CINEMA: SUBJETIVIDADE, CULTURA E PODER #98

Coordenador:
Maria Aparecida Prazeres Sanches
Data Cadastro:
01-06-2023 11:59:10
Vice Coordenador:
-
Modalidade:
Híbrido
Cadastrante:
Maria Aparecida Prazeres Sanches
Tipo de Atividade:
Projeto
Pró-Reitoria:
PROEX
Período de Realização:
01/06/2023 - 31/12/2024
Interinstitucional:
Sim (UESC)
Unidade(s):
Área de Psicologia,

Resolução Consepe 113/2011
Processo SEI Bahia 00000000000000000
Situação Ativo
Equipe 5

Este estudo objetiva investigar a relação entre o cinema e os processos de subjetivação com ênfase nas formas contemporâneas de sofrimento psíquico, numa perspectiva social. Nosso foco recai sobre as formas atuais de agenciamento coletivo produzidos pela lógica do consumo através de uma cultura massificada e as possibilidades de produção de novos modos de ser, denominadas de subjetividades emergentes a partir de uma relação crítica com a cultura, especialmente com a produção cinematográfica contemporânea. Os operadores conceituais utilizados são advindos da Psicossociologia, Psicanálise, Estudos Culturais e Teorias do Cinema. As atividades se desenvolvem a partir de uma sala de leitura, aberta a estudantes, professores e funcionários da UEFS. Os resultados esperados são a identificação pelos sujeitos dos processos de submissão das subjetividades produzidos pela cultura massificada, a percepção da possibilidade de produção de novos modos de ser e de práticas sociais de enfrentamento do sofrimento psíquico. Também contribuir para discussão dos temas contemporâneos nas disciplinas da Área de Psicologia do DCHF. Os benefícios sociais são fortalecimento da cidadania e reflexão contra o assujeitamento subjetivo e a descoberta e invenção de formas de enfrentamento do sofrimento psíquico na contemporaneidade. Os produtos previstos incluem um DVD com a produção experimental do grupo, artigo científico, seminário audiovisual e o fomento à formação de um cineclube itinerante aberto à comunidade.
1. O cinema e o audiovisual Entre as formas de subjetivação predominantes na cultura contemporânea, o cinema assume um contorno de adesão expressiva, passando a integrar as práticas sociais de produção subjetiva, e alcança no final do século uma popularidade amplamente abordada pelos discursos da cultura: Dos anos 80 pra cá, não há como não constatar um (...) prestígio do campo imagético em particular, com um relevo bastante peculiar do cinema (...) (que) passou a ser solicitado como referência de tudo quanto é assunto cultural. É assim que, da literatura à psicanálise, da antropologia à sociologia e à história uma efervescência conectiva com o cinema vem se instalar no cerne dos discursos contemporâneos. (TEIXEIRA in BARTUCCI, 2000, p.73) A análise feita por Deleuze do cinema, citada por Teixeira nos dá notícia de mudanças no fazer cinematográfico que instaura a câmera como olho do espírito, ao assumir funções proposicionais. A produção de sentido assume importância como mudança que interpela a cultura e afeta todo campo imagético em sua consistência. De referentes restritos à produção do cinema, da televisão e da fotografia, as pesquisas se referem à imagem de modo mais geral, por abrir espaço ao vídeo e a outras formas de captura e trabalho com material audiovisual. (TEIXEIRA apud BARTUCCI, 2000, p.88-89) 2. Subjetividade, cultura e poder A produção de subjetividade na sociedade contemporânea está profundamente vinculada à veiculação de imagens, à exposição do vivido, conforme análises feitas por Guy Débor em seu livro A Sociedade do Espetáculo, e retomadas por Maria Rita Kehl em seus efeitos de produção subjetiva. (BUCCI; KEHL, 2004) O imaginário transita entre os referentes culturais e os sentidos e significados postos em circulação por uma lógica imperativa de consumo. Analisando a constituição do sujeito, seu mundo subjetivo, suas identidades e a relação que estabelecia com o mundo na modernidade eram vistas como unificadas a partir de referenciais estáveis que o ancoravam no mundo social. Seguindo a abordagem dos Estudos Culturais, Stuart Hall descreve a situação atual a partir da pluralidade de centros de poder, a diferença como marca de divisões e antagonismos sociais que produzem diferentes posições de sujeito na contemporaneidade.(HALL, 2006) A compreensão de Althusser do pensamento de Marx de que o homem não possui uma essência fixa e individual, mas se constitui a partir de um processo que envolve aspectos éticos, políticos, históricos, econômicos e filosóficos marca, para Hall, a primeira de cinco rupturas com um referente fixo e estável para o processo de subjetivação. Esta primeira ruptura opera a recolocação do indivíduo, antes isolado numa essência pré-existente, em seu contexto sócio-histórico. Os deslocamentos, descentramentos e fragmentações, referidos pelos estudiosos a partir do final do século XX em decorrência das transformações sociais e culturais - fruto do processo de globalização, do desenvolvimento tecnológico que afeta as comunicações, os modos de produção e os transportes, das transformações na relação espaço temporal, que implicam em mudanças culturais, de classe, gênero, sexualidade, etnia, raça e nacionalidade - estabelecem a incerteza e a multiplicidade como referência, tornando complexa e muitas vezes cheia de aspectos contraditórios os processos de subjetivação que assumem um caráter transitório, e que são continuamente deslocados. Examinemos outras duas dessas proposições que estão relacionadas respectivamente a: 2. sua posição de sujeito dividido entre a razão e o inconsciente e 3. a relação que estabelece com a cultura em que se encontra inserido. Para HALL, a segunda ruptura se dá a partir dos trabalhos de Freud, em que o conceito de inconsciente remove o sujeito da razão cartesiana do centro de controle sobre os pensamentos, sentimentos e ações. A sexualidade e os desejos inconscientes considerados na colisão de forças que imperam sobre o mundo subjetivo. Em Lacan, essa concepção encontra desenvolvimento apontando a divisão estrutural do sujeito desde sua constituição, entre os diversos fatores que o impulsionam na direção de seu desejo e o que se constitui em limite à satisfação pulsional a partir da imagem do Outro, construída para reunir os referentes sociais que balizam a relação do eu com o mundo. (LACAN, 2008). Em Freud e Lacan temos identificações que amarradas e arranjadas constituem um contorno psíquico, não mais falamos em identidades. A terceira ruptura, trazida pelo lingüista Saussure, nos informa de que não somos livres em nossa expressão, mas sempre condicionados pelas redes de significados existentes na língua e nos sistemas culturais, que não são fixos, mas sujeitos a transformações constantes. (HALL, 2006) Este sujeito situado social e historicamente, que se reconhece dividido entre os ditames dos processos civilizatórios e os de seu desejo inconsciente, e que opera dentro de um sistema de significações instituídas, que acontece em todos os níveis da produção e do consumo e que se configura em sua maior parte, como submissão subjetiva inconsciente.(GUATTARI; ROLNIK, 1986) A descrição feita por Guattari desse processo, que ele denomina de agenciamento subjetivo situa uma operação hegemônica produzida pela lógica de mercado capitalista, que invade e permeia o imaginário, os sonhos, a sensibilidade, as relações, os modos de produção, em suma, os modos de viver. Contrapondo-se a isso, ele propõe a idéia de que seria possível desenvolver formas de subjetivação próprias e originais, que ele denomina processos de singularização, envolvendo de modo criativo o processo de subjetivação, em que o desejo do sujeito esteja implicado produzindo transformações no mundo. Para isso, desenvolve uma crítica ao conceito de cultura que fundamenta a produção de subjetividades nas sociedades contemporâneas, para defender a cultura como possibilidade de agenciar outros modos de produção semiótica que permitam criações com implicações micropolíticas e macropolíticas, saindo do contexto fechado de bem de consumo produzido por especialistas, para produção de processos de singularização cultural, produção e expressão semiótica. (GUATTARI; ROLNIK,1986)
Baseado em alguns elementos da pesquisa-ação (BARBIER, 2002), e partindo de uma demanda surgida em sala de aula, durante as atividades de cine debate nas disciplinas de psicologia, formar um grupo de estudos, com foco em Cinema: Subjetividade, Cultura e Poder. Estudantes, funcionários e professores, com seus projetos próprios em elaboração, se propõem a investigar as bases teóricas da relação entre cinema e produção subjetiva, analisando filmes, realizando experimentações audiovisuais e propondo articulações com pesquisa, ensino e ações extensivas à comunidade. O grupo se constitui como grupo-sujeito, que assume integralmente todos os momentos do projeto de forma coletiva e negociada, com vistas a produzir mudanças em sua visão de mundo e na relação com a cultura e com a produção subjetiva na contemporaneidade. Todos os momentos, como escolha e discussão dos textos, filmes e produções serão coletivamente organizados e elaborados, sem perder a dimensão das diferenças individuais, preservando o espaço para a criação e crítica ao longo de todo o processo. Estruturado como grupo de estudos e discussões, com funcionamento semanal com 2h/a, no horário da quarta-feira às 17:30 na sala do NUC/ Anexo do Módulo 7, estimado em até 20 participantes, podendo ser aproveitado como atividade complementar pelos estudantes, a critério dos respectivos colegiados, com carga horária total de 30 h/a por semestre letivo, com duração total de um ano. Será oferecido certificado de participação aos que freqüentarem uma carga horária mínima de 75% do total. Procedimentos: Exposição dialogada, leitura e discussão de textos, cine debate, trabalho de campo, pesquisa orientada, elaboração de análises de filmes, publicação de artigo científico e realização de evento ao final do período, em forma de seminário audiovisual, com palestrantes convidados e apresentando produção individual e coletiva do grupo. Metas e atividades correspondentes a cada meta 1. Cultura e subjetividade 1.1. Cultura: relações de poder e produção subjetiva 1.2. Novas formas de subjetivação na contemporaneidade 1.3. A imagem e a produção de subjetividade social Atividade 1: Estudo de textos, exibição e análise de filmes, discussão em grupo, produção de relatos sobre as reflexões em um diário de intinerância. 2. Cinema e poéticas de subjetivação 2.1. Cinema e imaginário: o conceito-imagem 2.2. Fala e imagem: mutualismos 2.3. Ressignificação das imagens alheias Atividade 2: Estudo de textos, exibição e análise de filmes, discussão em grupo, oficinas de experimentações imagéticas (fotografia e vídeo). 3. Processos de singularização: 3.1. Mídia, era digital e novas formas de produção e distribuição do audiovisual 3.2. Imagens e linguagens: poéticas experimentai 3.3. Crítica e criação: micropolítica e produção de subjetividade social Atividade 3: Produção experimental de conteúdo audiovisual, Mostra de produção do grupo, Seminário de Audiovisual com palestrantes convidados, Cine-debate, fomento à criação de um cineclube aberto a comunidade externa. Avaliação: Processual mediante a participação e discussão nas atividades, produção de artigo científico, produção coletiva e/ ou individual de conteúdo audiovisual, participação no seminário. Resultados e Impactos Previstos: 1. Desenvolvimento da criticidade nos sujeitos participantes do projeto em sua relação com a cultura, principalmente em relação aos agenciamentos coletivos de enunciação - identificação pelos sujeitos dos processos de submissão das subjetividades produzidos pela cultura massificada. 2. Estímulo aos processos coletivos de singularização, fomentando iniciativas criativas de produção subjetiva, utilizando a linguagem audiovisual - a percepção da possibilidade de produção de novos modos de ser e de práticas sociais de enfrentamento do sofrimento psíquico a partir de relações sociais, históricas, culturais, políticas e econômicas. 3. Formação de platéia para conteúdos audiovisuais – educação ética-estética. 4. Criação de um espaço de crítica e criação envolvendo o audiovisual – a formação de um cineclube na UEFS, aberto à comunidade. 5. Contribuição para discussão dos temas contemporâneos nas disciplinas da Área de Psicologia do DCHF e com dados para pesquisas realizadas na UEFS, com particular atenção ao NUC – Núcleo de Estudos da Contemporaneidade, articulando ensino, pesquisa e extensão, procurando fomentar a inserção curricular da extensão nos cursos de graduação, como atividade complementar. 6. Orientação para elaboração de projetos individuais e coletivos de pesquisa e extensão, articulados aos projetos de conclusão de curso – TCC. 7. Os benefícios sociais diretos são fortalecimento da cidadania e reflexão contra o assujeitamento subjetivo e a descoberta e invenção de formas de enfrentamento do sofrimento psíquico na contemporaneidade.
Objetivo geral: Oferecer aos estudantes, professores, funcionários da UEFS e à comunidade em geral oportunidades para debater, refletir e analisar a produção de subjetividade nos dias de hoje, articulando ensino, pesquisa e extensão, contribuindo na formação identitária dos sujeitos envolvidos do ponto de vista psicossocial, ético e político, a partir da incorporação da linguagem cinematográfica, fonte de reflexão, pesquisa e debate.
Propiciar aos participantes analisar as imagens, considerando a relação entre cultura e subjetividade, as relações de poder nos agenciamentos subjetivos coletivos, observando as mudanças nas formas de subjetivação contemporâneas, especialmente a imagem na produção de subjetividade; Promover experiências que permitam a interação entre idéias, contextos e imagens por meio da linguagem audiovisual enquanto possibilidade crítica e criativa; Oportunizar o acesso dos sujeitos envolvidos às novas formas de comunicação e informação digital, produção de imagens, novas linguagens e poéticas experimentais; Integrar o projeto sala de cinema às diversas iniciativas de cunho cultural já existentes na UEFS, promovendo debates, estudos e intercâmbios; estimular a organização de um cineclube que visa expandir para a comunidade externa a possibilidade de gerir sua relação com a experiência cinematográfica, de modo próprio, crítico e criativo.
Durante as aulas nos cursos de graduação da UEFS, que oferecem componentes curriculares de psicologia, a partir do DEDU e DCHF, tais como Psicologia da Educação para os cursos de Letras, História, Geografia; Psicologia das Relações Humanas para os cursos de Farmácia, Engenharia Civil, Engenharia de Alimentos, Administração, Engenharia da Computação; Psicologia Social para o curso de Pedagogia e Psicologia do Esporte para o curso de Educação Física; Introdução à Psicologia para o curso de Odontologia, Psicologia aplicada à Saúde para o curso de Enfermagem, pudemos confirmar a importância do uso de conteúdo audiovisual como apoio pedagógico às aulas, o que era feito sempre buscando possíveis contribuições para a construção dos conhecimentos no contexto acadêmico. O uso de imagens em sala de aula despertou questionamentos e reflexões sobre a importância do conteúdo audiovisual no mundo contemporâneo. As imagens fotográficas, em vídeos, filmes de curta ou longa metragem, assim como a produção de material de apresentação evidenciaram a necessidade de apropriação crítica dos conteúdos, permitindo uma reflexão que partia da experiência vivida, da apreciação crítica dos aspectos trazidos pelas imagens e que permeiam a subjetividade atual, evitando a mera reprodução de preconceitos, equívocos e ideologia hegemônica, articulando senso comum e conhecimento científico. (BOCK, 2008) Atualmente na UEFS alguns projetos integram o trabalho com o audiovisual, assumindo no entanto abordagens e focos diferenciados. O Projeto Imagens assume um viés de promover a exibição de filmes, oferecendo um espaço de formação de platéia e oferta de filmes de qualidade, abordando temáticas atuais e significativas para a formação discente, diferenciando-se da oferta do circuito comercial de blockbusters, do único cinema de Feira de Santana, localizado num shopping center. O Projeto do Laboratório de Audiovisual procura oferecer oportunidades para uma educação estética e a familiarização com os modos de produção de conteúdo audiovisual, visando a democratização das comunicações e a ampliação dos canais de expressão da comunidade UEFS, produzindo materiais algumas vezes veiculados pela TV Olhos D’água. O diferencial do Projeto Sala de Leitura está centrado no debate e na reflexão critica acerca da produção de subjetividade no mundo contemporâneo, oportunizando a problematização dos agenciamentos coletivos de enunciação presentes na cultura hegemônica e na investigação das possibilidades de produção subjetiva organizada a partir de uma perspectiva crítica e criativa da produção de si e do mundo, na relação com a cultura. A escolha dos temas contemporâneos além de contemplar a formação profissional, está voltada para a formação humana dos participantes, visando uma atuação cidadã socialmente referenciada. O estudo da subjetividade se constitui para a psicologia como uma possibilidade de reunião da diversidade de objetos que a compõem, incluindo os fenômenos psicológicos relacionados às múltiplas dimensões do ser humano: corpo, pensamento, afeto, ação; sua implicação como ser único, individual assim como sua relação com o que é comum: social, cultural, histórico, político e econômico. Dessa forma, o indivíduo se constitui num continuum entre o eu e o mundo, recebendo influências, atuando sobre o mundo transformando-o, e desse modo constrói e transforma a si próprio. A produção de formas diferenciadas de subjetividade se dá tanto a partir de processos alienantes, quanto a partir de apropriações do sujeito que percebe as mudanças e possibilidades de transformação e engendra a si próprio e à sua realidade na relação eu-mundo. (BOCK, 2008) Oferecer aos estudantes, professores, funcionários da UEFS e comunidade externa, oportunidades para debater, refletir e analisar a produção de subjetividade nos dias de hoje, articulando ensino, pesquisa e extensão permite o distanciamento crítico necessário a uma mudança na posição subjetiva do assujeitamento, provocado pela lógica do consumo, por exemplo, à apropriação e ressignificação de sua relação com a cultura e com a constituição de sua própria dimensão subjetiva. Para isso, poéticas experimentais se articulam a processos de subjetivação para produzir saídas para os lugares-comuns que permeiam o imaginário cotidiano: - Ação experimental que procura passar do campo da invenção de problemas para a resolução de problemas; - Priorização das imagens que expressam sensações, intensidades, rupturas, criação, produção, fabricação de imagens e de sentidos; - Suspensão dos referentes habituais, de natureza reprodutiva e representativa, imagem literal da realidade para abrir espaço ao que inova, rompendo as referências fixas de espaço-tempo, forma e sentidos; Desse modo pensamos atender a uma lacuna atual, procurando integrar o projeto às diversas iniciativas já existentes na UEFS, promovendo debates, estudos e intercâmbios, buscando estimular a organização de um cineclube que visa expandir para a comunidade a possibilidade de gerir sua relação com a experiência cinematográfica, de modo próprio e apropriado, crítico e criativo

Histórico de movimentação
01-06-2023 11:59:10

Criação da proposta

26-06-2023 14:03:44

Parecer da Câmara de Extensão

Aprovado
19-06-2023 18:01:45

Em Análise

Proposta enviada para análise da Câmara de Extensão
26-06-2023 14:03:44

Aprovado

Aprovado
26-06-2023 14:04:18

Aprovado

Habilitado
26-06-2023 16:19:00

Ativo

Aprovado
v1.4.12
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