Socialização Do Sensoriamento Remoto Por Meio Do Atlas Ambiental De Feira De Santana #78

Coordenador:
Joselisa Maria Chaves
Data Cadastro:
16-04-2023 18:33:23
Vice Coordenador:
-
Modalidade:
Presencial
Cadastrante:
Joselisa Maria Chaves
Tipo de Atividade:
Projeto
Pró-Reitoria:
PROEX
Período de Realização:
02/05/2011 - 02/05/2025
Interinstitucional:
Não
Unidade(s):
Departamento de Ciências Exatas,

Resolução Consepe 109/2011
Processo SEI Bahia 0000000000000
Situação Ativo
Equipe 7

Este projeto se insere no conjunto de ações que vem sendo realizadas pelo grupo de Pesquisa sobre Ensino de Geociências, da Área de Geociências (DEXA), que ao longo dos últimos tempos vêm atuando em eEscolas de Feira de Santana, com temas sobre Geociências, Pedologia, Sensoriamento Remoto, e tem percebido a necessidade de atuar não apenas como pesquisa, mas desenvolver projeto de extensão contribuindo para socialização do conhecimento. Uma das áreas que tem sido colocada em evidência é das Geotecnologias, onde se observa que há certo desconhecimento por parte das Escolas. Nesse sentido foram propostas nas últimas Semanas de Ciência e Tecnologias, desde 2008, ações que permitiram um maior acesso dos professores e estudantes com essa temática. Essa proposta visa agora dar outro olhar para as Geotecnologias no município de Feira de Santana, quando propõe a socialização do Sensoriamento Remoto a partir da elaboração e difusão de materiais sobre temática ambiental de Feira de Santana e outros municípios. Onde se espera além do desenvolvimento de material didático, um compartilhamento de conhecimento. O projeto teve início com três escolas de Feira de Santana, como escolas Pilotos e depois a ampliação dessa ação junto a outras escolas no município, a saber, Colégio Modelo Luís Eduardo Magalhães. Colégio Militar Diva Portela e Colégio Gênesis. Essas escolas foram parceiras em algumas ações anteriormente realizadas junto ao projeto de pesquisa Ensino de Geociências, e se consentiram em participar dessa proposta. Na atualidade o projeto vem tomando novas ações, levando em conta as geotecnologias e solos, buscando também a curricularização da extensão nos cursos de Agronomia, Biologia e Geografia. Com esse projeto de extensão, espera-se contribuir para uma ampliação do conhecimento de uma área com grande potencial, além de possibilitar um retorno social de conhecimentos que são formulados na UEFS. Uma importante parceria que está em curso é com o ISAS, a partir da parceria com o PPGM. Outro dado atual é o envolvimento na pesquisa com abordagem do MAPBIOMAS e Agenda 2030.
As atividades de estudo do meio, ou também denominadas trabalhos de campo são consideradas práticas importantes no ensino de Geografia e demais ciências. Em sua metodologia engloba o conhecimento do local de vivência dos alunos sendo mostrados a eles como sua vida cotidiana pode ser explicada pelo conhecimento das disciplinas escolares. Os estudos do meio são o rompimento das chamadas práticas tradicionais no ensino, pois de um lado tem-se a extrapolação da sala de aula como ambiente único onde pode ser desenvolvido o processo de ensino aprendizagem e, por outro, necessitam de que os conhecimentos das diversas disciplinas sejam integrados de forma a confeccionar um aprendizado holístico, devendo dessa forma os estudos do meio ser envolvidos com professores de todas as disciplinas. Tamanha é importância dos estudos do meio para a Geografia Escolar, que seu uso se torna variado, de modo que, não há uma receita ou uma metodologia específica para aplicá-la. Entretanto existem práticas que são alvo de críticas, pois fazem do estudo do meio uma mera atividade de confirmação do conhecimento passado na sala de aula impendido os alunos de realizarem suas próprias reflexões. Essas atividades possuem caráter de promover aos alunos a confirmação daquilo que foi visto em sala de aula. A esse tipo de estudos do meio, Compiani e Carneiro (1993) classificam como atividades de campo ilustrativas, sendo os tipos mais tradicionais de estudos do meio. Os objetivos de um estudo do meio perpassam ao estímulo do conhecimento do mundo. O mundo não é estanque, portanto não pode ser ensinado como tal. A formação do cidadão deve passar por esforço de proporcionar formação crítica dos alunos no momento em que estão no campo, pois nele os alunos podem treinar suas capacidades de observar o mundo (espaço) questionando todos os objetos que lhe causem inquietações de saber o que são e por que existem. As atividades relacionadas ao estudo meio estão, muitas vezes, ligadas à disciplina geografia, entretanto, nela se podem realizar atividades interdisciplinares convergindo os conhecimentos das demais disciplinas escolares no sentido de promover a percepção do aluno à realidade socioambiental que compete conhecimentos da geografia, da história, da física, da química, da biologia. No contato com o mundo real o aluno passa a uma relação dialética com o objeto de estudo da aula de campo no qual, em interação com o meio torna-se transformado na medida em que adquiri habilidades e competências que são objetivos do professor. Nesse sentido, o aluno percebe sua relação com o mundo e sua capacidade de transformar-se, transformando também o mundo. As geotecnologias proporcionam diferencial no processo de ensino-aprendizagem em sala de aula. Isso por que são tecnologias que visam a obtenção de dados mais acurados sobre a superfície terrestre para a análise espacial. Santos (2006) afirma que os avanços na tecnologia espacial proporcionaram ao homem conhecimento mais extenso de todos os lugares do planeta. Imagens de satélites e fotografias aéreas, por exemplo, permitem que as transformações espaciais sejam estudas com mais profundidade a partir do uso de imagens de diferentes períodos nas quais os processos podem ser observados. Contudo, as geotecnologias para serem inseridas qualitativamente n ensino escolar precisam ser contempladas com atividades de estudos do meio nas quais os alunos percebam a função dessa ferramenta para o conhecimento de seu espaço vivido e para sua prática cidadã como agente que intervêm no espaço. O ensino na atualidade, a partir da publicação dos Parâmetros Curriculares Nacionais propõe que os conteúdos apresentados estejam contextualizados com a realidade do aluno. Em se tratando da Geografia o Lugar emerge como categoria para análise do espaço e, desse modo, a elaboração de materiais didáticos específicos voltados para determinadas regiões vem ganhando força (MIRANDA, 2003). No Brasil existem diversos trabalhos acadêmicos que culminaram na elaboração de Atlas Ambientais municipais: o exemplo tem-se o Atlas Municipal Escolar: Geográfico, Histórico, Ambiental de Rio Claro (SP) e o Atlas Escolar, Histórico, Geográfico e Ambiental de Ribeirão Preto-SP.
A metodologia proposta compõe das seguintes etapas: a) Revisão bibliográfica: visando atualizar/planejamento/analisar/ redirecionar , caso seja preciso à metodologia adotada, sempre com o intuito de aperfeiçoar a proposta de extensão, relacionando com a pesquisa já existente nessa temática, buscando obter melhores resultados. Essa revisão será feita ao longo de todo o projeto; b) Diagnóstica, onde se espera obter um quadro mais realístico sobre o ensino das Geociências, para tanto serão utilizados questionários direcionados aos diferentes públicos, sejam escolas pilotos, professores e discentes universitários, comunidade em geral, buscando ter um quadro sobre o tema a ser abordado; c) Analítica: nessa etapa será realizadas atividades específica, levando em conta os diálogos feitos com as escolas, universidade ou comunidade atendida pelo projeto. A ideia é obtenção de recursos didáticos a ser utilizado em diferentes ambientes, com o intuito da difusão dos conteúdos de Geociências e das Geotecnologias; d) Propositiva: os recursos acadêmicos elaborados e difundidos, a partir da concepção dos autores dessa proposta, levará em conta as diferentes instituições envolvidas; e, e) Divulgação dos Resultados: essa etapa consistirá de confecção de relatórios e artigos para serem apresentados em eventos científicos e periódicos extensionistas.
Elaborar material didático digital sobre o município de Feira de Santana e auxiliar os professores das escolas públicas a utilizá-lo como apoio para atividades de estudos do meio.
1. Contribuir para o conhecimento local de estudantes e professores; 2. Possibilitar o acesso às novas tecnologias de informação e às inovações dos estudos sócio-ambientais (geotecnologias) nas Escolas, compartilhando conhecimentos; 3. Formular ações de curricularização da Extensão nos cursos de Agronomia, Biologia e Geografia.
As geotecnologias vêm contribuindo significativamente ao estudo por diversas ciências dos problemas socioambientais que vem ocorrendo nos últimos anos. Esses estudos possuem caráter tanto para prevenção dos problemas, tanto para a tomada de decisão para a correção dos danos já causados ao ambiente e à sociedade. Na atualidade, diversas ciências utilizam-se das geotecnologias como ferramenta para obtenção de dados em seus estudos. As Ciências Biológicas, as Ciências da Terra e as Ciências Sociais tiveram contribuições importantes, pois, as geotecnologias tornaram seus dados mais acurados refletindo consequentemente na melhoria da interpretação desses dados. Na Geografia essas mudanças também são perceptíveis uma vez que as geotecnologias georeferenciam os fenômenos, ou seja, os delimitam de modo preciso no espaço e essa ciência se preocupa com a espacialidade dos fenômenos que ocorrem na relação sociedade natureza. Na esfera educacional vem sendo discutidos os problemas do ensino descontextualizado com o cotidiano do aluno. A escola apresenta aos alunos conteúdos compartimentalizados no qual não percebem as conexões que esses devem possuir para que obtenham um conhecimento crítico da realidade na qual estão inseridos. Nesse sentido, diversos autores (Compiani e Carneiro, 1993; Compiani, 2003; Callai, 2004, 2005) vem se dedicando em apresentar reflexões e propostas de atividades voltadas para a realidade próxima dos alunos através dos estudos do meio. Essas atividades estão direcionadas para a compreensão dos conteúdos a partir de uma realidade que não é estanque e compartimentalizada e oferece aos educando a possibilidade de atribuir sentido ao conhecimento obtido por meio da educação formal. Dessa forma, os estudos do meio devem possuir um caráter revelador para o aluno, no sentido de despertar o interesse pelos conteúdos contemplados pelas atividades, percebendo-os como inseridos dentro de sua realidade cotidiana. Assim, os temas da Geografia e de outras disciplinas ganham significado, pois passam a fazer parte da vida do aluno e tornam-se, a partir dessa visão, necessários para que eles conduzam suas vidas. O objetivo principal do professor ao inserir as atividades de estudo do meio é a de possibilitar aos alunos a capacidade de analisar o mundo, capacidade essa que é inerente ao ser humano já que ele a apreende antes mesmo de aprender a ler as palavras (Callai e Calai, 1994). Em sua relevância social, esse projeto permitirá que, partir da elaboração do Atlas Ambiental de Feira de Santana, sua distribuição nas escolas públicas do município e as atividades de auxilio aos professores para o uso do material, poderá contribuir para que as práticas de atividades do estudo do meio e o conhecimento sobre o local ganhe maior espaço nos conteúdos escolares. A prática da cidadania na qual se deve pautar a educação para a emancipação do indivíduo está na aquisição de conhecimento sobre seu lugar de vivência para que o mesmo possa intervir nas decisões locais se tornando, então, o indivíduo ativo na sociedade. Nesse sentido o conhecimento das tecnologias atuais para a análise espacial também possui grande valia.

Histórico de movimentação
16-04-2023 18:33:23

Criação da proposta

16-04-2023 21:14:11

Parecer da Câmara de Extensão

PROJETO APROVADO
16-04-2023 21:07:07

Em Análise

Proposta enviada para análise da Câmara de Extensão
16-04-2023 21:13:01

Aprovado

PROJETO APROVADO
16-04-2023 21:13:28

Ativo

Habilitado para Pedido de Bolsa
16-04-2023 21:14:03

Ativo

Habilitado para pedido de bolsa extensão
16-04-2023 21:14:11

Aprovado

PROJETO APROVADO
16-04-2023 21:34:38

Ativo

Habilitado para pedir bolsa extensão
v1.4.13
SISTEX - Desenvolvido pela Assessoria Especial de Informática - AEI e Sustentado pelo Escritório de Projetos e Processos - EPP