ocorrência dessas doenças variam de acordo com as condições de saneamento básico, nível socioeconômico, escolaridade, acesso aos serviços de saúde, fatores ligados a alimentação e comportamento (hábitos e costumes), dentre outros, em uma população. As crianças em geral é a faixa etária mais acometida e consequentemente as mais prejudicadas pelas doenças parasitárias, levando em consideração fatores como, estado nutricional e imunidade. Os programas de controle de doenças parasitárias têm sido repensados, e quando em consonância com outros programas coletivos de saúde mostram-se muito mais efetivos e bem sucedidos, principalmente quando a atenção a saúde se volta para um contexto mais amplo, levando em conta as relações entre saúde, ambiente físico e ambiente social. Apesar do expressivo declínio das taxas de mortalidade por Doenças Infecciosas e Parasitárias no Brasil nas últimas décadas, que apontam para um processo de transição epidemiológica ainda em evolução, estas continuam a figurar entre as principais causas de óbitos e internações, especialmente nas Regiões Norte e Nordeste do País (BRASIL, 2010). As melhorias sanitárias introduzidas no País desde o início do século XX contribuíram efetivamente para a redução e controle de várias doenças endêmicas e epidêmicas. Mesmo assim, as doenças relacionadas as precárias condições de vida continuam representando um papel significativo no quadro de morbi-mortalidade da população, impactando a utilização da rede assistencial, apesar de serem, em sua maioria, evitáveis ou mesmo erradicáveis (BRASIL, 2010). No continente americano estima-se que cerca de 200 milhões de pessoas estejam infectadas por algum tipo de parasito, ocorrendo cerca de dez mil óbitos a cada ano devido somente ao parasitismo por helmintos intestinais (MACEDO, 2005). Segundo o Levantamento Multicêntrico de Parasitoses Intestinais no Brasil, realizado em 1997 (CAMPOS, 1997) o índice de pessoas parasitadas atinge cerca de 55%. De acordo com este estudo, os estados do norte-nordeste brasileiro são os mais afetados, estando a Bahia com 84,1% de parasitados. Atualmente, esses índices se mantêm em escala semelhante e em algumas localidades este índice tem aumentado em decorrência da falta de saneamento básico e infraestrutura das moradias.

Histórico de movimentação
20-06-2022 15:25:27

Criação da proposta

05-04-2023 16:05:25

Parecer da Câmara de Extensão

Programa cadastrado na Plataforma de Sistema de Gestão
04-07-2022 16:26:09

Em Análise

Proposta enviada para análise da Câmara de Extensão
04-07-2022 16:49:34

Aprovado

Parecer da Câmara de Extensão
05-04-2023 16:05:25

Aprovado

Programa cadastrado na Plataforma de Sistema de Gestão
05-04-2023 16:06:09

Ativo

O programa está habitado para pedir bolsa extensão
v1.4.13
SISTEX - Desenvolvido pela Assessoria Especial de Informática - AEI e Sustentado pelo Escritório de Projetos e Processos - EPP