Produção Do Cuidado Para A Promoção Do Conforto De Famílias No Hospital Geral Cleriston Andrade #73

Coordenador:
Katia Santana Freitas
Data Cadastro:
16-04-2023 13:03:44
Vice Coordenador:
-
Modalidade:
Presencial
Cadastrante:
Katia Santana Freitas
Tipo de Atividade:
Projeto
Pró-Reitoria:
PROEX
Período de Realização:
Indeterminado
Interinstitucional:
Não
Unidade(s):
Departamento de Saúde,

Resolução Consepe 95/2013
Processo SEI Bahia 0000000000000
Situação Ativo
Equipe 9

Este projeto de extensão tem como objetivo utilizar tecnologias de grupo como prática de cuidado para a promoção do conforto de famílias de pessoas em estado crítico de saúde que vivenciam a situação de hospitalização, assim como a experiência de conforto e desconforto vivida por esses no HGCA, internadas nas Unidades Clínica Médica, Unidade de Terapia Intensiva e no Centro Cirúrgico. Justifica-se a opção por trabalhar com familiares, pois faz-se necessário compreender os desconfortos e mudanças na dinâmica de funcionamento familiar decorrente do medo da perda e incerteza da recuperação de um ente. Tais desconfortos podem ser minimizados se práticas de cuidado forem implementadas pela equipe de saúde. Esta proposta contempla três subprojetos: SUBPROJETO 1: Conhecimento e avaliação da experiência de conforto e desconforto vividos pela família em situação hospitalização de seus membros; SUBPROJETO 2: As práticas de cuidado como estratégias para a promoção do conforto de famílias em situação de hospitalização; SUBPROJETO 3: A experiência da tecnologia de grupo como estratégia para a promoção do conforto de famílias. Para execução da proposta será realizada a capacitação dos participantes do estudo acerca das questões referentes a família em situação de ameaça a vida de seus membros, encontros com familiares com grupos denominados de suporte (Grupo de apoio a família - GAF) que tem como objetivo promover conforto através do apoio, acolhimento, favorecer a aquisição de estratégias de enfrentamento ao atender as necessidades suporte emocional e social; Durante os encontros será estimulado o diálogo a troca das experiências por cada família , discutindo as necessidades de conforto das famílias.
• A promoção do conforto de familiares que possuem um ente em situação de hospitalização A promoção do conforto tem sido considerada inerente à prática da enfermagem desde Florence Nigthingale. Nesta época já havia um destaque quanto à importância da observação para a enfermagem, não apenas como método para coletar informações, mas para o papel de preservar a vida, melhorar a saúde e o conforto. Por isso, manter o paciente em posição confortável já era considerado um método restaurador do cuidado (PEREIRA; COELHO, 2003). No final do século passado, na década de 90, houve um crescente número de investigações que fortaleceram este construto ao trazer conceitos, dimensões e até a elaboração de uma teoria que busca explicar este fenômeno (KOLCABA, 1991, 1994; SANTIN, 1998; BOYKIN, 1998; KOERICH, ARRUDA, 1998; MORSE, 1998). O conforto foi expresso como resultado dos cuidados de enfermagem (KOLCABA, 1991,1994; MORSE, 2000), como um constituinte inerente as necessidades humanas básicas (MALINOWSKI; STAMLER, 2002; KOLCABA, 1991), e como um processo que tem como componentes o toque, a fala e a escuta (MORSE, 1998; CAMERON, 1993). Ainda, assim, há lacunas e imprecisões teóricas acerca deste construto. Em revisão de literatura acerca do conforto, Mussi (1996a), verificou que o bem-estar aparece com elemento comum nas definições de conforto, tanto na literatura de enfermagem como de outros campos da saúde, caracterizando uma concepção subjetiva do fenômeno. Nas concepções encontradas, o conforto adquiriu o significado de um estado e também de um sentimento. Quanto a estado, o conforto foi apontado como estado de alívio, encorajamento, comodidade e bem-estar em que a pessoa está bem consigo mesma e com o seu ambiente; estado relaxado, quando as pessoas experienciam emoções positivas, livres de extrema tensão e dor; estado de harmonia, resultado da integração corpo-mente-espírito na relação consigo mesmo e dela com o ambiente. Quanto a sentimento o conforto foi expresso como um sentimento de alívio, encorajamento e consolo; de bem-estar físico e mental, alcançado com o descanso físico, paz mental e espiritual. A partir destes significados, percebe-se a multidimensionalidade e variabilidade individual do constructo conforto, o que justifica a não adoção de um único conceito pelos estudiosos da área. Verificou, ainda, que diversos trabalhos mostraram as variadas dimensões de conforto, sendo elas de natureza física, social, psicológica, espiritual e ambiental. Kolcaba (1991, 1994) ao apresentar a teoria holística do conforto definiu-o como a satisfação das necessidades humanas básicas por alívio, calma e transcendência. A autora estabeleceu duas dimensões, a primeira referente aos estados de conforto, que são: alívio - o estado de haver uma necessidade de conforto específica atendida; a calma - o estado de calma ou de contentamento e a transcendência - o estado em que se pode ultrapassar problemas ou dor. A segunda dimensão refere-se ao contexto em que o conforto ocorre, são eles: físico – abarca as sensações corporais; o segundo contexto psicoespiritual - refere-se à conscientização de si mesmo, incluindo estima, identidade, sexualidade, o seu sentido de vida; o terceiro contexto é o sociocultural – relativo às relações interpessoais, família, sociedade (finanças, ensino, pessoal de cuidados de saúde), assim como as tradições familiares, rituais e práticas religiosas; o quarto contexto no qual o conforto é vivido é o ambiental - referente ao plano externo da experiência humana (temperatura, luz, som, odor, cor, mobiliário). Assim, entende-se o conforto como uma experiência positiva, subjetiva, dinâmica, que se modifica no tempo e no espaço, e é resultante das interações que o indivíduo estabelece consigo, com aqueles que o circundam e com as situações que enfrenta. Dentre os poucos estudos que abordaram o conforto na perspectiva de familiares, Koerich e Arruda (1998) buscaram identificar o significado de conforto e não conforto de acompanhantes de crianças e adolescentes em UTIs pediátricas. Os relatos mostraram que os acompanhantes/ familiares vivenciavam mais desconforto do que conforto. Apontaram como desconfortos a falta de comodidade, incômodo, direitos não atendidos, tensão, condições precárias de estrutura e funcionamento do hospital. As necessidades de conforto sinalizadas estavam mais no plano do desejo do que do concreto. Na mesma perspectiva, Mussi (1999) visou esclarecer o que pensavam os familiares de pacientes infartados sobre o conforto. A investigação revelou que para os sujeitos o conforto relacionava-se com a percepção de que os profissionais de saúde estavam interessados em suas necessidades, sentiam-se aceitas e valorizadas como pessoa, tinham a segurança de que o parente internado recebia cuidados individualizados e com demonstrações afetivas, podiam estar perto do parente para apoiá-lo, recebiam informações detalhadas sobre o estado do seu ente e tinham acesso para se comunicar com os profissionais. Arruda e Nunes (1998) ressaltam a íntima relação entre cuidado e conforto, concebendo o cuidado como uma abordagem profissional essencial na enfermagem, mas não como sendo algo que é exclusivo desta profissão, permitindo entender que o cuidado aos familiares pode ser prestado por outros profissionais, e principalmente, pela necessidade da promoção do conforto por meio de uma abordagem interdisciplinar. As autoras resgatam, que o cuidado é um dever, uma relação terapêutica, uma posição ética, mas que, além disso, o cuidado é condição essencial para que ocorra a promoção do conforto. Conforme Mussi (1996a, 1996b, 2005) existem imprecisões teóricas sobre cuidado e conforto, mas a relação entre cuidado e conforto é inegável, assim como o entendimento de que o cuidado é uma condição necessária para que ocorra a aproximação do conforto. A relação entre conforto e cuidado pode ser percebida a partir do entendimento de que práticas de cuidado são mandatórias para que as demandas de conforto sejam atendidas. Assim, o conforto pode ser considerado como resultante dos cuidados prestados e o cuidar como um processo do qual pode resultar um produto que é o conforto (MORSE, 2000). Considerando o conforto como produto de uma interação, as práticas de cuidado prestadas com o intuito de se aproximar do estado de conforto dos familiares demandam que a relação estabelecida seja a mais favorável possível. Morse (2000) salienta que é preciso confiança nas relações estabelecidas, para que o conforto seja alcançado, e exemplifica que o cuidado competente, do ponto de vista ético e humanístico, pode tornar as situações de dificuldade vivenciadas pelos familiares mais toleráveis. E ainda, que a ausência de confiança pode se manifestar de diversas formas e impedir a oferta e aceitação de um cuidado e, consequentemente, potencializar a situação de desconforto. É necessário então, que o cuidado prestado seja continuamente avaliado, pois se o conforto não foi alcançado ou a prática foi ineficaz, novas maneiras de cuidar devem ser pensadas e implementadas (MORSE, 2000). Ressalta-se que a discussão do conforto de familiares encontra-se em consonância com políticas de saúde adotadas pelo Ministério da Saúde (BRASIL, 2004, 2005, 2007) que têm reforçado o reconhecimento da família como sujeito do cuidado de enfermagem, pois prevê a atenção integral do indivíduo, e defende que o sujeito é um ser integral, biopsicossocial, um todo indivisível. Sobretudo, o que está em foco na prestação de um atendimento digno aos familiares, enquanto clientes da enfermagem, é o entendimento de que este é um direito. Para viabilizar a promoção do conforto, os familiares devem ser vistos como seres humanos com liberdade e autonomia, valores e crenças específicos, e expectativas relacionadas ao cuidado de seu parente. A relação entre os profissionais e a família demanda, portanto, uma escuta atenta, a consideração da sua subjetividade, tratando-se, talvez, do primeiro passo para respeitar a autonomia daquela pessoa (MORSE, 2000). Os familiares precisam, também, serem considerados como indivíduos expostos a situações de stress e desconfortos, portanto sofrendo junto ao seu ente. A família sofre com a internação e com a desestruturação do seu grupo, e tenta se organizar em meio à situação de tensão e ainda busca participar da situação para sentir que também pode cuidar e proteger o seu parente enfermo. É necessário compreender que a família espera outras coisas, e não somente as regras e os ensinamentos padronizados, mas uma atenção voltada para ela mesma. A atenção a família requer, ainda, dos profissionais da saúde a busca pelo conhecimento da dinâmica familiar de suas forças e fragilidades e formas de adaptação a eventos estressantes. (WERNET; ANGELO, 2003). O reconhecimento da família como sujeito do cuidado da enfermagem, deve partir inicialmente do entendimento de que para cuidar do indivíduo seja ele doente ou sadio, precisa-se também conhecer o contexto que o cerca, a família ao qual pertence. Este fato é reforçado pela compreensão de que a família é um agente de cuidado e que pode ser fonte de saúde ou de doença de seus integrantes e por isto precisa ser assistida (MARCON, ELSEN,1999). • Práticas de cuidado para a promoção do conforto de familiares O impacto físico, psicológico e social da doença crítica sobre os familiares tem sido amplamente reconhecido na literatura (MOLTER, 1979; LESKE, 1986; GALLO, HUDAK, 1997; TWIBELL, 1998; HORN, TESH, 2000; AZOULAY et al, 2001). A doença crítica pode precipitar uma crise devido as grandes mudanças que o sistema familiar sofre. As famílias, frequentemente, vivenciam reações emocionais, físicas e socioculturais, incluindo raiva, medo, impotência, confusão e desconfiança (HARVEY; DIXON; PADBERG, 1995). No momento da crise a família requer apoio e utiliza vários mecanismos para manter o equilíbrio, como a obtenção de informações para o alivio da ansiedade. Richmond e outros citados por Harvey; Dixon e Padberg (1995) referem que o suporte emocional, redução da ansiedade, informação e comunicação são prioritários para uma família em crise. Norris e Grove (1986) afirmam que os enfermeiros são responsáveis por propostas de intervenções voltadas às necessidades psicossociais de pacientes graves e de seus familiares, mas não têm conhecimento adequado ou experiência nesta área. Por outro lado, devido ao caráter integral de suas atividades e à maior proximidade com pacientes e familiares, o enfermeiro é apontado como o profissional que está em posição ideal para identificar as necessidades dos familiares de pacientes internados em UTI (LESKE, 1986). Para atender a essas necessidades, os enfermeiros devem direcionar esforços a fim de identificá-las acuradamente. Leske (1998) comenta a importância das intervenções de enfermagem para diminuir a ansiedade dos familiares de pacientes críticos, pois o estado de tensão pode interferir na capacidade da família em receber e compreender as informações, prejudicar seu funcionamento adequado e o uso de estratégias para enfrentamento, e ainda, comprometer o apoio do familiar ao paciente e entre eles mesmos. Assim, defende que a intervenção comece desde o primeiro contato com a família, e que este contato continue durante todo o período de internação e se entenda até a alta do hospital. Algumas intervenções indicadas são: estabelecer acesso da família ao paciente com abertura dos horários de visita e fornecimento de números de telefone; estabelecer mecanismos de contato entre profissional e família com a entrega de números de telefone e bips; fornecer informações baseadas nas necessidades da família como vídeos e boletins informativos, ajuda de grupos de suporte; oferecer visita a UTI; incluir a família no plano de cuidados do paciente, permitindo que a mesma realize algumas atividades e assista alguns cuidados dos profissionais da unidade; promover um ambiente confortável; encaminhar ou solicitar avaliação de outros profissionais quando necessário, sendo eles a assistente social, psicólogo, pastor e os grupos multiprofissional de suporte (LESKE,1998). Sobre as situações em que os familiares experimentam ansiedade, preocupação e temores recorrentes de fracasso do tratamento Halm (1991) realizou estudo quase experimental onde testou a redução da ansiedade dos familiares após a participação em grupos de suporte e verificou a eficácia desta intervenção para melhorar o enfrentamento dos familiares a crise. Azoulay e outros (2002) desenvolveu estudo multicêntrico, controlado e randomizado e avaliou a efetividade da entrega de panfleto educativo para familiares de pacientes internados em UTI. Os resultados apontaram uma melhora na compreensão dos familiares acerca das informações recebidas na UTI. No que tange às famílias que aguardam na sala de espera do CC o transcorrer do ato operatório, considera-se que estas necessitam de cuidados, pois se encontram, muitas vezes, em ambiente desconhecido, com sentimento de medo, ansiedade e solidão. Porquanto, necessitam de atenção, cuidado e de uma comunicação contínua e eficaz com a equipe cirúrgica, em especial da equipe de enfermagem que possa oferecer-lhes alguma forma de conforto. Para Salimena, Andrade e Melo (2011), a atenção de cuidados do enfermeiro não deve estar centrada apenas no paciente, mas também na família que vivencia a situação de doença. As autoras ressaltam que a espera de seu ente provoca sensação desagradável, de tensão, apreensão ou medo, que pode variar em intensidade e duração e se caracteriza por instabilidade emocional e desprazer. Dessa forma, foco de atenção da enfermeira de CC é o paciente no perioperatório e a sua família. Estudo realizado por Jacob e Bousso (2006) apontou que existe a necessidade urgente de se olhar para a mãe ou o membro da família presente em um procedimento cirúrgico como alguém que necessita de cuidado, solidariedade, apoio, sobretudo para não se sinta responsável por algum fato indesejável que venha a acontecer com o seu familiar, como a morte ou sequela, decorrente da cirurgia. Ao investigar as fontes de suporte definidas como conforto Freitas e Mussi (2011) identificaram que as categorias identificadas retrataram a multidimensionalidade do fenômeno como já constatado por outros autores (MUSSI,1996; KOLCABA, 2003; ARRUDA, NUNES,1998) e expressaram que a promoção do conforto implica em conciliar sensibilidade, racionalidade e condições materiais na atenção a família e seu ente. Neste sentido, estudos mostram que a rede social e o apoio social percebido e recebido têm um papel fundamental no desenvolvimento do bem-estar de famílias (Pedro , Rocha , Nascimento,2008). A promoção do conforto tem sido relacionada a fontes de suporte social que auxiliam as famílias no enfretamento de adversidades relativas a situação vivenciada. Este suporte pode corresponder a informação, auxílio material ou afetivo oferecido por grupos ou pessoas. Reuniões têm sido sugeridas como estratégia para diminuir a ansiedade de transferência dos familiares. Ao promover relacionamento interpessoal em ambiente que favoreça a aprendizagem e a obtenção de informações baseadas nas necessidades individuais, as reuniões interdisciplinares podem ajudar a família a desenvolver habilidades de enfrentamento necessárias para a adaptação a uma unidade de internação. Membros da família que não participam das reuniões frequentemente recebem informações fragmentadas e inconsistentes sobre seu parente. Reuniões conduzidas pelos médicos com os familiares dos pacientes, principalmente nos primeiros dias de UTI, têm sido recomendadas como uma abordagem promissora para a satisfação da família com o atendimento oferecido (OLIVEIRA, 2006). O contato com outras pessoas que vivem uma experiência semelhante ajuda os indivíduos a perceberem que eles não são os únicos a viver uma situação de crise. Além disso, o grupo permite a partilha de experiências entre pessoas que se encontram em diferentes estágios e também que indivíduos em estágios similares de enfrentamento forneçam suporte a outros. Esse suporte mútuo frequentemente se estende para além dos limites da sessão grupal, o que certamente melhora ainda mais a experiência do grupo (HALM, 1990). Os grupos de apoio ou suporte consistem em um sistema de ajuda social extra-familiar. Geralmente são coordenados por um profissional de saúde, frequentemente enfermeiro, que facilita as interações entre os membros, e são essas interações que realmente conduzem o trabalho do grupo no sentido de seus objetivos. O oferecimento de informações sobre saúde pelo coordenador, um profissional com formação na área de saúde, ajuda a aliviar a ansiedade dos participantes, o que aumenta a efetividade do processo de suporte (OLIVEIRA, 2006). Os grupos de apoio, estratégia a ser adotada para a produção de cuidado com as famílias de pacientes internados nas unidades de clínica médica, na unidade de CC e na UTI do HGCA, podem ajudar muito as pessoas que estão enfrentando crises vitais importantes e alterações no estilo de vida. Os participantes desse tipo de grupo frequentemente se envolvem em discussões sobre questões mais profundas, existenciais, como o significado da vida, valores e expectativas pessoais e o rumo de suas vidas. Quem enfrenta eventos catastróficos da vida, como a ameaça de perda de um membro da família, experimenta importantes alterações nos papéis e relacionamentos sociais que podem mudar radicalmente sua vida e ter implicações sobre sua própria mortalidade. O grupo de apoio cria um ambiente (setting) em que seus integrantes podem compartilhar suas experiências e sentimentos com a certeza de que são profundamente compreendidos pelos outros participantes. As reuniões ajudam a combater o isolamento social, as discussões proporcionam um sentimento de universalidade e o grupo proporciona o apoio necessário aos seus membros (OLIVEIRA, 2006).
SUBPROJETO 1: CONHECIMENTO E AVALIAÇÃO DA EXPERIÊNCIA DE CONFORTO E DESCONFORTO VIVIDOS PELA FAMILIA EM SITUAÇÃO HOSPITALIZAÇÃO Trata-se de estudo na abordagem quanti-qualitativa. A população alvo será constituída por familiares de adultos hospitalizados na Unidade de Terapia Intensiva, nas unidades de internação de clínica médica e no centro cirúrgico do Hospital Geral Clériston Andrade, no período março de 2013 a março de 2015, que atendam aos seguintes critérios de inclusão: idade igual ou superior a 18 anos; ter um familiar na UTI com mais de 24h de internação, em condição crítica de saúde e com possibilidades de recuperação; desejar expressar a sua experiência e seus sentimentos. O local do estudo será a unidade de internação clínica médica, de terapia intensiva e centro cirúrgico do Hospital Geral Clériston Andrade (HGCA) (ANEXO A). Trata-se de uma unidade de saúde de grande porte, referência no atendimento em urgências e emergências e ambulatório especializado presta assistência de média e alta complexidade. O HGCA possui 300 leitos cadastrados no Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES), no entanto a média de internação mensal é de 350 usuários/mês. Inserido na macrorregião Centro-Leste, microrregião de Feira de Santana, é referência para a região e 126 municípios, nas diversas especialidades. A coleta de dados ocorrerá mediante entrevista semiestruturada com os familiares e profissionais de saude a fim de atender aos objetivos propostos. A abordagem dos familiares ocorrerá antes ou após o horário de visitas. Após serem esclarecidos os objetivos da pesquisa, será feito o convite para a participação. No caso de aceite será agendado o momento para a entrevista. No momento da entrevista será realizada a leitura e a assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (Apêndice A). Essas ocorrerão em local privativo na UTI, clínica médica e centro cirúrgico, isto é, na sala vaga e disponibilizada pela coordenação de enfermagem e pelo serviço de psicologia que garantam a privacidade dos familiares. O roteiro de entrevista será constituido pelos dados sociodemográficos de relacionamento com o familiar hospitalizado e da seguinte questão norteadora: Gostaria que você falasse sobre as situações de desconforto que tem vivido após a internação de seu familiar (APÊNDICE B). As entrevistas serão gravadas e, posteriormente, transcritas na íntegra. Para a análise dos dados obtidos a partir das questões abertas serão organizados e analisados pela técnica de análise de conteúdo. Deste modo, ocorrerá uma triangulação de instrumentos de coleta de dados, garantindo a investigação de diferentes dimensões de experiência vivida pelos familiares. A amostragem será de conveniência, considerando todos os participantes que atenderem aos critérios de inclusão. Vale destacar, que após entrevista será informado e convidado para participar das reuniões do Grupo de Apoio a Família. Para a avaliação das famílias das UTIs, clínica médica e centro cirúrgico será utilizada a Escala de conforto para familiares de pessoas em unidade de terapia intensiva (ECONF) que permite avaliar o nível de conforto. A ECONF é uma escala para medida de conforto validada (FREITAS, 2012) (ANEXO B). É constituída de 46 itens, distribuídos em três dimensões: Segurança (20 itens), Suporte (20 itens) e Interação familiar e ente (6 itens). A escala de medida é crescente, ou seja, quanto maior o valor atribuído aos itens, maior é o grau conforto. Sendo a pontuação: 1- Nada confortável, 2 - Pouco confortável, 3 - Mais ou menos confortável, 4 - Muito confortável e 5 -Totalmente confortável. Pode-se interpretar que os indivíduos que obtiverem escore geral da ECONF menor que 4,19 possuem pouco conforto, aqueles que obtiverem entre 4,20 e 4,59 possuem médio conforto e acima de 4,6 alto conforto. Para avaliação da saúde mental dos familiares, isto é, dos transtornos mentais comuns dos indivíduos será utilizado um instrumento de detecção de Distúrbios Psíquicos Menores (DPM): o “Self-Report Questionnaire” (SRQ-20). O SRQ-20 é um instrumento que identifica indivíduos com Distúrbio Psíquico Menor /DPM (WHO, 1994) e apresenta propriedades psicométricas consideradas adequadas. A sensibilidade varia de 63% a 90% e a especificidade entre 44% e 95% (MARI, WILLIAMS, 1986). A versão mais utilizada em estudos de base populacional é composta por 20 questões: quatro sobre sintomas físicos e 16 sobre sintomas psicoemocionais. As respostas são do tipo “sim” ou “não”, atribuindo-se, respectivamente, valores de “1” e “0”. O ponto de corte sugerido para a suspeição de DPM é o de sete ou mais respostas positivas (MARI, WILLIAMS, 1986). (ANEXO C). Os dados obtidos mediante aplicação da ECONF e do SRQ-20 serão armazenados e analisados através do software SPSS for Windows 18.0. Para análise das variáveis categóricas será utilizada a estatística descritiva, como frequências absoluta e relativa. Para as variáveis quantitativas serão calculadas as medidas descritivas de centralidade (média, mediana e moda) e de dispersão (desvio-padrão). Para a analise do nível de conforto será realizado o cálculo da média geral da escala a partir do conjunto de itens que a compõe, bem como, o cálculo das médias para cada uma das dimensões. Para a revisão de literatura a fim de identificar os instrumentos existentes para a avaliação de famílias em situação de hospitalização de seus membros serão utilizados artigos científicos publicados em periódicos de circulação nacional e internacional, conforme os seguintes critérios de inclusão: Estudos publicados de 2003 a 2013 em periódico indexado nas bases de dados eletrônicas: Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) e na Scientific Electronic Library Online (SciELO), MEDLINE pelo acesso on-line, escritos em língua portuguesa, inglesa ou espanhola; e que tenham como objeto do estudo construção ou validação instrumentos de avaliação da família em situação de hospitalização de seus membros. Quanto aos aspectos éticos da pesquisa, após terem sido prestadas aos familiares todas as informações sobre a proposta, em uma linguagem clara, falando acerca do objetivo da pesquisa, deixando explícita a garantia do sigilo, do anonimato, a minimização de riscos físicos e a inexistência de ônus para as mesmas. Para evitar constrangimento, coação ou pressão, será estabelecido um tempo para leitura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) e tomada de decisões quanto à sua participação, ou não, no trabalho que estará sendo proposto (APÊNDICE A). Será ressaltada a manutenção do sigilo e do respeito ao ser humano, a fim de preservar a identidade dos participantes, não havendo qualquer associação entre os dados obtidos e o nome das participantes, às quais, portanto, serão atribuídos pseudônimos. Em relação aos riscos, ficará esclarecida a possibilidade de constrangimento frente a entrevista por essa abordar conforto na UTI, CC e clinica médica. Os participantes têm total liberdade para não responder às perguntas que lhe causem algum desconforto, ou mesmo, podem desistir de participar da pesquisa. SUBPROJETO 2: PRÁTICAS DE CUIDADO COMO ESTRATEGIAS PARA A PROMOÇÃO DO CONFORTO DE FAMÍLIAS EM SITUAÇÃO DE HOSPITALIZAÇÃO Trata-se de estudo, do tipo exploratório e descritivo que utilizará abordagem quati-qualitativa. Tendo em vista os objetivos desse subprojeto, os participantes serão os enfermeiros assistencialistas das UTIs, das unidades de clínica médica e centro cirúrgico do HGCA e para tanto deveram atender aos seguintes critérios de inclusão: ter um período de atuação no setor maior ou igual à 6 meses; exercer suas atividades assistenciais, na instituição, em turnos que possuam horário de visitas, exceto no centro cirúrgico manifestar concordância em participar do estudo e assinar o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (APENDICE C). As entrevistas só serão iniciadas após a aprovação do Protocolo pelo Comitê de Ética e Pesquisa da UEFS e obedecidas às orientações da Resolução 196/96 do Conselho Nacional de Saúde (BRASIL, 2009). A coleta de dados ocorrerá mediante entrevista semiestruturada com enfermeiros(as) a fim de atender aos objetivos propostos. Serão utilizados instrumentos de coleta que permitam investigar diferentes aspectos do objeto. O primeiro instrumento será constituido pelos dados sociodemográficos e questões abertas relacionadas a atuação nas respectivas unidades (APENDICE D). Para a avaliação das enfermeiras da clínica médica e centro cirúrgico serão utilizadas as questões norteadoras: Gostaria que você falasse sobre a experiência de conforto familiares e acompanhantes dos seus pacientes; Como você se relaciona com os familiares de pacientes em procedimento cirúrgico?; Como ocorre o cuidado com os familiares de pacientes internados na unidade? As entrevistas serão gravadas, após autorização dos enfermeiros (as), e posteriormente, transcritas na íntegra. Para a análise dos dados obtidos a partir das questões abertas serão organizados e analisados pela técnica de análise de conteúdo. O critério amostral será definido mediante saturação teórica dos dados em que os pesquisadores analisam os dados e observam que existe a repetição destes. A fim de tornar comparável o nível de conforto de familiares e a percepção dos (as) enfermeiras sobre o seu conforto, a avaliação das enfermeiras das UTIs, será utilizada a Escala de conforto para familiares de pessoas em unidade de terapia intensiva (ECONF) para avaliação do nível de conforto (ANEXOB). Para a revisão de literatura a fim de identificar as intervenções de enfermagem direcionadas às famílias em situação de hospitalização serão utilizados artigos científicos publicados em periódicos de circulação nacional e internacional, que tenham como objeto do estudo as práticas de cuidado de profissionais de saúde destinadas a familias em situação de hospitalização. Quanto aos aspectos éticos da pesquisa, após terem sido prestadas aos profissionais enfermeiros (as) todas as informações sobre a proposta, em uma linguagem clara, falando acerca do objetivo da pesquisa, deixando explícita a garantia do sigilo, do anonimato, a minimização de riscos físicos e a inexistência de ônus para as mesmas. Para evitar constrangimento, coação ou pressão, será estabelecido um tempo para leitura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) e tomada de decisões quanto à sua participação, ou não, no trabalho que estará sendo proposto (APÊNDICE C). Será ressaltada a manutenção do sigilo e do respeito ao ser humano, a fim de preservar a identidade dos participantes, não havendo qualquer associação entre os dados obtidos e o nome das participantes, às quais, portanto, serão atribuídos pseudônimos. Em relação aos riscos, ficará esclarecida a possibilidade de constrangimento frente a entrevista por essa abordar conforto na UTI, CC e clinica médica. Os participantes têm total liberdade para não responder às perguntas que lhe causem algum desconforto, ou mesmo, podem desistir de participar da pesquisa. SUBPROJETO 3: TECNOLOGIA DE GRUPO COMO ESTRATÉGIA PARA A PROMOÇÃO DO CONFORTO DE FAMÍLIAS Método: Proposta de extensão - Formação do Grupo de Apoio a Família (GAF) As etapas para a execução desta proposta de extensão serão descritas a seguir. Primeiro, será realizada a capacitação dos participantes do estudo para as questões referentes à família em situação de ameaça a vida de seus membros, os desconfortos vividos e as estratégias para a promoção do conforto, tecnologias de grupo como prática de cuidado as famílias. A qualificação e preparo dos participantes do projeto ocorrerá mediante encontros, seminários e oficinas para a discussão da temática a partir de filmes, textos e relatos de experiências. A etapa seguinte refere-se a apresentação da proposta para os familiares que frequentam a sala de espera das UTIs 1 e 2, a sala do centro cirúrgico do HGCA e os familiares de pacientes da clínica médica, a partir do qual será realizada a identificação dos familiares participantes do grupo e unidades a convite para participar do estudo, explicando-se os seus objetivos. Havendo concordância, será imediatamente agendado um encontro de acordo com a disponibilidade dos familiares. Os encontros consistirão na participação dos familiares em grupos denominados de suporte cujo objetivo serão promover o conforto através do apoio, acolhimento, favorecer a aquisição e /ou fortalecimento de estratégias de enfrentamento a fim de atender as necessidades de suporte emocional e social. O programa de atendimento terá como estratégia no primeiro momento a apresentação dos participantes do grupo, seguida de uma exposição acerca do significado da respectiva abordando aspectos referentes à estrutura física, equipamentos, a dinâmica de funcionamento, rotinas, como horários de visita, boletim médico, será abordado o papel de cada profissional das equipes de trabalho das respectivas unidades assim como a relação da família com os profissionais, a seguir será propiciado uma oficina no intuito de estimular o diálogo entre os familiares e a exposição das experiências por cada família , discutindo o papel do familiar, o cuidado recebido pela família e as necessidades de cuidado da família consigo mesma., e por fim haverá um momento para esclarecimento de dúvidas com os profissionais presentes, médico ou o enfermeiro. Durante os encontros será entregue um material impresso de caráter informativo e obtido elementos para a elaboração de um vídeo educativo sobre a ser utilizado no cuidado as famílias. A reunião deverá ocorrer na sala de espera da UTI ou do centro cirúrgico, antes do horário de visitas. O tempo para a realização das reuniões deverá ser em torno de 40 minutos e o número máximo de participantes será de 12 pessoas, podendo em caso de numero inferior ao estipulado participar mais de um familiar por paciente. Aspectos estes coerentes com a perspectiva de trabalho com grupos de suporte. Será um grupo de suporte do tipo aberto, destinado ao atendimento de familiares de pacientes internados nas UTI e em procedimento cirúrgico no centro cirúrgico, cujo objetivo será contribuir para a promoção do seu conforto durante a hospitalização do ente, nas referidas unidades do hospital, oferecendo-lhes informações esclarecedoras quanto ao tratamento, seu desfecho e suporte como cuidado de enfermagem. Todo o processo de criação e realização dos grupos será coordenado por duas professoras doutoras e mestres com experiência em pesquisas na área de conhecimento e experiência assistencial nas unidades envolvidas. O grupo será limitado a dez sessões de sessenta minutos cada, devendo ocorrer às segundas e quartas com todos os familiares/visitantes de pacientes que desejarem participar. Visando facilitar a participação das pessoas que costumam comparecer para as salas de espera será ouvida a opinião das famílias sobre o melhor horário para as reuniões.
Utilizar a estratégia de tecnologias de grupo como prática de cuidado para a promoção do conforto de famílias de pessoas em estado crítico de saúde que vivenciam o processo de doença e hospitalização.
• Estimular a formação profissional qualificada para a avaliação e promoção do conforto de famílias de pessoas hospitalizadas em Unidades de Internação, Terapia Intensiva e Unidades de centro cirúrgico, mediante realização de seminários e oficinas. • Fomentar a produção do conhecimento relacionado à promoção do conforto a famílias de pessoas hospitalizadas em Unidades de Internação, Terapia Intensiva e Unidades de centro cirúrgico.
A doença aguda significa uma ameaça à integridade pessoal e familiar, a hospitalização do parente, principalmente, quando inesperada, é vista como um evento estressante para a família (BOUSSO; ANGELO, 2001). Viver esse evento pode produzir situações de desconforto, desorganização, desamparado, medo e dificuldade para enfrentar a experiência. A atenção dos familiares, nesse momento, fica centrada na condição de ameaça à vida de seu parente, na evolução do seu estado de saúde, e pode implicar ações que produzem desconforto, como não se alimentar, não descansar, menosprezar os próprios problemas de saúde e verbalizar suas angústias e medos (HORN; TESH, 2000). Considerando-se a escassez de trabalhos que abordem essa temática na perspectiva da família, o conforto da família como meta do cuidado de enfermagem, a família que precisa ser vista como sujeito a partir de um olhar integral e a convicção de que as respostas positivas do indivíduo internado ao tratamento podem decorrer da afetividade estabelecida com a sua rede social, torna-se indispensável a investigação desse fenômeno através da elaboração de estratégias para a promoção do conforto das famílias. Assim, o objeto da investigação é a experiência de conforto e desconforto vivida pelas famílias de pacientes internados nas unidades de Clínica Médica, Centro Cirúrgico e de UTI do Hospital Geral Clériston Andrade em Feira de Santana – Ba em relação com as práticas de cuidado da equipe de enfermagem e de saúde. A proposta de extensão visa desenvolver práticas de cuidado junto às famílias em situação de hospitalização envolvendo-as em grupos de suporte, possibilitando a participação em um espaço de escuta ativa e de reconhecimento de suas demandas para o atendimento de suas necessidades e, alcance do seu conforto. Busca, ainda, consolidar parcerias entre as instituições de ensino superior UEFS/UFBA e serviço hospitalar HGCA na perspectiva de impulsionar projetos interinstitucionais de pesquisa e extensão enfocando o conforto da família em situação de hospitalização, cujos resultados divulguem a produção técnica e científica e subsidiem políticas e ações destinadas a inclusão da família em situação de hospitalização como sujeito a ser cuidado e confortado. Trata-se de uma proposta cuja execução ocorrerá mediante parceria, contando-se com o apoio da equipe de psicologia do HGCA, que após tomar ciência do projeto disponibilizou profissional para atuar no planejamento e implementação dos grupos de suporte. O interesse pela realização deste de projeto de pesquisa e de extensão surgiu mediante a realização de estudos por Freitas (2007). O primeiro analisou as necessidades dos familiares nas diferentes modalidades de instituição verificando que as necessidades de segurança, informação e proximidade eram consideradas como importantíssimas por eles, no entanto nem sempre havia relato de satisfação no atendimento dessas. O segundo investigou o nível de conforto de famílias de pacientes internados na Unidade de Terapia Intensiva Adulto do HGCA (FREITAS; MUSSI; MENEZES, 2012a) a fim de construir uma ferramenta que permitisse a avaliação dos confortos e desconfortos vividos por familiares na situação de hospitalização de um (FREITAS, 2012). Os resultados mostraram que a maioria dos itens foi considerada de médio e baixo conforto. Entre estes, estava “ser permitido um maior numero de visitantes quando necessário”, “ser informado sobre o motivo de atraso da visita quando ocorrer”, “receber informações sobre o seu parente em qualquer horário”, “receber uma palavra de apoio da equipe durante a internação na UTI”, “perceber que os profissionais da UTI compreendem a situação que você esta passando”, “receber informações sobre o funcionamento da UTI”. Entende-se que as questões levantadas pelos familiares requerem práticas de cuidado, ou seja, medidas de conforto, para a sua promoção. Enfatiza-se que o projeto visa fortalecer a política de humanização do Ministério da Saúde para familiares de pessoas em situação de doença no HGCA. Ressalta-se que a instituição é referência para a região metropolitana, atendendo a um expressivo número de pessoas em estado crítico de saúde e é um dos campos de prática dos componentes curriculares Enfermagem na Saúde do Adulto e Idoso II e III do Curso de Graduação em Enfermagem da Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS), tendo como cenários de aprendizagem o centro cirúrgico, as unidades de clínica médica e a unidade de terapia intensiva. O projeto de extensão caracteriza-se, portanto como uma estratégia para o fortalecimento da integração ensino-serviço, mediante articulação interinstitucional, podendo colaborar com a prática clínica dos trabalhadores da saúde dos cenários envolvidos, no que se refere ao cuidado das famílias. Esta proposta é relevante, pois oportunizará as famílias expressarem suas demandas de cuidados e fontes de conforto, fragilidades e vulnerabilidades sentidas e vivenciadas no ambiente hospitalar; aos profissionais da saúde, conhecerem e se sensibilizarem com a experiência da família, através da escuta terapêutica e assim experimentar outras práticas de cuidado; aos discentes a possibilidade de articular conhecimento teórico-prático, exercitando a valorização do cuidado a família, no ambiente hospitalar.

Histórico de movimentação
16-04-2023 13:03:44

Criação da proposta

16-04-2023 22:57:42

Parecer da Câmara de Extensão

PROJETO APROVADO
16-04-2023 22:52:10

Em Análise

Proposta enviada para análise da Câmara de Extensão
16-04-2023 22:57:42

Aprovado

PROJETO APROVADO
16-04-2023 22:58:06

Ativo

Habilitado para pedido de BOLSA EXTENSÃO
v1.4.12
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