Sob As Estrelas Das Efas E Da Chapada Diamantina: Uma Astronomia Popular #91
- Coordenador:
- Rainer Karl Madejsky
- Data Cadastro:
- 18-05-2023 15:15:30
- Vice Coordenador:
- Milton Souza Ribeiro
- Modalidade:
- Presencial
- Cadastrante:
- Milton Souza Ribeiro
- Tipo de Atividade:
- Projeto
- Pró-Reitoria:
- PROEX
- Período de Realização:
- Indeterminado
- Interinstitucional:
- Não
- Unidade(s):
- Departamento de Física,
Resolução Consepe
24/2010
Processo SEI Bahia
00000000000000000
Situação
Ativo
Equipe
7
A Chapada Diamantina bem como outras regiões do Estado da Bahia apresentam grande necessidade de desenvolvimento social e econômico. Essa necessidade se configura, em geral, no que tange a Chapada Diamantina, pela carência infra-estrutural apresentada pelas cidades situadas na região, como pôde ser comprovada em várias ações desenvolvidas no Campus Avançado da UEFS localizado na cidade de Lençóis e em relação às Escolas Famílias Agrícolas (EFAs) situadas em várias outras regiões do Estado da Bahia, pelo pouco reconhecimento por parte dos órgãos públicos, frente ao potencial da Pedagogia da Alternância, o que leva a uma educação do campo ainda não plenamente aceita no país. Com o objetivo de contribuir nos esforços para diminuir essa situação, a UEFS tem desenvolvido várias ações extensionistas e de pesquisa no seu Campus Avançado e nas EFAs. O presente projeto de popularização da Astronomia visa apresentar e discutir temas de Astronomia que possibilitem uma atitude cidadã-camponesa maior das comunidades da Chapada Diamantina e das EFAs. O presente projeto "Sob as estrelas das EFAs e da Chapada Diamantina: uma Astronomia para todos" tem o objetivo de levar o conhecimento da Astronomia para o interior do Estado da Bahia, tanto para a zona rural quanto urbana, apresentando os fenômenos astronômicos através de suas relações com o cotidiano, utilizando uma linguagem apropriada à popularização das Ciências. Entre outras atividades serão apresentadas palestras de divulgação, exposição de fenômenos astronômicos para a comunidade em geral e serão realizadas visitas às EFAs e visitas às escolas de alguns dos municípios da Chapada Diamantina. Além disso, para demonstrar o fascínio dos astros, utilizaremos o recurso da observação astronômica para complementar o estudo de fenômenos astronômicos apresentados nas palestras e visitas às escolas, o que permitirá à comunidade respectiva perceber a sua localização no universo além do que contemplar a beleza de seus céus. As observações astronômicas serão feitas com pequenos telescópios os quais serão emprestados até o final do prazo deste projeto para possibilitar aos interessados a continuidade dos estudos apresentados pela equipe, bem como a criação de ambientes de apoio à educação informal (da comunidade) voltada para a popularização da Astronomia. O presente projeto tem o objetivo de levar o conhecimento da Astronomia para o interior do Estado da Bahia, tanto para a zona rural quanto urbana, apresentando os fenômenos astronômicos através de suas relações com o cotidiano, utilizando uma linguagem apropriada à popularização das Ciências. Entre outras atividades serão apresentadas palestras de divulgação, exposições de fenômenos astronômicos para a comunidade em geral e serão realizadas visitas às EFAs e visitas às escolas de municípios da Chapada Diamantina.
Nesse projeto lidaremos basicamente com o processo educacional. Sendo assim, assumiremos alguns pressupostos teóricos que embasarão a sua consecução. Inicialmente consideraremos a educação como um fenômeno social, na medida em que ela prepara no íntimo dos seres as condições essenciais de sua vivência na sociedade (Pereira e Foracchi 1987). Nesse aspecto, seguiremos Paulo Freire no que tange à relação entre educação e comunicação, quando o mesmo assume que comunicação é a co-participação dos sujeitos no ato de pensar. Ou seja, a educação é comunicação, é diálogo, na medida em que não é a transferência de saber, mas um encontro de sujeitos interlocutores que buscam a significação dos significados (Freire 1983). Assim, para o processo de ensino-aprendizagem, nos ancoraremos nas pedagogias relacional e de ação cultural, bem como na pedagogia da alternância. Por educação relacional-construtivista entendemos aquela (Mizukami 1986) que é considerada como um processo de socialização no sentido de se criar condições de cooperação. Por educação cultural-dialógica ou emancipatória entendemos aquela (Faria 1987, Lima 1981, Mizukami 1986) que é considerada como um ato político e como um produto histórico no sentido de criar condições de libertação. Por fim, em consonância com esta discussão, a Pedagogia da Alternância (PA) (proposta teórico metodológica das escolas famílias agrícolas), em sua base epistemológica pressupõe a inter-relação sujeito/mundo como proposta sine qua non para o processo de construção do conhecimento, fundamentada em estudos de Celestin Freinet, Paulo Freire, Vygostky, Jean Claude Gimonet. A PA está pautada em princípios educacionais que buscam o processo de transformação da sociedade e encontra na educação vias de intervenção para tal, a PA defende uma educação voltada para a construção de uma postura autônoma, onde a relação educação, trabalho e construção do conhecimento estão vinculadas e tornam-se pressupostos para a superação das desigualdades e dos desnivelamentos sócio-educacionais.
Como parte integrante do projeto institucional “Rede de Escolas Famílias Agrícolas Integradas do Semi-Árido: prática pedagógica, contextos e possibilidades de uma educação socioambiental do campo” (resolução CONSEPE 181/2008), o presente projeto se insere no sentido de popularizar a Astronomia na zona rural, especificamente no campo. O projeto visitará as EFAs para, in loco, difundir os conceitos da astronomia para a comunidade do campo respectiva, via seminários, palestras, oficinas e observações astronômicas. Como parte integrante do projeto institucional “As Ciências Físicas e a Chapada Diamantina” (resolução CONSEPE 143/2007), o presente projeto se insere no sentido de popularizar a Astronomia na zona rural e urbana de municípios localizados na Chapada Diamantina. As atividades a serem desenvolvidas serão: ciclo de palestras com o objetivo de difundir no seio da comunidade assuntos e conteúdos relacionados com a Astronomia, visitas às escolas do ensino básico com exposições sobre astronomia, onde será utilizada uma linguagem científica apropriada à estrutura cognitiva dos estudantes, para propiciar uma ação construtivista. Para o desenvolvimento da metodologia serão utilizados, também, estudantes do Curso de Licenciatura e Bacharelado em Física da UEFS, o que possibilitará uma vivência de tais discentes em atividades de extensão, bem como de ensino, permitindo, dessa forma, uma preparação para a futura atuação profissional.
Levar o conhecimento da Astronomia, associado às Teorias e Leis Gerais da Física, para o interior do estado da Bahia tanto para a zona rural quanto urbana, a zona rural constituída pelas Escolas Famílias Agrícolas (EFAs) e a zona urbana constituída pelos municípios da Chapada Diamantina.
desenvolver várias ações extensionistas de popularização da astronomia, nomeadamente: palestras de divulgação, exposição de fenômenos astronômicos para a comunidade em geral, semanas temáticas, visitas às escolas do ensino fundamental e médio e às EFAs, observações astronômicas para propiciar tanto a educação formal, não-formal como a informal.
A Ciência é uma atividade muito discutida na sociedade contemporânea. Particularmente, no Brasil, as questões a ela atinentes são muito debatidas, especificamente em relação à Astronomia. Não sem razão, essas questões estão sempre relacionadas à política econômica. A economia mundial tem apresentado inúmeros desafios nas últimas décadas e essas questões são recorrentes, não só nos meios governamentais e de comunicação, mas nos meios acadêmicos. A globalização que permite a disputa de qualquer mercado e traz como conseqüências o convívio com setores concorrentes bem desenvolvidos e que faz com que as políticas educacionais de países periféricos sejam fortemente influenciadas por movimentos e reformas de países desenvolvidos; a escassez das reservas de energia não renováveis e as conseqüências na matriz energética mundial; a incerteza com o comportamento das economias denominadas emergentes, bem como o alto índice de desemprego; e o conhecimento alicerçado em sólidas bases de Ciência e Tecnologia (C&T) e Pesquisa e Desenvolvimento (P&D), podem ser destacadas como exemplos. O enfrentamento desses desafios pressupõe várias atitudes, não só do ponto de vista de uma política nacional, mas, também, do ponto de vista regional. Os bens produzidos devem ter alta competitividade; o estudo de outras fontes de energia deve ser altamente estimulado; a formação de recursos humanos deve ser ampliada, aperfeiçoada e diversificada; o incremento aos investimentos em C&T e P&D deve ser considerado em todas as áreas do conhecimento humano; e a questão ambiental deve ser respeitada de maneira irretorquível. Na base dessa política está assentada a necessidade de redução dos desequilíbrios regionais, principalmente aqueles ligados á Ciência e Tecnologia. Uma sentença que torna-se mais contundente quando as políticas estaduais na área da educação superior não acenam para discussões substantivas sobre a função social e os problemas de cada unidade do sistema acadêmico, como é o caso, especificamente do Estado da Bahia, notadamente em Governos anteriores. Sendo uma atividade de extensão, e com o intuito de estabelecermos o seu marco teórico, vamos tecer alguns comentários sobre a concepção da extensão universitária, relacionada com a Astronomia, com o fito de enquadrarmos o projeto em apreço na ação extensionista respectiva. De acordo com o Projeto do Departamento de Física, entende-se que a extensão em Física é o conjunto de atos praticados pelo Departamento de Física no sentido de integrar-se à sociedade, atendendo as finalidades básicas do compromisso político-social e da prática acadêmica. A primeira, referindo-se à obrigação da Universidade reverter seus benefícios em favor da maioria da população, sem perda da pluralidade, que é essencial à prática universitária, e sem confundir definição filosófico-política com postura político-partidária; a segunda, referindo-se à extensão como o elemento articulador do ensino e da pesquisa com a sociedade, outorgando à Universidade uma função transformadora do meio social. A Extensão, portanto, é uma via de mão dupla, com trânsito assegurado à comunidade acadêmica que encontrará, na sociedade, a oportunidade da elaboração da práxis de um Conhecimento acadêmico; no retorno à Universidade, docentes e discentes trarão um aprendizado que, submetido à reflexão teórica, será acrescido àquele Conhecimento. Dessa forma, as áreas de extensão do Departamento de Física, também, são coincidentes com os próprios Sub-Domínios da Física. Os atos extensionistas praticados pelo Departamento de Física, dentre outros, são: Difusão Científica; Ação Cultural; Trabalhos Técnicos/Científicos apresentados pelo Departamento de Física à comunidade em geral, seja ela interna ou externa à Universidade.
Histórico de movimentação
18-05-2023 15:15:30
Criação da proposta
24-05-2023 11:10:21
Parecer da Câmara de Extensão
Aprovado
18-05-2023 15:47:06
Em Análise
Proposta enviada para análise da Câmara de Extensão
24-05-2023 11:10:21
Aprovado
Aprovado
24-05-2023 11:10:39
Ativo
Habilitado